segunda-feira, 16 de março de 2015 0 comentários
RESENHA HOW LANGUAGES ARE LEARNED  

by MARCEL AUGUSTO GONÇALVES



 Capitulo 1
Uma das capacidades mais impressionantes do ser humano sempre foi  a habilidade de aprender línguas desde bebês, os quais também ficamos fascinados como os mesmos começam a dar seus primeiros múrmuros e como começam a falar suas primeiras palavras completas como “papai”. O fato de como aprendemos línguas ao longo de nossas vidas atraiu a atenção de linguistas e psicólogos  do mundo todo ao longo dos anos, intrigados em como as crianças aprendem as palavras e com isso formam frases completas com elas, e a partir daí começar a desenvolver uma gramática mais complexa.
Neste capitulo do livro vemos teorias que nos tem sido oferecidas como explicação de como uma língua é aprendida, e que existem três posições centrais, são elas: Behavioristas, Inatistas, e Interacionistas.
Os Behavioristas acreditam que a língua é um simples ato de imitação, as crianças imitam os sons que elas ouvem e ao receberem uma resposta positiva ao fazerem isso são encorajados a continuar fazendo-o criando-se assim um “hábito” até utilizarem a língua corretamente.
Sua visão de como a língua é aprendida, tem um apelo intuitivo para a formação de sentenças e baseado em imitações para desenvolver a fala, como dito anteriormente.
Vemos então no livro pequenos diálogos que para tentar nos facilitar a compreensão dessa visão.
No primeiro exemplo vemos que Peter (dois anos de idade) sempre repete palavras novas e a base estrutural da sentença até que a mesma se torne solida nos padrões de seu idioma, tornando assim uma “imitação” um pouco mais complexa, pois repete sempre o novo e reaproveita o que já sabe, diferente de um papagaio que sempre repete a mesma coisa que lhe dizemos. Como por exemplo, no seguinte dialogo:
Patsy: Let’s see if I can draw what you draw. Draw something!
Peter: Draw something!
Repetindo apenas o que lhe serviria de novo e que pudesse ser útil para aprimorar sua estrutura sentencial.
No próximo exemplo vemos Cindy (dois anos de idade), Cindy está em fase que aquisição de linguagem, praticando novas estruturas, parecendo um aluno em aulas de línguas estrangeiras, exemplo de dialogo:
Cindy: Kawo? Kawo? Kawo?
Patsy: What are the rabbits eating?
Cindy:They eating...kando?
Patsy:No, that’s carrots
Cindy: Carrots, other carrot, other carrot
Nos diálogos de Cindy e Peter, podemos notar o que os behavioristas tentam explicar ao que diz sobre a aquisição de uma língua, apesar de apenas essa “imitação” não justificar como a criança aprende todos os aspectos de sua língua mãe.

A posição inatista: O linguista Noam Chomsky diz que as crianças são biologicamente programadas para aprender uma língua e que ela se desenvolve com o tempo assim como outras funções biológicas, assim como aprende a andar quando devidamente provida dos movimentos.  Chomsky desenvolveu sua teoria em reação da teoria behaviorista de que aprender era baseado em imitação e hábito.
Chomsky argumenta que a teoria behaviorista falha ao reconhecer o que chamam de “problema lógico da aquisição de língua”, esse problema lógico se refere ao fato de que as crianças vêm a aprender mais sobre a estrutura da língua do que elas sensatamente são supostas a aprender com base nas amostras de linguagem.
De acordo com Chomsky a língua a qual a criança é exposta em seu meio é repleta de informações confusas, e que não fornece toda a informação que a criança precisa. Além do mais, a evidencia fica clara quanto ao sistema de correção ou pontos colocados à criança em relação à língua, como a correção por parte dos pais, a qual é inconsistente ou inexistente, e quando raramente ocorre é apenas focada no significado e não na língua em sua forma estrutural, para Chomsky a mente de uma criança não é como um lousa que deve ser preenchida meramente com imitações que ouve em seu meio, mas sim que a criança nasce com a habilidade de descobrir a língua e suas regras por ela mesma.
Chomsky originalmente se refere a essa capacidade como “Dispositivo de aprendizagem de língua” o qual é descrevido como uma “Caixa preta” imaginaria que existe em nosso cérebro, essa “caixa preta” contem informações básicas de todas as línguas e que previne a criança de pegar um “caminho errado” ao aprender a estrutura da língua. Para esse “dispositivo” funcionar a criança precisa ser exposta apenas a amostras da língua natural, essas amostras servem como um gatilho para ativar esse “dispositivo”,  que uma vez ativado a criança se torna capaz de descobrir  a estrutura da língua, sua gramatica e se relacionar com a mesma.
As ideias de Chomsky são compatíveis com as do biologista Eric Lenneberg que também compara aprender a falar com aprender a andar. Crianças que por razões biológicas nascem sem a capacidade de andar, se seus problemas forem resolvidos, poderão andar,  assim como crianças que podem ouvir mas não conseguem falar são capazes de entender sentenças complexas.
Lenneberg observa que a habilidade de desenvolver um comportamento normal e conhecimento é variável, e não continua indefinido, pois uma criança que nunca aprendeu uma língua, por meio de deficiência ou isolamento, pode não retornar ao normal se essas privações se estenderem por muito tempo, seu argumento é que a língua assim como outra função biológica, funciona com sucesso quando estimulada na hora certa, chamada de “período crítico”. Essa noção de que já um período especifico e limitado para a aprendizagem de uma língua é referido como “hipótese do período crítico”. Há duas versões da “hipótese de período crítico”, uma versão mais forte diz que a criança deve adquirir sua primeira língua pela puberdade ou ela nunca será capaz de aprender pela exposição subsequente, uma versão mais fraca diz que o aprendizado de uma língua irá ser mais difícil e incompleto depois da puberdade.
Alguns experimentos foram realizados para tentar comprovar essa hipótese, um caso que ser tornou bem famoso foi de uma criança chamada Victor, o qual mais tarde foi criado um filme “A criança indomada”, Victor foi encontrado nas matas de Averyon na França, quando o mesmo tinha 12 anos de idade, aparentemente sem ter nunca tido contato com nenhum ser humano,  os testes foram realizados pelo doutor Jean-Marc-Gaspard Itard, o qual dedicou 5 anos à tarefa de tentar civilizar Victor e ensina-lo seu idioma. Itard teve sucesso em alguns pontos, como socializar Victor, testar sua capacidade de memoria, julgamento e outros sentidos básicos, Victor lembrava-se de todos os sons que ouviu durante o tempo que estava na mata e reagia em extinto à eles, mas em relação à fala teve sucesso em apenas duas palavras “Leite” (sua comida favorita), e uma expressão frequente “Oh, Deus”, mas ele só pronunciava leite como uma exclamação de excitação, mesmo depois de Itard provir Victor de leite, o mesmo não foi capaz de usar a expressão para pedir leite, finalmente Itard desistiu de ensinar Victor um idioma.
Outro caso de grande repercussão foi o de Genie uma garota de treze anos e meio, a qual foi completamente isolada, depravada, negligenciada e abusada desde que tinha apenas 20 meses de idade, por causa do temperamento irracional de seu pai e o medo de sua mãe, Genie ficou mais de onze anos amarrada a uma cadeira em um quarto escuro, seu pai proibiu sua mãe de falar com ela e ele apenas gritava para ela, e seu pai a batia cada vez que a mesma tentava fazer algum som, Genie foi completamente provida de qualquer tipo de socialização com o mundo externo, ferida fisicamente, psicologicamente e sofrendo um atraso intelectual, Genie não sabia seu próprio idioma. Quando descoberta Genie foi cuidada e educada de todos os modos possíveis, depois de um tempo em uma clinica, Genie fez algum progresso e tornou-se sociável, mas ainda desprovida de algum tipo de linguagem, depois de cinco anos, Geinie deu indícios de linguagem mas com traços anormais, isso incluía grandes espaços entre uma palavra e outra tornando a comunicação quase incapaz, mas fazendo progresso lentamente, Genie conseguia falar como um adulto que sofreu algum dano cerebral e teve de reaprender o idioma.
O caso de Genie suporta uma versão mais fraca da Hipótese do período crítico, enquanto a de Victor uma versão mais forte, mas ainda assim não torna as coisas tão claras para suportar a teoria, pois ambas as crianças não tiveram uma criação considerada normal, devido a total isolação social e até mesmo abuso, mas por outro lado suporta a ideia de que a maioria das crianças aprende falar em um mesmo período de suas vidas.
Há também o caso de crianças nascidas de pais surdos, e apenas essa são expostas a língua de sinais desde o nascimento, os estudos foram feitos por Elissa Newport e suas colegas, elas notaram que não há distinção das pessoas que usam a linguagem de sinais desde o nascimento das pessoas que a aprenderam mais tarde, quando se trata da ordem das palavras, mas usando traços gramaticais na linguagem, as pessoas que usam a linguagem desde o nascimento predominaram sobre as que aprendem desde a escola que por sua vez predominaram sobre as que aprendem mais tarde, isso reforçou a ideia da hipótese do período critico.
Uma terceira teoria foca na de interação linguística da criança com o seu meio, essa é a posição interacionista, que a linguagem é resultado complexo de uma inter-relação entre as características únicas da criança e o meio em que ela se desenvolve, diferente dos inatistas, os interacionistas clamam que a linguagem a qual é modificada para suprir a capacidade de aprender um elemento crucial no processo de aquisição de uma língua.
Muitos pesquisadores da perspectiva interacionista tem estudado o discurso direto para com a criança, esse discurso distinto é conhecido como “imersão”. Todos nós somos familiarizados com o jeito que os adultos tipicamente mudam sua maneira de falar quando se direcionam a criancinhas, é difícil dizer a importância dessa modificação que os adultos fazem, a evidencia sugere que crianças cujo os pais não modificam as vozes, ela ainda irá aprender a língua, mas essas crianças terão acesso ao discurso modificado quando estão na companhia de figuras mais velhas ou outros adultos, para os interacionistas o que é importante é a conversação na qual o adulto responde a criança em um nível de compreensão capaz para sua idade, a interação adulto-criança é extremamente importante para desenvolver linguagem da criança, como é o caso de Jim, apresentado no capitulo. Jim é uma criança cujo seus pais são surdos e não usavam a linguagem de sinais para com ele, e o mesmo não teve interações orais com outra pessoa até a idade de 3 anos e 9 meses, seu único contato oral era com a TV, a qual assistia frequentemente, Jim não desenvolveu uma linguagem normal para uma de sua idade, devido a falta de contato, oral ou por sinais. Testes linguísticos foram feitos com Jim na mesma idade, e os testes comprovaram o seu “atraso” linguístico, por outro lado demonstrava ideias aprimoradas em relação a crianças da mesma idade, usando palavras não usuais e em ordem não gramatical. Quando Jim começou a ter sessões de conversação com um adulto, suas habilidade expressivas aumentaram, na idade de 4 anos e 2 meses a maior parte do discurso não usual havia desaparecido, sendo substituída por uma estrutura típica para sua idade.
É interessante notar que seu irmão mais novo Glenn, não ocorreu o mesmo caso, pois ele tinha interações com seu irmão mais velho, então quando foram realizados os mesmos testes com Gleen, na mesma idade com a qual foram realizados com Jim pela primeira vez, Glenn demonstrou uma linguagem mais aprimorada, pois tinha com quem interagir.

O fato de Jim ter “falhado” em adquirir a língua normalmente, sugere que o problema não foi ele e sim o seu meio, mesmo sendo exposto a linguagem oral como na TV e no Radio, sozinho é praticamente impossível para uma criança aprender uma língua, pois através da conversação aprimora-se a linguagem da criança, como por exemplo, se uma criança não entende a fala ou a estrutura de maneira errada, cabe aos pais corrigirem e ensinarem a maneira correta, o que é obviamente impossível de obter essa interação com a TV até mesmo com programas infantis de tópicos e linguagem de fácil compreensão para a criança. 

Chapter 2
Neste capítulo do livro, nós vemos algumas teorias que nos têm sido propostas no que diz respeito da aquisição de um segundo idioma. Muitas teorias tem sido desenvolvidas e a maioria delas se relacionam com a aquisição da língua mãe, discutida no capítulo 1. Algumas teorias priorizam as características do aprendiz, dando ênfase ao meio em que esse idioma se desenvolveu. Porém, é claro que a aprendizagem de uma segunda língua em crianças e adultos é diferente da maneira com que as mesmas aprendem seu primeiro idioma, devemos levar em consideração algumas hipóteses como por exemplo: uma criança aprendendo o segundo idioma de seus colegas bilíngues, um adolescente aprendendo um segundo idioma formalmente em uma aula de língua estrangeira, e um adulto aprendendo o idioma de maneira informal em seu dia-a-dia.
Todo aprendiz de um segundo idioma, independentemente da idade, já sabe pelo menos um idioma, o que é uma “vantagem”, pois já sabe como um idioma funciona, por outro lado, devemos notar que o conhecimento de um outro idioma pode também levar o aprendiz à fazer deduções de maneira incorreta sobre como seu segundo idioma funciona, e isso pode causar erros que não eram visíveis durante o aprendizado de seu primeiro idioma, como por exemplo a coerência de uma frase e a sua estrutura linguística, aprendizes mais novos de um segundo idioma começam a tarefa de aprender sem a vantagem de habilidades e conhecimentos que um aprendiz adolescente ou adulto tem, como raciocínio lógico, que muitas vezes são muito mais desenvolvidos a partir da adolescência. Adultos e adolescentes geralmente têm o aprendizado de um segundo idioma de maneira mais “forçada”, crianças geralmente são expostas por um grande período de tempo a língua estrangeira durante seu aprendizado e apenas colocando em pratica a fala quando as mesmas se sentirem mais a vontade, já adolescentes e adultos são de certa forma obrigados a já colocarem em pratica para casos de emprego e situações cotidianas.
De acordo com os behavioristas, aprender uma língua, tanto verbal quanto não verbal, fazem parte do mesmo processo: imitação e criação de hábito. A nova língua é imposta para o aprendiz e a partir de respostas positivas de suas imitações corretas, como consequência disso cria-se o hábito. Aprendizes de um segundo idioma também associam traços de sua língua mãe com o idioma em questão, facilitando assim seu aprendizado, mas alguns hábitos de sua língua mãe podem também interferir no aprendizado de seu segundo idioma.
Psicólogos cognitivistas vêm a aquisição de um segundo idioma como uma construção de um sistema de conhecimentos automático de fala e compreensão, primeiro presta-se atenção a qualquer aspecto da língua que se está tentando aprender para entender a pronuncia, e ao longo do tempo adquirindo experiência  e pratica, que subconscientemente eles já colocam de maneira rápida os aspectos dessa língua em pratica e quando menos percebem estão falando o idioma, psicólogos tem estudado também um fenômeno chamado “restruturação”  que se refere à observarmos coisas as quais nós conhecemos e usa-las automaticamente, são baseadas na interação do conhecimento que nós já temos ou na aquisição de um conhecimento novo, o qual sem um certo “treino” frequente, o que aprendemos  pode ir se apagando.
Chomsky por sua vez não se impôs sobre sua teoria inatista para o aprendizado de um segundo idioma, mas muitas pessoas se basearam na teoria de Chomsky para o aprendizado de uma língua mãe, para representar o aprendizado de uma segunda língua, dizendo que os aprendizes são ensinados a construir representações internas como se fossem “figuras metais” do idioma alvo, foi notado também que a maior parte dos erros ao aprender um segundo idioma é em relação à ordem e a estrutura de uma frase. A fala e a escrita que o aprendiz produz é eventual no processo de aprendizagem de uma língua estrangeira, porém a produção oral e escrita são úteis até certo ponto, para servir como prática para o aprendiz, até que tenha que colocar realmente em prática seu discurso.
De acordo com Krashen, há 5 hipóteses centrais as quais consistem:
1 – Hipótese de Aquisição de língua: Para um adulto aprender uma segunda língua pode ser de duas maneiras, “aprende-la” ou “adquiri-la”, aprenda-la seria formalmente em uma sala de aula aprendendo toda a estrutura linguística do idioma e suas regras, e adquiri-la quando a engajamos em nosso meio colocando-a em pratica em conversações fluentes.
2 – Hipótese monitora: Krashen diz que o sistema adquirido age para introduzir o falante à seus julgamentos de intuição e fluência sobre o que está correto na língua, o sistema de aprendizagem por outro lado age apenas com um editor ou “monitor”, fazendo pequenos ajustes e “polindo” o que o sistema de aquisição produziu. Krashen afirma também que para o sistema monitor há três condições necessárias, são elas, tempo o suficiente, foco na forma e conhecer as regras da língua, assim escrever é mais importante para o monitor do que a fala é, pois lá focamos mais o conteúdo e não a forma, Krashen reforça também a ideia de que aprender as regras apenas ajuda para “polir” o que tem sido adquirido por uma comunicação real, e que o foco ao ensinar uma língua deve ser a comunicação e não ao aprendizado de regras.
3 – Hipótese da ordem natural: Krashen teoriza a hipótese de que aprender as regras faz parte de uma sequencia natural do processo e que é um aspecto adquirido com o tempo, ao contrario da intuição, as regras não são necessariamente adquiridas por primeiro, aprender as regras faz parte da “ordem natural” e a pessoa a aprenderá com o tempo independentemente da ordem à qual língua foi ensinada ou adquirida.
4 – Hipótese da absorção: Krashen por usa vez diz que nós adquirimos a língua de apenas uma maneira, recebendo uma absorção compreensível, isso é, entendendo as mensagens que tentam nos passar, pois se tentam asorver formas e estruturas da língua que estão além do nível atual do aprendiz, acontecerá ambos, compreensão da mensagem à ele passada e aquisição de um novo conhecimento.
5 – Hipótese do filtro afetivo: O filtro afetivo é uma barreira imaginaria a qual previne o aprendiz de usar o seu conhecimento sobre a língua em seu meio. Por coisas como necessidades, atitudes e estado emocional. Um aprendiz que é tenso, bravo, ansioso ou chateado, seu estado irá interferir na maneira como ele irá aprender e impossibilitar a aquisição, esse filtro emocional irá ficar alto quando o aluno está estressado ou desmotivado por exemplo, e estará baixo quando aluno estiver relaxado.
Para finalizar, temos a visão interacionista a respeito do aprendizado de um segundo idioma, para os interacionistas, como visto no capitulo 1 do livro, eles clamam por algo crucial que seria a interação do aprendiz com falantes nativos daquele idioma para obter a aquisição
Estudiosos do interacionismo como Michael Long, concorda com Krashen que é necessária a “imposição compreensível” da língua para sua aquisição, porém eles focam mais em como a essa imposição será feita, eles veem a interação do falante não nativo com falantes nativos como um mecanismo essencial para a aquisição. Para Long e outros, a modificação interacional deve ser necessária para a aquisição de um idioma, essa relação deve ser sumarizada pelos seguintes tópicos.
1 – Modificação interacional, faz a absorção ser possível;
2 – A absorção sendo possível promoverá a aquisição, portanto;
3 – Modificação interacional promove a aquisição
Long diz que não há casos de um aprendiz de nível iniciante adquirir a língua de um falante nativo sem com que o falante modifique seu discurso, pesquisas mostraram que falantes nativos frequentemente modificam sua fala em uma conversa com falantes não nativos, Alguns exemplos são nos apresentados:
1-      Verificar a compreensão: falantes nativos procuram ter a certeza de que a pessoa está entendendo (Por exemplo: O ônibus sai as 6:30. Você entendeu)
2-      Pedir clarificação: Requisita o aprendiz a deixar claro o que não foi entendido (por exemplo: Você pode dizer isso de novo?)
3-      Auto repetição ou paráfrase: O falante nativo repete sua sentença parcialmente ou completamente (Exemplo: ela se perdeu em seu caminho de volta para a escola, ela estava voltando da escola, ela se perdeu)

Pesquisas mostram que essas relações têm demonstrado que ajustes de conversação podem auxiliar a compreensão, entretanto nenhuma pesquisa tem provado evidencia direta para um segundo pedido o que torna mais difícil de medir que absorção da compreensão causa ou explica a aquisição.


Cap. 3
Fatores que afetam o aprendizado em uma segunda língua.
Muitos de nós acreditamos que os aprendizes tem, até certo ponto, características que levam o aprendizado mais ou menos sucedido. Por exemplo: alguns professores acreditam que alunos extrovertidos que interagem sem inibição com a segunda língua encontram muitas oportunidades para pratica-la e terão uma aprendizagem mais sucedida, além de características como personalidade, outros fatores que geralmente são considerados relevantes são a inteligência, a aptidão, a motivação e atitudes. Outro fator importante como discutido nos capítulos anteriores é a hipótese do período critico, que tem sido sugerido para a aquisição de uma primeira língua. No capitulo 3 do livro nós vemos evidências que tem sido encontradas que mostram que há diferentes pontos para a aquisição bem sucedida de uma língua em dois indivíduos, se nós tivermos informações sobre sua personalidade, seus aspectos intelectuais, motivação, ou sua idade.
Algumas pessoas Tem um período de aprendizagem mais fácil do que outras, o índice de desenvolvimento varia entre aprendizes de uma primeira língua, algumas crianças podem colocar juntas até sete palavras numa sentença enquanto outras ainda estão aprendendo a rotular itens que estão ao seu redor, entretanto toda criança normal eventualmente dominam seu primeiro idioma. No aprendizado de uma segunda língua, tem sido observado inúmeras vezes que em uma sala de aula o progresso de alguns alunos no estagio inicial de uma nova língua tem sido mais rápido enquanto outros fazem processo muito lento, alguns alunos nunca adquirirão traços da língua nativa como sua segunda língua,
Quando os pesquisadores estão interessados em descobrir como o fator de motivação afeta o aprendizado de uma segunda língua, eles usam um grupo seleto de alunos e lhes dão um questionário para medir o tipo e o grau da motivação, o teste de proficiência da segunda língua, ambos os testes são pontuados e os pesquisadores notam que enquanto um aluno tem alta pontuação no teste de proficiência é mais provável a ter uma pontuação maior no questionário motivacional, se for o caso o pesquisador concluirá que altos índices de motivação estão correlacionados com uma aprendizagem bem sucedida, um procedimento parecido pode ser usado para medir a inteligência em relação à segunda língua do aluno, através de um teste de QI.
Apesar desse procedimento parecer integro há muitos problemas com ele. O primeiro é, que não é possível de obter observações diretas para medir qualidades como aptidão, motivação, extroversão ou inteligência, esses são apenas rótulos para uma série de características behavioristas. Por exemplo, num questionário motivacional, os aprendizes são frequentemente questionados enquanto eles procuram uma oportunidade para usar a segunda língua com falantes nativos, e se for o caso, com que frequência farão isso, pois esse contato com falantes do segundo idioma, o qual estão aprendendo, é algo altamente motivacional para o aprendizado
Uma ligação entre a inteligência e aprender o segundo idioma tem sido criada por muitos pesquisadores, através dos anos muitos estudos usando a variedade de testes de QI e diferentes métodos de aprendizado de linguagem tem descoberto que níveis de inteligência são um bom meio de predicar o quão sucessível a aprendizado da língua será, alguns estudos recentes tem mostrado que a inteligência pode estar fortemente relacionada às habilidades de um segundo idioma de uma criança em relação à outra, como por exemplo no Canadá, em um estudo de língua francesa a inteligência estava relacionada ao desenvolvimento  de habilidades como ler e escrever e o vocabulário da segunda língua, mas não sua produção oral, descobertas similares foram encontradas por estudiosos ontem a inteligência estava relacionada na leitura, dicção e tarefas escritas, mas não em compreensão auditiva e tarefas orais.
Há evidencias em pesquisas que alguns indivíduos tem uma aptidão excepcional para aprendizado de línguas, Lorraine Obler data de um homem o qual ela chama de CJ que é um falante nativo de inglês, seu primeiro contato com uma segunda língua veio a idade de 15 com instrução formal em francês, CJ também estudou Alemão, Espanhol e Latim no ginásio a idade de 20, ele fez visitas à Alemanha, CJ relata que apenas ouvindo o Alemão ele falou por pouco tempo o que foi o suficiente para recordar o alemão que ele tinha aprendido no colégio, mais tarde trabalhou em Marrocos, onde aprendeu árabe de maneira formal e com imersão informal. O fator da Aptidão tem sido investigados mais profundamente por pesquisadores cujo o interesse é desenvolver testes que possam predicar o quão sucedido a aprendizagem será, o teste de aptidão mais confiável é o teste moderno de aptidão de línguas, o qual mede características como a habilidade de recordar e identificar novos sons, a habilidade de entender como as palavras funcionam gramaticalmente em uma sentença, a habilidade de descobrir as regras gramaticais da língua e memorizar novas palavras, através disso os aprendizes serão mais sucedidos se tiverem essas habilidades.
Características sobre a personalidade tem sido propostas como meio de afetar o aprendizado da segunda língua, algumas pesquisas indicam os efeitos da característica individual no aprendizado. Diferentes estudos medem os traços da personalidade e os diferentes resultados que elas produzem. Por exemplo é frequentemente argumentado que uma pessoa extrovertida é bem sucedida no aprendizado, porem pesquisas nem sempre suportam essa conclusão, alguns estudos tem descoberto que o sucesso ao aprender uma língua esta altamente relacionado aos pontos de características do aprendiz associados com a extroversão assim como a assertividade e audácia outros tem sido descobertos que aprendizes não tem altos pontos em medidas e extroversão. Outro aspecto que tem sido estudo é a inibição, tem sido estudado é a inibição, à qual desencoraja tomar riscos necessários para o processo de aprendizagem, muitas outras características como a autoestima, empatia, dominância, tagarelice, responsabilidade, também tem sido estudados, porém as pesquisas em geral não deixam claramente visível a relação entre a personalidade e a aquisição de um segundo idioma.
Pesquisas também demonstram também o papel de atitudes e motivações no aprendizado da segunda língua, as maiores descobertas mostram que atitudes positivas e motivações estão relacionados ao sucesso da aprendizagem de uma segunda língua, infelizmente pesquisas não conseguem indicar precisamente o quanto a motivação afeta o aprendizado, isto é, nós não sabemos se é a motivação que produz o sucesso na aprendizagem, ou vice versa.  A motivação durante essa aprendizagem é um fenômeno complexo que pode ser definido em termos de dois fatores a comunicação que o aprendiz precisa e a sua atitude perante a comunicação com a segunda língua.
Em áreas de pesquisa a qual recebe muita atenção em muitas áreas da educação são os diferentes tipos de aprendizagem, pesquisas sugerem que muitos estudantes preferem tarefas diferentes para praticar habilidades diferentes, como é o caso de pessoas com o tipo de aprendizagem chamada visual, onde a pessoa não aprende sem ver, outras pessoas podemos chamar de aprendizes “aurais”, ode a pessoa precisa apesar ouvir algo, uma vez ou duas, para aprender. Todos temos diferentes estratégias de aprendizados e é visível que a intuição de aprimorar tarefas é mais sucedida de uma pessoa para a outra.
Nessa parte do livro somos apresentados à uma diferente característica, a idade, está característica é mais fácil de medir e definir do que a personalidade, aptidão ou motivação, entretanto a relação entre a idade do aprendiz e seu potencial para adquirir o idioma, tem sido notado que crianças de famílias imigrantes eventualmente falam o idioma de sua nova comunidade com traços nativos de seus pais, raramente alcançam alto nível de maestria em seu novo idioma. Adultos aprendizes de um segundo idioma podem se tornar muito capazes de ter uma comunicação com sucesso mas terão traços diferentes enquanto à escolha de palavras ou a gramatica em relação aos falantes nativos ou falantes que começaram a aprender o idioma desde muito novo, uma explicação para isso é que assim como na aquisição de um primeiro idioma há um período critico para a aquisição do segundo, assim como discutido no capitulo 2.
Muitos estudos também investigam a relação entre a idade e a aquisição do segundo idioma focando na fonologia do aprendiz, em geral esses estudos são concluídos que aprendizes mais velhos inevitavelmente deixam notável o traço estrangeiro.
Mark Patkowski deixa a hipótese de que até se o traço for ignorado apenas os que começaram a aprender um segundo idioma antes da idade de 15 podem aprende-lo da mesma maneira que um falante nativo.
Jacqueline Johnson e Elissa Newport conduziram um estudo de 46 falantes chineses e coreanos que começaram a aprender inglês em diferentes idades, todos eram alunos em escolas ou universidades americanas e estavam nos Estados Unidos a pelos menos 3 anos, o estudo incluiu também 23 falantes de inglês. Aos participantes  no estudo foram dados um “julgamento gramatical” o qual testou vinte regras morfológicas e sintáticas do inglês, eles ouviram sentenças em uma fita e indicavam a qual estava ou não correta, metade das sentenças eram gramaticais a outra metade não. Quando pontuaram os testes, as pesquisadoras descobriram que a idade de chegada de cada um deles era um fator de grande relevância, foi-se notado também que diferia bastante daqueles que chegaram depois da idade de 39 em relação aos que chegaram com a idade de 15 e especialmente 10 que apresentaram algumas diferenças enquanto à habilidade no segundo idioma, falantes mais velhos não terão traços e habilidades de falantes nativo e são mais propensos a serem diferidos um do outro em um grande grupo. Essa pesquisa por sua vez reforça a hipótese de período critico para a aprendizagem total de um segundo idioma.


 cap.4
No capitulo 4 é tirada a atenção das características do aprendiz e atraída para a língua em si, é examinado os tipo de erros que aprendizes comentem e discutem o que seus erros podem dizer sobre seu conhecimento da língua e suas habilidades para usar esse conhecimento, neste capítulo é analisado os estágios e sequencias na aquisição de formas linguísticas particulares e discutindo similaridades e  diferenças. Sabendo mais sobre o meio do aprendiz, ajuda o professor a saber maneiras melhores de como conseguir aprender o idioma. Algumas das pesquisas sobre sistema de aquisição de segundo idioma incluem número  de aprender línguas para ilustrar os vários resultados encontrados e lhe dar oportunidade de praticar analise aprendendo o idioma, os professores analisam os aprendizes de idioma o tempo todo, mas sua perspectiva é frequentemente a de medir a performance do aluno em termos o que foi ensinado mas o progresso nem sempre pode ser medido nesses termos.
Como discutido no capitulo um, crianças não aprendem o idioma simplesmente através da imitação e pratica, ao invés disso, como nós vimos um grande numero de enunciados produzido por uma criança não são como os enunciados que elas já ouviram, mas parece ser baseado em algum processo interno e conhecimento que permite a eles descobrir a complexidade da língua adulta gradualmente, pesquisas na aquisição de um segundo idioma tem mostrado que os aprendizes também passam por uma sequencia de desenvolvimento e que muitos deles são similares para essas crianças aprenderem um segundo idioma como sua primeira língua. Um numero de estudos tem examinado o começo da fala de crianças, não da perspectiva do sistema linguístico de adultos mas em termos de sua própria característica, essa linguagem da criança é frequentemente chamada de “telegrafo” , nesse estado inicial as crianças soltam pequenas palavras como preposições e artigos, é chamada de telegrafo porque é muito parecida com a língua que os adultos usam quando estão mandando telegramas e querem usar apenas palavras essenciais para mandar mensagem de maneira econômica, pesquisas também tem mostrado que o conhecimento do sistema gramatical das crianças, é construído em sequencias predicáveis, em marcas gramaticais como “ing” e “ed”, não são adquiridas ao mesmo tempo mas sim em sequencia, além do mais a aquisição de certos traços gramaticais seguem parâmetros similares em crianças em diferentes meios. Como nós vimos no capitulo 2, nem todos os erros por aprendizes de segunda língua pode ser explicado em termos da primeira língua transferidos sozinhos, um numero de estudos tem mostrado que muitos erros de aprendizes do segundo idioma, pode ser explicado melhor em termos que o aprendiz tenta descobrir a estrutura da língua, numa tentativa de transferir termos de sua primeira língua.
Pesquisas sobre a aquisição de um idioma têm revelado que há importantes similaridades entre a aprendizes de uma primeira língua e aprendizes de uma segunda, uma importante descoberta tem sido que em ambos a aquisição ocorre em estágios no desenvolvimento de uma estrutura em particular, isso é algumas características da língua parecem aparecer relativamente cedo em aprendizes de línguas, enquanto outros adquirem bem mais tarde, uma descoberta surpreendente, é a de que o desenvolvimento de sequencias é similar entre aprendizes de diferentes meios, o que é aprendido antes por uns é aprendido antes por outros. Entre as crianças aprendizes não há nada de tão inesperado pois  seu aprendizado está praticamente “amarrado” ao seu desenvolvimento cognitivo.
Muitas pesquisas sobre a aquisição de um primeiro idioma tem focado em como a criança desenvolve aspectos da língua inglesa como a terceira pessoas do singular “s” e o passado “ed”, e palavras funcionais como artigos. Essas pequenas marcas gramaticais são definidas como morfemas gramaticais. Um dos estudos mais conhecido, que investigou esse desenvolvimento, foi feito por Roger Brown no final dos anos 60, ele estudou como três crianças aprenderam quatorze desses morfemas e descobriu que elas adquiriram eles em uma sequencia bem similar.
Muitos estudos examinaram o desenvolvimento dos morfemas gramaticais em aprendizes de inglês como segundo idioma em um meio natural (não instrucional), as pesquisas pegaram pequenas amostras de um grande grupo de aprendizes, um de cada vez e pontuaram cada morfema no discurso dos aprendizes e viram que há uma ordem de exatidão para a aquisição dos morfemas, esses estudos foram feitos com aprendizes de diferentes cidades, meios, e primeiras línguas. A maioria dos resultados desses estudos revelou uma ordem similar encontrada no estudo de primeira língua, isso sugere que aprendizes naturais de um segundo idioma adquirem morfemas gramaticais de muitas maneiras que aprendizes de uma primeira língua adquirem e que essa ordem natural não é determinado apenas para aprendizes de primeiro idioma. Mas há algumas questões não respondidas a respeito da aquisição dos morfemas, como a variação na ordem é feita pela influencia da língua mãe, a situação na qual a língua aprendida é observada, ou fatores individuais do aprendiz, nos deixa algo um tanto quanto controverso, no entanto, parece que aprendizes de um segundo idioma tentem a adquirir uma serie de morfemas gramaticais do inglês em uma ordem parecida.
Crianças tendem a aprender funções negativas desde muito cedo sem muitos problemas, porém, apesar de eles terem essa noção de como as formas negativas funcionam leva algum tempo antes de aprenderem regras gramaticais para explicar essa variedade de funções negativas. O livro nos apresenta alguns estágios de como a criança adquire essas variedades.
Estágio 1: a primeira expressão negativa de uma criança normalmente é a da palavra “não”, a qual é simplesmente engajada em uma frase, tanto no começo como no final da mesma, como por exemplo “não vá”, algumas crianças apenas adotam a palavra “nenhum” como uma expressão negativa, como por exemplo “nenhum banho”.
Estágio 2: nesse estágio elementos negativos são inseridos numa sentença mais complexa, crianças podem adicionar formas além de “não”.
Estágio 3: mais tarde as crianças começam a produzir a forma correta do verbo “ser e estar” e verbos modais como “poder” para se referir à pessoas, números e tempo.
Pesquisas feitas sobre a aquisição do segundo idioma tem revelado que aprendizes passam através de espaços de aquisição muito parecidos com os falantes nativos, isso não significa que não há diferença entre os falantes, mas as diferenças são menos visíveis que as similaridades.
Há uma maneira consistentemente notável em como as crianças aprendem as questões no inglês. “O que” é geralmente a primeira palavra questionaria a ser usada, é geralmente aprendida como parte de um todo, “aonde” e quem emergem muito brevemente, refletindo o fato de que a criança pode perguntar apenas o que pode responder, isso reforça o fato de que adultos tendem a perguntas para as crianças apenas esse tipo de questão desde seus primeiros dias de aprendizagem do idioma, “por quê” aparece por volta do final dos dois anos de idade, e tendem a usa-las muito frequentemente, apesar de não conhecerem muito o significado da palavra elas descobriram uma maneira útil de engajar conversa com os adultos.
Manfred Pienemann e seus colegas descobriram uma maneira de escrever a aquisição de questões em uma segunda língua a partir de uma variedade das pessoas que tem o idioma como língua mãe.
Um número de estudos tem descoberto que aprendizes de uma segunda língua primeiro adquirem clausulas relativas no assunto reposições de objeto direto e apenas mais tarde (ou nunca) aprendem a usa-los para modificar nomes em outras sentenças.
O livro nos apresenta um sumario referido como “hierarquia da acessibilidade” porque reflete a maneira à qual o aprendiz tem acesso a certas estruturas na língua alvo, diferentemente do estudo gramatical dos morfemas, negação, e questão, o estudo das clausulas relativas não tem sido inspirado principalmente por pesquisas da linguagem de crianças.
Outra importante descoberta sobre o desenvolvimento de sequencias é como elas podem interagir com o que foi transferido do primeiro idioma do aprendiz, apesar de ser verdade que todos os aprendizes de inglês parecerem passar por um estagio de formação de sentenças negativas colocando o “não” antes do verbo, alguns aprendizes podem permanecer por muito mais tempo nesse estágio do que outros, por exemplo, se o idioma nativo do aprendiz coloca a frase da seguinte ordem “Não tenho muitos livros” como no português, não demorará para o aprendiz notar que a frase no inglês é estruturada de maneira diferente “I don’t have many books”. Essa interação entre o desenvolvimento de sequencias a qual é comum para aprendizes de muitos idiomas, e as características transferidas do primeiro idioma que afetam o segundo, isso demonstra como os aprendizes usam uma fonte de conhecimento em um esforço de aprender o segundo idioma, muitas vezes o aprendiz nem consegue notar esse “esforço”, transferindo informações, é apenas algo natural da mente humana.
sábado, 14 de março de 2015 1 comentários
RESENHA "HOW LANGUAGES ARE LEARNED" 


 Alfabeto, D, Caligrafia, Abc, TipoIEGO VINÍCIUS FARIA DO BOMFIM

INTRODUÇÃO

            Para a área de aprendizado de uma segunda língua, novas técnicas de ensino, livros e metodologias aparecem todos os anos, e consequentemente, estas técnicas e materiais vão tomando os lugares de antigos métodos e maneiras menos eficientes de se ensinar uma língua. Mas sem dúvida, a experiência própria do professor é um grande fator de ajuda para que ele decida qual o caminho tomar em relação à metodologia de ensino a ser aplicada.

CAPÍTULO 1 – APRENDENDO UMA PRIMEIRA LÍNGUA.

            O aprendizado de uma linguagem é uma das características mais fascinantes do ser-humano, e é um dos fatores que nos diferencia das outras espécies. Observar uma criança aprendendo uma primeira língua é algo extraordinário para o homem, pois várias dúvidas surgem a respeito de como essa língua é adquirida, e a mais frequente é “O que faz uma criança desenvolver uma linguagem gramatical complexa se até uma simples comunicação é o suficiente para a maior parte dos propósitos?”. Para essa pergunta, são três diferentes posições teóricas a serem estudadas: behaviorista, inatista e interacionista.
            Os behavioristas tradicionais acreditam que a linguagem é a ato de imitação e formação de hábito, pois uma criança cresce ouvindo e imitando diálogos de adultos ao seu redor, e de tanto repeti-los acaba transformando isso em um hábito; sendo assim, quanto maior a variedade e quantidade linguística que essa criança estiver em contato, maior será seu desempenho no aprendizado da linguagem.
            Diferente de um pássaro que aprende uma nova palavra ou frase e a repete continuamente, a criança parece ser seletiva ao escolher as palavras, e quando imita frases parece estar baseada em algo que já é de seu conhecimento, ou seja, ela não simplesmente escolhe uma frase ou palavra qualquer, escolhe o que lhe convém repetir no exato momento.
            Um dos fatores que faz com que as crianças aprendam a primeira língua de forma curiosa é a incrível capacidade de comparação que fazem ao formar frases com base em outras que já conhecem, como no exemplo dado no livro (pg. 6), no qual uma criança de três anos diz: “Why? So he can doc my little bump?”, onde obviamente criou o verbo “doc” a partir do pronome “doctor” por estar acostumado a ouvir pronomes como “swimmer”, “farmer”, e “actor” que se transformam, respectivamente, nos verbos “swim”, “farm” e “act”.
            Os inatistas, baseados em teorias de Noam Chomsky, acreditam que o ser-humano é biologicamente formado para a linguagem, assim como é biologicamente formado para andar, por exemplo. Para Chomsky, o ambiente pode contribuir de alguma maneira – nesse casso seriam os adultos com quem a criança se relaciona -, mas a criança, ou melhor, a formação biológica da criança faz a maior parte do trabalho.
            Seguindo o pensamento de Chomsky, a linguagem à qual a criança é exposta está cheia de informações confusas, como falsas introduções, sentenças incompletas ou frases mal formuladas, que não fornecem toda a informação de que a criança precisa. Além disso, as crianças nascem com uma habilidade especial de descobrirem elas mesmas algumas regras da linguagem, como se aprendessem certas características da língua apenas por estarem expostas a um limitado número de exemplos.
            A terceira corrente teórica é a interacionista, que acredita no ambiente linguístico que interage com as capacidades inatas da criança para assim determinar o desenvolvimento da linguagem.
Quando um adulto conversa com uma criança, ele tenta ao máximo fazer com que suas orações fiquem mais simples, por exemplo, falando mais devagar e em um tom mais alto, com poucas palavras desconhecidas; já as crianças que não recebem esse tratamento diferente dos pais aprenderão a língua da mesma maneira, mas provavelmente estarão em contato com outros adultos que modificarão o modo de fala ao conversar com elas.
Essas são três teorias diferentes sobre a aquisição da linguagem, reconciliando-as é possível perceber que cada uma tem sua explicação sobre um determinado aspecto da linguagem, ou seja, todas devem ser levadas em conta quando o assunto é a aquisição da primeira língua.

CAPÍTULO 2 – TEORIAS DO APRENDIZADO DE UMA SEGUNDA LÍNGUA.

            Neste capítulo o assunto em discussão é a aquisição de uma segunda língua e as três principais teorias que falam sobre o assunto.
            O aprendizado de uma segunda língua – seja por uma criança ou um adulto – é diferente do aprendizado da primeira língua feito pela criança, pois a preparação e o conhecimento serão diferentes em ambas as situações. Todos os estudantes de uma segunda língua – independente da idade – já possuem no mínimo uma língua, assim sendo, estes estudantes já têm uma ideia de como uma língua funciona.
            O conhecimento de outras línguas nem sempre ajuda na aquisição de uma nova, às vezes esse conhecimento faz com que os estudantes tenham ideias erradas sobre o funcionamento de determinada língua. Jovens aprendizes de uma segunda língua talvez não possuam alguns dos privilégios que os mais velhos possuam, assim como os mais velhos também não possuirão algumas características que os mais novos possuem.
            A pessoa que aprende uma primeira língua possui a maturidade cognitiva, a consciência metalinguística ou o conhecimento de mundo que a pessoa mais velha que aprende uma segunda língua possui.
            Nenhum adolescente ou adulto terá a mesma experiência que uma criança pequena terá ao aprender uma língua, pois geralmente os aprendizes mais velhos serão forçados a conversar em outra língua quando estiverem em um ambiente do gênero, enquanto os mais jovens poderão apenas observar enquanto não se sentem suficientemente seguros para praticar a nova língua.
            Em uma conversa, dificilmente uma pessoa mais fluente interromperá a outra para fazer correções ou observações em determinadas situações, e neste caso a escola é um local onde o professor se sente livre para tomar a palavra e fazer as correções necessárias – diferente de um ambiente externo e informal.
            Para os behavioristas, erros são vistos como hábitos da língua mãe influenciando a aprendizagem de uma nova língua. Onde há similaridade entre as duas línguas, o aprendiz terá facilidades na aquisição, enquanto onde houver diferenças entre as duas línguas o aprendizado será mais lento e com dificuldades. Certamente, algumas noções de língua estão presentes na maioria dos alunos, por exemplo, a maioria dos estudantes sabe intuitivamente que expressões metafóricas não podem ser apenas traduzidas palavra por palavra.
            Outro ponto de vista é o dos psicólogos cognitivos que veem a aquisição de uma segunda língua como uma construção de sistemas de conhecimento que podem ser eventualmente usados para conversação e entendimento.
            Mesmo com Noam Chomsky não discutindo sobre sua teoria inatista na aquisição de uma segunda língua, outros pesquisadores propuseram teorias que em alguns aspectos podem ser consideradas similares à de Chomsky, esta teoria é chamada de hipótese da construção criativa (creative construction hypothesis) – onde estudantes são hábeis de ‘construir’ representações internas da linguagem que está sendo aprendida.
            A teoria da construção criativa que teve maior influencia no ensino de uma segunda língua é a proposta por Stephen Krashen (1982). Em uma série de livros Krashen desenvolveu cinco hipóteses centrais que constituem seu modelo, elas são: (1) a hipótese aquisição-aprendizado; (2) a hipótese monitora; (3) a hipótese da ordem natural; (4) a hipótese do input e a (5) hipótese do filtro afetivo.
            O olhar interacionista sobre uma segunda língua afirma que um fator importante no processo de aquisição da linguagem é o produto modificado que os estudantes estão expostos e a maneira como falantes nativos se expressam em conversas entre eles. Assim como Krashen, Michael Long considera que um input compreensível é necessário para a aquisição de uma nova língua, mas também se preocupam em descobrir ‘como o input se torna compreensível?’. Para Long e alguns outros, uma interação modificada deve ser necessária para a aquisição de uma língua, assim como esta interação modificada torna o input compreensível.

CAPÍTULO 3 – FATORES QUE AFETAM O APRENDIZADO DE UMA SEGUNDA LÍNGUA.

            Como já visto anteriormente, qualquer criança normal é capaz de desenvolver sua primeira língua tranquilamente, enquanto estudantes de uma segunda língua nem sempre possuem a mesma capacidade e muitos deles não conseguem desenvolver a habilidade como outros. Existem cinco categorias que podem ser consideradas fatores influentes para o aprendizado de uma língua: a motivação, aptidão, personalidade, inteligência e o estilo de aprendizado desenvolvido por cada estudante.
            Várias pesquisas direcionadas à relação entre inteligência e o desenvolvimento de uma segunda língua são realizadas e o resultado é surpreendente: os níveis de inteligência são uma boa maneira de predizer o sucesso do aprendizado de uma segunda língua em determinado indivíduo. Além do mais, algumas pesquisas mostram que a inteligência pode ser um fator até mais relevante do que alguns outros relacionados à aquisição da segunda língua.
            A inteligência geralmente é mais relacionada à área formal do estudo de uma segunda língua, como a leitura, escrita e vocabulário. Já na comunicação oral, a inteligência parece ter menos influencia do que em outras áreas.
            Outro fator relevante é a aptidão, que faz com que alguns estudantes desenvolvam suas habilidades com mais facilidade do que outros, mas na maioria das vezes, o ser humano possui uma grande aptidão para o aprendizado de uma segunda língua.
            A personalidade também é um fator considerado relevante para alguns que estudam o desenvolvimento de uma nova língua, pesquisas mostram que uma pessoa extrovertida tem mais facilidade para lidar com uma segunda língua, consequentemente, a inibição é um fator negativo para o aprendizado.
            Várias outras características da personalidade como autoestima, empatia e simpatia foram estudadas, mas em geral as pesquisas não mostram uma clara relação entre personalidade e o aprendizado de uma segunda língua.
            Há um grande número de pesquisas que afirmam que positivas atitudes e motivações estão relacionadas ao estuda de uma nova língua, mas, as pesquisas não podem indicar precisamente como a motivação afeta o aprendizado.
Se uma pessoa procura estudar pelo próprio interesse e estiver bem determinada, com certeza será diferente de outra que estuda ‘por obrigação’ ou vontade de terceiros, é neste aspecto que entra a atitude e a motivação, que poderão ser negativas ou positivas.
O último fator – e um dos mais importantes – é o estilo de aprendizado ao qual o estudante é inserido, pois afinal cada pessoa tem sua própria maneira de assimilar determinada informação, e na aquisição de uma segunda língua o aluno deve estar em contato com a maneira que melhor o sustenta e desenvolve suas habilidades.
Mas nem sempre o que é válido para uma pessoa será para outra, alguns métodos de aprendizado serão mais efetivos para determinado tipo de estudante, enquanto para outros será simplesmente incompreensível; é aí que entra a importância do desenvolvimento de técnicas diversas para o aprendizado de uma língua estrangeira.
A idade de aquisição de uma língua também influencia em alguns fatores, pois como já dissemos: estudantes de determinada idade terão vantagens que outros não terão e vice-e-versa.
Assim como crianças, adolescentes e jovens, os adultos também possuem uma grande capacidade de aprendizagem de uma segunda língua, a diferença é que sempre haverá algumas diferenças como sotaque e escolha de palavras, mas nada que influencie ou torne a comunicação algo pior - ou melhor - do que a de um falante mais novo.
Outros estudos também mostram que aqueles que começam a aprender uma segunda língua na infância não a desenvolvem tão bem quanto os estudantes que tiveram um contato com uma língua estrangeira na adolescência.
A idade do indivíduo é um dos fatores que determina a maneira como o estudo será desenvolvido, mas as oportunidades de aprendizado, a motivação e a aptidão também são fatores determinantes para um eventual sucesso na aprendizagem.

CAPÍTULO 4 – A LÍNGUA DO ESTUDANTE

            Voltando os olhares agora para o aprendizado, as dificuldades e os fatos relacionados ao estudo de uma segunda língua, veremos que nem sempre um aumento no número de erros de pronúncia e escrita significa que o aluno está piorando, ao contrário, ele pode estar até progredindo.
            Uma pessoa que diz ‘I selled my car’ nem sempre é menos inteligente ou tem menos conhecimento do que uma que diria ‘I sold my car’, pois esta primeira pode ter um conhecimento maior da gramática e vocabulário inglês e simplesmente se confundiu ao formar a frase, ou estava acostumada com a forma simples usada no passado ‘ed’.
            Assim como na aquisição da primeira língua, na segunda língua o ser-humano também parece obter algumas ‘regras internas’ que interferem – positivamente e/ou negativamente – no aprendizado da nova língua. Algumas pesquisas afirmam que muitas sequências que se desenvolvem no aprendizado da primeira língua também são vistas quando um indivíduo procura aprender uma língua estrangeira.
            Outro aspecto importante é que a língua que uma criança desenvolve quando está aprendendo a falar não pode ser considerada errada por não ser inteiramente igual à de um adulto, esta linguagem apenas deve ser considerada como ‘seu próprio sistema’ de língua. Sendo assim, o estudante de uma segunda língua que não a domina totalmente estaria enquadrado nesta teoria? Pois afinal, este desenvolvimento promovido pelo estudante não pode ser visto como ‘uma forma errada’ de linguagem, e sim uma variação da língua presente, sendo seu ‘próprio sistema’ assim como o apresentado por uma criança que desenvolve sua língua-mãe.
            Muitos dos erros cometidos por estudantes de uma segunda língua podem ser vistos como uma forma de descoberta dessa própria língua, uma forma de conhecimento e não como uma interferência da língua-mãe no desenvolvimento da língua estrangeira. Outro fator que implica no desenvolvimento da SL (segunda língua) é a influencia de fatores externos e da sala de aula na linguagem do aluno, como vocabulários descobertos em músicas e filmes e também gírias usadas por falantes mais fluentes.
            Muitos erros são comuns em estudantes que procuram aprender uma segunda língua, muitos deles são resultados do convívio com a língua-mãe que faz com que algumas confusões acabem ocorrendo, como na hora de usar verbos irregulares no passado ou até o uso do possessivo ‘’s’’, que é algo bem diferente do que é de costume no Brasil, por exemplo.

CAPÍTULO 5 – O APRENDIZADO DE UMA SEGUNDA LÍNGUA NA SALA DE AULA

            A maioria das pessoas acredita que aprender uma segunda língua fora da escola, ou seja, ‘nas ruas’ pode ser mais eficiente do que dentro de uma sala de aula, esta conclusão talvez seja feita pelo fato de que os que estudam foram da escola tenham mais contato com este tipo de situação do que alunos que geralmente possuem uma pequena carga horária de língua estrangeira nas escolas.
            Na aquisição natural, o indivíduo estará exposto a uma grande variedade de vocabulário e estruturas que se diferenciam da metodologia escolar que apresenta ao aluno uma forma ‘passo-a-passo’ de conhecimento. Também na aquisição natural, os estudantes raramente serão corrigidos - se o ouvinte conseguir entender o que o falante está tentando dizer - e o contato com a língua estrangeira não será somente aluno/professor, e sim estudante/sociedade.
            Diferente da aquisição natural, na aquisição tradicional o aluno será frequentemente corrigido, terá um tempo limitado de contato com a língua e o estudante não terá a oportunidade de seguir seu próprio ‘ritmo’, ou seja, será influenciado pelo fator externo que seriam os alunos com mais facilidades ou dificuldades do que ele.
            Já em salas de aula onde a forma de ensino de uma segunda língua é mais comunicativa, teremos uma relação mais comunicativa entre professor e aluno, proporcionando um ambiente onde o aluno se sentirá seguro para perguntar e cometer erros, além disso, os alunos estarão em contato com um diálogo mais acessível e com um vocabulário que será mais utilizado em seu dia-a-dia.
            Neste capítulo são apresentadas cinco propostas feitas por teóricos que indicam formas de como uma segunda língua deve ser ensinada, elas são: ‘fazer certo do começo’, ‘SAY WHAT YOU MEAN AND MEAN WHAT YOU SAY’, ‘apenas ouvir’, ‘ensinar o que é ensinável’ e ‘fazer certo no final’.
            A proposta de ‘fazer certo do começo’ para o ensino de uma segunda língua é a que melhor descreve o método usado hoje em dia em escolas de todo o país. Implica no olhar behaviorista de que os alunos precisam construir o conhecimento através da prática – apenas pela forma correta – na qual os professores preferem não deixar os alunos conversar livremente para não permitir que cometam erros. Neste caso, os estudantes repetem várias vezes o que o professor pede e muitas vezes não fazem a mínima ideia do que estão fazendo, e simplesmente continuam repetindo enquanto seus pensamentos estão direcionados a outros assuntos, sem necessidade nenhuma de refletir e/ou assimilar sobre o que está sendo dito.
            Na proposta chamada de ‘SAY WHAT YOU MEAN AND MEAN WHAT YOU SAY, os alunos tem acesso a um compreensível input através de uma comunicação mais interativa com professores e outros alunos. As atividades orais nesta proposta são mais significativas e implicam em uma comunicação maior do que apenas perguntas e respostas soltas, diferente disso, os alunos terão uma conversa com mais sentido e um vocabulário amplo e útil.
            ‘Apenas ouvir’ é uma proposta na qual o aluno tem uma liberdade maior para expor sua habilidade oral, com atividades de leitura e fala que fazem com que o ensino seja mais dinâmico, neste caso o professor tem o papel de observar e apenas ouvir – como bem diz o título da proposta. Este é um dos métodos mais influentes e controversos usados no ensino de língua estrangeira.
            Como o próprio nome do método já diz: ‘ensinar o que é ensinável’ propõe que o professor tenha uma noção do que será útil e do que será possível ser trabalhado com seus alunos, pois em muitos casos em sala de aula o professor se depara com alunos que entendem o que está sendo discutido mas não possuem um controle na hora de colocar tudo isso em prática, além disso muitas vezes os próprios alunos entendem uns aos outros mas de uma forma conhecida como ‘errada’ para o método padrão de certa língua.
            ‘Fazer certo no final’, assim como ‘ensinar o que é ensinável’, reconhece que nem tudo pode ser ensinado e muito conhecimento será adquirido naturalmente, através do uso da linguagem para a comunicação entre os estudantes. Mas, diferente de ‘ensinar o que é ensinável’, ‘Fazer certo no final’ assume que nem sempre o aluno poderá agir por conta própria em seus estudos e em vários momentos o indivíduo precisará de orientação ao trabalhar com uma língua estrangeira. Seguidores dessa metodologia também afirmam que às vezes é necessário que o aluno tenha noção de seus erros através do professor para que haja assimilação do conhecimento.
            Cada uma destas cinco metodologias possui características que as tornam diferentes, mas também é importante observar alguns aspectos que são tratados em todas elas e a importância dada para o ensino, seja ele natural ou tradicional, cada um com suas vantagens e desvantagens no que diz respeito à aquisição de uma segunda língua.

CAPÍTULO 6 – IDEIAS POPULARES SOBRE O APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA: FATOS E OPINIÕES

            É comum ouvir algumas conclusões precipitadas sobre como uma língua é aprendida, uma das mais comuns é a de que ‘a língua é aprendida principalmente através de imitação’, mas como visto no capítulo 1, independente de imitação, as crianças parecem escolher pessoalmente o que será imitado, criando seus próprios sistemas de regras e suas próprias conclusões de como uma língua trabalha, mas isso não significa que a imitação não tenha importância no desenvolvimento de uma língua.
            Outro comum comentário a respeito do desenvolvimento de uma língua é o de que ‘pessoas com QI elevado aprendem uma língua com facilidade’, por um lado o comentário está certo, pois quando uma classe está estudando sobre uma língua (gramática, vocabulário...) é mais provável que alunos com inteligência superior desenvolvam-se melhores do que os outros, mas quando se trata de desenvolvimento de determinada língua, oralidade e comunicação uma grande variedade de alunos – não só os que possuem um QI elevado – podem ter grande chance de sucesso.
            Existem várias outras ideias comuns sobre a aquisição de uma língua, mas para concluir escolhemos a que afirma que ‘a maioria dos erros cometidos no desenvolvimento de uma segunda língua são consequências da interferência da língua-mãe’. Existem vários fatores que influenciam no desenvolvimento de uma segunda língua, a influência da primeira língua pode, certamente, ser um deles, mas o fator mais significante no desenvolvimento de erros é a generalização de determinadas regras de linguagem que fazem com que estudantes sintam-se confusos na hora de produzir frases e textos.

CONCLUSÃO

            Na obra toda são apresentadas metodologias e técnicas de ensino de uma língua em sala de aula, assim como diversas teorias a respeito da aquisição de uma primeira língua. O objetivo do livro não é transformar a atitude do professor em sala de aula, e sim proporcionar conhecimentos diversos a respeito do ensino tanto de uma primeira, como de uma segunda língua.
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PALAVRINHAS DA COORDENAÇÃO (I)



Mulher, Pensamento, Sessão, RecepçãoIniciamos os trabalhos de 2015 ESCREVENDO! Após uma paralisação de 3 semanas, motivada pelo (quase) fechamento de nossa querida UNICENTRO devido à falta de estrutura básica para o seu funcionamento, retomamos nossas atividades no dia 17 de março. Mas se a paralisação determinou um distanciamento espacial, nossas idéias continuaram fluindo no mundo virtual. Desde o mês de dezembro de 2014 os acadêmicos do PIBID/Inglês estão trabalhando em seu aprimoramento profissional com leituras orientadas e resenhas para posterior discussão na sala de encontros semanais. Às DCEs e PCNs seguem-se leituras de maior calibre: "How Languages are Learned" (LIghtbow & Spada, 1993) foi o título selecionado para ampliar conceitos sobre o processo de ensino-aprendizagem de Língua Inglesa. A esse título somar-se-ão outros mais em 2015 com o objetivo de impulsionar, cada vez mais, a criatividade, eficiência e produtividade dos acadêmicos em sala de aula. 
Se em 2014 o objetivo foi um domínio maior da produção de material didático, neste ano junta-se a ele mais um desafio: elaborar projetos de ensino para o Ensino Médio. Para tanto, conta a maturidade dos participantes do PIBID/Inglês em seu 3º ano do Programa. Alguns nos deixaram e junto com sua saída, as saudades; outros chegarão para integrar essa equipe maravilhosa que só alegrias tem trazido  ao nosso convívio. Prova disso foi a participação de cinco dos nossos pibidianos no II Seminário Estadual PIBID do Paraná, em Foz do Iguaçu, em outubro de 2014. Todos tiveram seus trabalhos selecionados para apresentação e publicação nos anais do evento e, o mais importante: saíram com a certeza de que não iriam parar por aí, mas estenderiam essa vitória em 2015! 
Neste mês, publicaremos as resenhas feitas por eles na visão particular de cada um com o objetivo e o compromisso de trazermos a público produções cada vez melhores e relacionadas às nossas conquistas diárias. Por ora, deixo um gostinho do que foi nossa passagem pela Itaipu Binacional, local do encontro em Foz! Be all welcome back!!!!!









quarta-feira, 10 de setembro de 2014 0 comentários

Autor do mês de setembro: Roald Dahl

            O autor escolhido para o mês de setembro é Roald Dahl, cujo nome não é frequentemente citado, mas suas obras são sem dúvida muito conhecidas ao redor do mundo, principalmente em suas adaptações para o cinema.
            Quem nunca ouviu falar de A Fantástica Fábrica de Chocolate, James e o Pêssego Gigante, O Fantástico Senhor Raposo ou Matilda? Poucos são os que nunca assistiram esses filmes e a maioria nem fazia ideia de que eram inspirados em obra do mesmo autor.
            Roald Dahl nasceu em 13 de setembro de 1916 no distrito de Llandaff – que fica ao norte de Cardiff, capital do País de Gales -, perdeu seu pai muito cedo - com apenas quatro anos de idade – e a partir de então sua mãe teve que cuidar de Dahl e seus seis irmãos. Depois do colégio, Roald não entrou para a faculdade e trabalhou em uma empresa que o fez se mudar para o leste da África por alguns anos, lá ele aprendeu a língua nativa Swahili e até contraiu malária. Mais tarde, em 1943, ele publicou seu primeiro livro “The Gremlins” e já contava com a ajuda de Walt Disney.
            Depois vieram várias outras obras e contos que cada vez mais tomavam notoriedade e ganhavam adaptações para as telas de cinema, como A Fantástica Fábrica de Chocolate (Willy Wonka & the Chocolate Factory – 1971), James e o Pêssego Gigante (James and the Giant Peach – 1996) e Matilda (Matilda – 1996).

            Roald Dahl faleceu em 23 de novembro de 1990 e até hoje é tido como um dos maiores e mais influentes escritores ingleses da modernidade. A literatura e o cinema devem muito à criatividade e originalidade de Roald Dahl!






quinta-feira, 7 de agosto de 2014 0 comentários

Suzanne Collins 


Nasceu em 10 de agosto de 1962 e é filha de um oficial da Força Aérea americana, vive em Connecticut com o marido e os dois filhos. Recebeu um mestrado em Escrita Dramática pela New York University. Em 1991, Suzanne Collins começou sua carreira profissional, escrever para a televisão, para crianças. Ela trabalhou nas equipes de vários shows da Nickelodeon, incluindo o indicado ao Emmy, Clarissa Explica Tudo e The Mystery Files of Shelby Woo. Para os espectadores da pré-escola, ela escreveu várias histórias para o Little Bear indicado ao Emmy e Oswald. Ela também co-escreveu o especial Rankin / Baixo de Natal, Santa, Baby! com seu amigo, Peter Bakalian, que foi indicado para o prêmio WGA em Animação. Mais recentemente, ela foi a escritora principal para Puppy dias de Clifford da Scholastic Entretenimento, e um freelancer em Wow! Uau! Wubbzy! Enquanto trabalhava em um programa de Crianças WB chamado Generation O! Ela conheceu autor infantil e ilustrador James Proimos, que a convenceu a dar a livros infantis, uma tentativa.

A inspiração para escrever The Underland Chronicles  veio quando ela estava pensando sobre Alice no País das Maravilhas, e o quão pastoral o ambiente deve parecer para crianças que vivem em áreas urbanas. Refletiu que em New York, você tem muito mais chances de cair num bueiro do que num buraco de coelho e, se você cair num bueiro, não irá encontrar uma festa de chá. O que você encontraria? Essa é a história de Gregor the Overlander, o primeiro livro da série de fantasia/guerra. 

Sua próxima série, The Hunger Games Trilogy, é um best-seller internacional. Os Jogos Vozares passou mais de 300 semanas consecutivas na lista de bestsellers do New York Times desde a publicação em setembro de 2008, e também apareceu de forma consistente em EUA e listas dos mais vendidos Publishers Weekly. Ele foi vendido em 56 territórios em 51 idiomas. Em 2010, Collins foi nomeada para a TIME 100 list, bem como os artistas Entertainment Weekly da lista Ano.


A ideia para escrever a trilogia Jogos Vorazes nasceu quando ela estava passando os canais da televisão. Em um canal, viu pessoas competindo num reality show, e em outro viu cenas gravadas na Guerra do Iraque. As duas coisas se misturaram e a trilogia começou a se formar. O mito de Teseu e o Minotauro também serviu de inspiração. A autora descreve Katniss como um “Teseu futurístico”. No mito, Atenas era obrigada a enviar 7 rapazes e 7 moças para Creta, onde eram lançados no labirinto para serem devorados pelo Minotauro. Creta era cruel e impiedosa, assim como a Capital na trilogia de Suzanne Collins. O fato de seu pai ter lutado na Guerra do Vietnã a ajudou a entender melhor sobre pobreza, fome e os efeitos da guerra.

Lionsgate divulgou uma adaptação cinematográfica de Jogos Vorazes em 23 de março de 2012, dirigido por Gary Ross, que também compartilhou crédito roteiro com Suzanne e Billy Ray. Ele quebrou vários recordes de bilheteria e se tornou a maior bilheteria de lançamento na América do Norte 14 de todos os tempos no seu caminho para a geração de quase US $ 700 milhões em bilheterias do mundo todo. Lionsgate liberou a segunda parcela The Hunger Games: Catching Fire mundialmente em 22 de novembro de 2013 trazendo de volta as estrelas Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Woody Harrelson, Elizabeth Banks, Donald Sutherland, Stanley Tucci e Lenny Kravitz, juntamente com os novos membros do elenco Philip Seymour Hoffman, Sam Claflin, Jena Malone e Jeffrey Wright.


O filme foi dirigido por Francis Lawrence, a partir de um roteiro escrito por Simon Beaufoy e Michael DeBruyn. Lionsgate vai lançar The Hunger Games: Mockingjay - Parte 1 em 21 de Novembro de 2014, com Mockingjay - Parte 2 em 20 de novembro de 2015, que também será dirigida por Lawrence. Todos os quatro filmes estão sendo produzidos por Nina Jacobson of Color Força e Jon Kilik.


Em setembro de 2013, Suzanne lançou um livro aclamado pela crítica autobiográfica imagem, ANO DA SELVA, ilustrado por James Proimos. Trata-se do ano em que ela tinha seis anos e seu pai foi destacado para o Vietname. Ele foi vendido em 12 territórios em 11 idiomas.

Seu primeiro livro de imagens, “Quando Charlie MCBUTTON PERDEU PODER”, sobre um garoto obcecado com jogos de computador, foi ilustrada por Mike Lester e saiu em 2005. “Quando uma tempestade bate para fora a eletricidade, toda tecnologia império de Charlie McButton desmorona. Ele precisa de baterias-FAST. Mas as únicas baterias estão dentro boneca falante, a mais amada de sua irmã bebê. Será que ele vai recorrer a medidas desesperadas, e fazer com que sua irmã a ter um colapso de seu próprio país? Ou ele vai sair dessa sua mania de computador tempo suficiente para perceber irmãs pode ser divertido, mesmo sem pilhas?”. Ele foi vendido em 4 territórios estrangeiros.


quarta-feira, 23 de julho de 2014 0 comentários
George Bernard Shaw



An overview

George Bernard Shaw was born July 26, 1856, in Dublin, Ireland, but in 1876 he moved to London, where he wrote many of his books and plays. In 1895, he became a theater critic for the Saturday Review and began writing plays of his own. His play Pygmalion was later made into a film twice, and the screenplay he wrote for the first version of it won an Oscar. During his lifetime, he wrote more than 60 plays and won many other awards, among them the Nobel Prize.


Life

When he as young, Shaw explored the worlds of the arts (music, art, literature) under his mother's guidance and through regular visits to the National Gallery of Ireland. In 1872, Shaw's mother left her husband and took Shaw's two sisters to London, and four years later Shaw followed (his younger sister had died in the meantime), deciding to become a writer. Shaw struggled financially, and his mother essentially supported him while he spent time in the British Museum reading room, working on his first novels.
At first, his novels were widely rejected by publishers. Shaw soon turned his attention to politics and the activities of the British intelligentsia, joining the Fabian Society in 1884 (a group whose goal was the transformation of England through a more vibrant political and intellectual base). The year after he joined the Fabian Society, Shaw landed some writing work in the form of book reviews and art, music and theater criticism, and in 1895 he was brought aboard the Saturday Review as its theater critic. At was at this point that Shaw began writing plays of his own.
Shaw's first plays were published in volumes titled "Plays Unpleasant" (containing Widowers' Houses, The Philanderer and Mrs. Warren's Profession) and "Plays Pleasant" (which had Arms and the Man, Candida,The Man of Destiny and You Never Can Tell). The plays were filled with what would become Shaw's signature wit, accompanied by healthy doses of social criticism, which stemmed from his Fabian Society leanings. These plays would not go on to be his best remembered, or those for which he had high regard, but they laid the groundwork for the oversized career to come.


His work

Toward the end of the 19th century, beginning with Caesar and Cleopatra(written in 1898), Shaw's writing became a product of a mature writer. In 1903, Shaw wrote Man and Superman, whose third act, "Don Juan in Hell," achieved a status larger than the play itself and is often staged as a separate play entirely. While Shaw would write plays for the next 50 years, the plays written in the 20 years after Man and Superman would become foundational plays in his oeuvre. Works such as Major Barbara (1905), The Doctor's Dilemma (1906), Androcles and the Lion (1912) and Saint Joan (1923) all firmly established Shaw both as a front-line (and popular) dramatist of his day and as a writer deeply interested in the issues of his time and of history.
The year 1912 brought what might be Shaw's most famous play: Pygmalion, which was transferred to the big screen in 1938. Shaw won an Academy Award for the screenplay. Since he had won the 1925 Nobel Prize in Literature, his Oscar win made him the only person to receive both awards. Pygmalion went on to further fame when it was adapted into a musical and became a hit, first on the Broadway stage (1956) with Rex Harrison and Julie Andrews, and later on the screen (1964) with Harrison and Audrey Hepburn.

Shaw died in 1950, when he was 94 years old. 
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