RESENHA "HOW LANGUAGES ARE LEARNED"
IEGO VINÍCIUS FARIA DO BOMFIM
INTRODUÇÃO
Para
a área de aprendizado de uma segunda língua, novas técnicas de ensino, livros e
metodologias aparecem todos os anos, e consequentemente, estas técnicas e
materiais vão tomando os lugares de antigos métodos e maneiras menos eficientes
de se ensinar uma língua. Mas sem dúvida, a experiência própria do professor é
um grande fator de ajuda para que ele decida qual o caminho tomar em relação à
metodologia de ensino a ser aplicada.
CAPÍTULO 1 – APRENDENDO UMA PRIMEIRA LÍNGUA.
O
aprendizado de uma linguagem é uma das características mais fascinantes do
ser-humano, e é um dos fatores que nos diferencia das outras espécies. Observar
uma criança aprendendo uma primeira língua é algo extraordinário para o homem,
pois várias dúvidas surgem a respeito de como essa língua é adquirida, e a mais
frequente é “O que faz uma criança desenvolver uma linguagem gramatical
complexa se até uma simples comunicação é o suficiente para a maior parte dos
propósitos?”. Para essa pergunta, são três diferentes posições teóricas a serem
estudadas: behaviorista, inatista e interacionista.
Os behavioristas tradicionais acreditam
que a linguagem é a ato de imitação e formação de hábito, pois uma criança
cresce ouvindo e imitando diálogos de adultos ao seu redor, e de tanto
repeti-los acaba transformando isso em um hábito; sendo assim, quanto maior a
variedade e quantidade linguística que essa criança estiver em contato, maior
será seu desempenho no aprendizado da linguagem.
Diferente
de um pássaro que aprende uma nova palavra ou frase e a repete continuamente, a
criança parece ser seletiva ao escolher as palavras, e quando imita frases
parece estar baseada em algo que já é de seu conhecimento, ou seja, ela não
simplesmente escolhe uma frase ou palavra qualquer, escolhe o que lhe convém
repetir no exato momento.
Um
dos fatores que faz com que as crianças aprendam a primeira língua de forma
curiosa é a incrível capacidade de comparação que fazem ao formar frases com
base em outras que já conhecem, como no exemplo dado no livro (pg. 6), no qual
uma criança de três anos diz: “Why? So he can doc my little bump?”, onde obviamente criou o verbo “doc” a partir
do pronome “doctor” por estar acostumado a ouvir pronomes como “swimmer”,
“farmer”, e “actor” que se transformam, respectivamente, nos verbos “swim”,
“farm” e “act”.
Os inatistas,
baseados em teorias de Noam Chomsky, acreditam que o ser-humano é
biologicamente formado para a linguagem, assim como é biologicamente formado
para andar, por exemplo. Para Chomsky, o ambiente pode contribuir de alguma
maneira – nesse casso seriam os adultos com quem a criança se relaciona -, mas
a criança, ou melhor, a formação biológica da criança faz a maior parte do
trabalho.
Seguindo
o pensamento de Chomsky, a linguagem à qual a criança é exposta está cheia de
informações confusas, como falsas introduções, sentenças incompletas ou frases
mal formuladas, que não fornecem toda a informação de que a criança precisa.
Além disso, as crianças nascem com uma habilidade especial de descobrirem elas
mesmas algumas regras da linguagem, como se aprendessem certas características
da língua apenas por estarem expostas a um limitado número de exemplos.
A
terceira corrente teórica é a interacionista,
que acredita no ambiente linguístico que interage com as capacidades inatas da
criança para assim determinar o desenvolvimento da linguagem.
Quando um adulto conversa
com uma criança, ele tenta ao máximo fazer com que suas orações fiquem mais
simples, por exemplo, falando mais devagar e em um tom mais alto, com poucas
palavras desconhecidas; já as crianças que não recebem esse tratamento
diferente dos pais aprenderão a língua da mesma maneira, mas provavelmente
estarão em contato com outros adultos que modificarão o modo de fala ao
conversar com elas.
Essas são três teorias
diferentes sobre a aquisição da linguagem, reconciliando-as é possível perceber
que cada uma tem sua explicação sobre um determinado aspecto da linguagem, ou
seja, todas devem ser levadas em conta quando o assunto é a aquisição da
primeira língua.
CAPÍTULO 2 – TEORIAS DO APRENDIZADO DE UMA SEGUNDA
LÍNGUA.
Neste
capítulo o assunto em discussão é a aquisição de uma segunda língua e as três
principais teorias que falam sobre o assunto.
O
aprendizado de uma segunda língua – seja por uma criança ou um adulto – é
diferente do aprendizado da primeira língua feito pela criança, pois a
preparação e o conhecimento serão diferentes em ambas as situações.
Todos os estudantes de uma segunda língua – independente da idade – já possuem
no mínimo uma língua, assim sendo, estes estudantes já têm uma ideia de como
uma língua funciona.
O
conhecimento de outras línguas nem sempre ajuda na aquisição de uma nova, às
vezes esse conhecimento faz com que os estudantes tenham ideias erradas sobre o
funcionamento de determinada língua. Jovens aprendizes de uma segunda língua
talvez não possuam alguns dos privilégios que os mais velhos possuam, assim
como os mais velhos também não possuirão algumas características que os mais
novos possuem.
A
pessoa que aprende uma primeira língua possui a maturidade cognitiva, a consciência
metalinguística ou o conhecimento de mundo que a pessoa mais velha que
aprende uma segunda língua possui.
Nenhum
adolescente ou adulto terá a mesma experiência que uma criança pequena terá ao
aprender uma língua, pois geralmente os aprendizes mais velhos serão forçados a
conversar em outra língua quando estiverem em um ambiente do gênero, enquanto
os mais jovens poderão apenas observar enquanto não se sentem suficientemente
seguros para praticar a nova língua.
Em
uma conversa, dificilmente uma pessoa mais fluente interromperá a outra para
fazer correções ou observações em determinadas situações, e neste caso a escola
é um local onde o professor se sente livre para tomar a palavra e fazer as
correções necessárias – diferente de um ambiente externo e informal.
Para
os behavioristas, erros são vistos
como hábitos da língua mãe influenciando a aprendizagem de uma nova língua.
Onde há similaridade entre as duas línguas, o aprendiz terá facilidades na
aquisição, enquanto onde houver diferenças entre as duas línguas o aprendizado
será mais lento e com dificuldades. Certamente, algumas noções de língua estão
presentes na maioria dos alunos, por exemplo, a maioria dos estudantes sabe
intuitivamente que expressões metafóricas não podem ser apenas traduzidas
palavra por palavra.
Outro
ponto de vista é o dos psicólogos cognitivos
que veem a aquisição de uma segunda língua como uma construção de sistemas de
conhecimento que podem ser eventualmente usados para conversação e
entendimento.
Mesmo
com Noam Chomsky não discutindo sobre sua teoria inatista na aquisição de uma segunda língua, outros pesquisadores
propuseram teorias que em alguns aspectos podem ser consideradas similares à de
Chomsky, esta teoria é chamada de hipótese da construção criativa (creative
construction hypothesis) – onde estudantes são hábeis de ‘construir’
representações internas da linguagem que está sendo aprendida.
A
teoria da construção criativa que
teve maior influencia no ensino de uma segunda língua é a proposta por Stephen
Krashen (1982). Em uma série de livros Krashen desenvolveu cinco hipóteses
centrais que constituem seu modelo, elas são: (1) a hipótese
aquisição-aprendizado; (2) a hipótese monitora; (3) a hipótese da ordem
natural; (4) a hipótese do input e a (5) hipótese do filtro
afetivo.
O
olhar interacionista sobre uma
segunda língua afirma que um fator importante no processo de aquisição da
linguagem é o produto modificado que os estudantes estão expostos e a maneira
como falantes nativos se expressam em conversas entre eles. Assim como Krashen,
Michael Long considera que um input compreensível
é necessário para a aquisição de uma nova língua, mas também se preocupam em
descobrir ‘como o input se torna
compreensível?’. Para Long e alguns outros, uma interação modificada deve ser
necessária para a aquisição de uma língua, assim como esta interação modificada torna o input
compreensível.
CAPÍTULO 3 – FATORES QUE AFETAM O APRENDIZADO DE UMA
SEGUNDA LÍNGUA.
Como
já visto anteriormente, qualquer criança normal é capaz de desenvolver sua
primeira língua tranquilamente, enquanto estudantes de uma segunda língua nem
sempre possuem a mesma capacidade e muitos deles não conseguem desenvolver a
habilidade como outros. Existem cinco categorias que podem ser consideradas
fatores influentes para o aprendizado de uma língua: a motivação, aptidão,
personalidade, inteligência e o estilo de aprendizado desenvolvido por cada
estudante.
Várias
pesquisas direcionadas à relação entre inteligência e o desenvolvimento de uma
segunda língua são realizadas e o resultado é surpreendente: os níveis de
inteligência são uma boa maneira de predizer o sucesso do aprendizado de uma
segunda língua em determinado indivíduo. Além do mais, algumas pesquisas
mostram que a inteligência pode ser um fator até mais relevante do que alguns
outros relacionados à aquisição da segunda língua.
A
inteligência geralmente é mais relacionada à área formal do estudo de uma
segunda língua, como a leitura, escrita e vocabulário. Já na comunicação oral,
a inteligência parece ter menos influencia do que em outras áreas.
Outro
fator relevante é a aptidão, que faz com que alguns estudantes desenvolvam suas
habilidades com mais facilidade do que outros, mas na maioria das vezes, o ser
humano possui uma grande aptidão para o aprendizado de uma segunda língua.
A
personalidade também é um fator considerado relevante para alguns que estudam o
desenvolvimento de uma nova língua, pesquisas mostram que uma pessoa
extrovertida tem mais facilidade para lidar com uma segunda língua,
consequentemente, a inibição é um fator negativo para o aprendizado.
Várias
outras características da personalidade como autoestima, empatia e simpatia
foram estudadas, mas em geral as pesquisas não mostram uma clara relação entre
personalidade e o aprendizado de uma segunda língua.
Há um
grande número de pesquisas que afirmam que positivas atitudes e motivações
estão relacionadas ao estuda de uma nova língua, mas, as pesquisas não podem
indicar precisamente como a motivação
afeta o aprendizado.
Se uma pessoa procura
estudar pelo próprio interesse e estiver bem determinada, com certeza será
diferente de outra que estuda ‘por obrigação’ ou vontade de terceiros, é neste
aspecto que entra a atitude e a motivação, que poderão ser negativas ou
positivas.
O último fator – e um dos
mais importantes – é o estilo de
aprendizado ao qual o estudante é inserido, pois afinal cada pessoa tem sua
própria maneira de assimilar determinada informação, e na aquisição de uma
segunda língua o aluno deve estar em contato com a maneira que melhor o
sustenta e desenvolve suas habilidades.
Mas nem sempre o que é
válido para uma pessoa será para outra, alguns métodos de aprendizado serão
mais efetivos para determinado tipo de estudante, enquanto para outros será
simplesmente incompreensível; é aí que entra a importância do desenvolvimento
de técnicas diversas para o aprendizado de uma língua estrangeira.
A idade de aquisição de uma
língua também influencia em alguns fatores, pois como já dissemos: estudantes
de determinada idade terão vantagens que outros não terão e vice-e-versa.
Assim como crianças,
adolescentes e jovens, os adultos também possuem uma grande capacidade de
aprendizagem de uma segunda língua, a diferença é que sempre haverá algumas
diferenças como sotaque e escolha de palavras, mas nada que influencie ou torne
a comunicação algo pior - ou melhor - do que a de um falante mais novo.
Outros estudos também
mostram que aqueles que começam a aprender uma segunda língua na infância não a
desenvolvem tão bem quanto os estudantes que tiveram um contato com uma língua
estrangeira na adolescência.
A idade do indivíduo é um
dos fatores que determina a maneira como o estudo será desenvolvido, mas as
oportunidades de aprendizado, a motivação e a aptidão também são fatores
determinantes para um eventual sucesso na aprendizagem.
CAPÍTULO 4 – A LÍNGUA DO ESTUDANTE
Voltando
os olhares agora para o aprendizado, as dificuldades e os fatos relacionados ao
estudo de uma segunda língua, veremos que nem sempre um aumento no número de
erros de pronúncia e escrita significa que o aluno está piorando, ao contrário,
ele pode estar até progredindo.
Uma
pessoa que diz ‘I selled my car’ nem
sempre é menos inteligente ou tem menos conhecimento do que uma que diria ‘I sold my car’, pois esta primeira pode
ter um conhecimento maior da gramática e vocabulário inglês e simplesmente se
confundiu ao formar a frase, ou estava acostumada com a forma simples usada no
passado ‘ed’.
Assim
como na aquisição da primeira língua, na segunda língua o ser-humano também
parece obter algumas ‘regras internas’ que interferem – positivamente e/ou
negativamente – no aprendizado da nova língua. Algumas pesquisas afirmam que
muitas sequências que se desenvolvem no aprendizado da primeira língua também
são vistas quando um indivíduo procura aprender uma língua estrangeira.
Outro
aspecto importante é que a língua que uma criança desenvolve quando está
aprendendo a falar não pode ser considerada errada por não ser inteiramente
igual à de um adulto, esta linguagem apenas deve ser considerada como ‘seu
próprio sistema’ de língua. Sendo assim, o estudante de uma segunda língua que
não a domina totalmente estaria enquadrado nesta teoria? Pois afinal, este
desenvolvimento promovido pelo estudante não pode ser visto como ‘uma forma
errada’ de linguagem, e sim uma variação da língua presente, sendo seu ‘próprio
sistema’ assim como o apresentado por uma criança que desenvolve sua
língua-mãe.
Muitos
dos erros cometidos por estudantes de uma segunda língua podem ser vistos como
uma forma de descoberta dessa própria língua, uma forma de conhecimento e não
como uma interferência da língua-mãe no desenvolvimento da língua estrangeira.
Outro fator que implica no desenvolvimento da SL (segunda língua) é a
influencia de fatores externos e da sala de aula na linguagem do aluno, como
vocabulários descobertos em músicas e filmes e também gírias usadas por
falantes mais fluentes.
Muitos
erros são comuns em estudantes que procuram aprender uma segunda língua, muitos
deles são resultados do convívio com a língua-mãe que faz com que algumas
confusões acabem ocorrendo, como na hora de usar verbos irregulares no passado
ou até o uso do possessivo ‘’s’’, que é algo bem diferente do que é de costume no
Brasil, por exemplo.
CAPÍTULO 5 – O APRENDIZADO DE UMA SEGUNDA LÍNGUA NA
SALA DE AULA
A maioria das pessoas acredita que
aprender uma segunda língua fora da escola, ou seja, ‘nas ruas’ pode ser mais
eficiente do que dentro de uma sala de aula, esta conclusão talvez seja feita
pelo fato de que os que estudam foram da escola tenham mais contato com este
tipo de situação do que alunos que geralmente possuem uma pequena carga horária
de língua estrangeira nas escolas.
Na
aquisição natural, o indivíduo estará exposto a uma grande variedade de
vocabulário e estruturas que se diferenciam da metodologia escolar que
apresenta ao aluno uma forma ‘passo-a-passo’ de conhecimento. Também na
aquisição natural, os estudantes raramente serão corrigidos - se o ouvinte conseguir
entender o que o falante está tentando dizer - e o contato com a língua
estrangeira não será somente aluno/professor, e sim estudante/sociedade.
Diferente
da aquisição natural, na aquisição tradicional o aluno será frequentemente
corrigido, terá um tempo limitado de contato com a língua e o estudante não
terá a oportunidade de seguir seu próprio ‘ritmo’, ou seja, será influenciado
pelo fator externo que seriam os alunos com mais facilidades ou dificuldades do
que ele.
Já em
salas de aula onde a forma de ensino de uma segunda língua é mais comunicativa,
teremos uma relação mais comunicativa entre professor e aluno, proporcionando
um ambiente onde o aluno se sentirá seguro para perguntar e cometer erros, além
disso, os alunos estarão em contato com um diálogo mais acessível e com um
vocabulário que será mais utilizado em seu dia-a-dia.
Neste
capítulo são apresentadas cinco propostas feitas por teóricos que indicam
formas de como uma segunda língua deve ser ensinada, elas são: ‘fazer certo do começo’, ‘SAY WHAT YOU MEAN AND MEAN WHAT YOU SAY’, ‘apenas ouvir’, ‘ensinar o que é ensinável’ e ‘fazer certo no
final’.
A
proposta de ‘fazer certo do começo’ para
o ensino de uma segunda língua é a que melhor descreve o método usado hoje em
dia em escolas de todo o país. Implica no olhar behaviorista de que os alunos
precisam construir o conhecimento através da prática – apenas pela forma
correta – na qual os professores preferem não deixar os alunos conversar
livremente para não permitir que cometam erros. Neste caso, os estudantes
repetem várias vezes o que o professor pede e muitas vezes não fazem a mínima
ideia do que estão fazendo, e simplesmente continuam repetindo enquanto seus
pensamentos estão direcionados a outros assuntos, sem necessidade nenhuma de refletir
e/ou assimilar sobre o que está sendo dito.
Na
proposta chamada de ‘SAY WHAT YOU MEAN
AND MEAN WHAT YOU SAY’, os alunos tem
acesso a um compreensível input através
de uma comunicação mais interativa com professores e outros alunos. As atividades
orais nesta proposta são mais significativas e implicam em uma comunicação
maior do que apenas perguntas e respostas soltas, diferente disso, os alunos
terão uma conversa com mais sentido e um vocabulário amplo e útil.
‘Apenas ouvir’ é uma proposta na qual o
aluno tem uma liberdade maior para expor sua habilidade oral, com atividades de
leitura e fala que fazem com que o ensino seja mais dinâmico, neste caso o
professor tem o papel de observar e apenas ouvir – como bem diz o título da
proposta. Este é um dos métodos mais influentes e controversos usados no ensino
de língua estrangeira.
Como
o próprio nome do método já diz: ‘ensinar
o que é ensinável’ propõe que o professor tenha uma noção do que será útil
e do que será possível ser trabalhado com seus alunos, pois em muitos casos em
sala de aula o professor se depara com alunos que entendem o que está sendo
discutido mas não possuem um controle na hora de colocar tudo isso em prática,
além disso muitas vezes os próprios alunos entendem uns aos outros mas de uma
forma conhecida como ‘errada’ para o método padrão de certa língua.
‘Fazer certo no final’, assim como ‘ensinar o que é ensinável’, reconhece
que nem tudo pode ser ensinado e muito conhecimento será adquirido
naturalmente, através do uso da linguagem para a comunicação entre os
estudantes. Mas, diferente de ‘ensinar o
que é ensinável’, ‘Fazer certo no final’ assume que nem sempre o aluno
poderá agir por conta própria em seus estudos e em vários momentos o indivíduo
precisará de orientação ao trabalhar com uma língua estrangeira. Seguidores
dessa metodologia também afirmam que às vezes é necessário que o aluno tenha
noção de seus erros através do professor para que haja assimilação do
conhecimento.
Cada
uma destas cinco metodologias possui características que as tornam diferentes,
mas também é importante observar alguns aspectos que são tratados em todas elas
e a importância dada para o ensino, seja ele natural ou tradicional, cada um
com suas vantagens e desvantagens no que diz respeito à aquisição de uma
segunda língua.
CAPÍTULO 6 – IDEIAS POPULARES SOBRE O
APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA: FATOS E OPINIÕES
É comum ouvir algumas conclusões
precipitadas sobre como uma língua é aprendida, uma das mais comuns é a de que
‘a língua é aprendida principalmente através de imitação’, mas como visto no
capítulo 1, independente de imitação, as crianças parecem escolher pessoalmente
o que será imitado, criando seus próprios sistemas de regras e suas próprias
conclusões de como uma língua trabalha, mas isso não significa que a imitação
não tenha importância no desenvolvimento de uma língua.
Outro comum comentário a respeito do
desenvolvimento de uma língua é o de que ‘pessoas com QI elevado aprendem uma
língua com facilidade’, por um lado o comentário está certo, pois quando uma
classe está estudando sobre uma
língua (gramática, vocabulário...) é mais provável que alunos com inteligência
superior desenvolvam-se melhores do que os outros, mas quando se trata de
desenvolvimento de determinada língua, oralidade e comunicação uma grande
variedade de alunos – não só os que possuem um QI elevado – podem ter grande
chance de sucesso.
Existem várias outras ideias comuns
sobre a aquisição de uma língua, mas para concluir escolhemos a que afirma que
‘a maioria dos erros cometidos no desenvolvimento de uma segunda língua são
consequências da interferência da língua-mãe’. Existem vários fatores que
influenciam no desenvolvimento de uma segunda língua, a influência da primeira
língua pode, certamente, ser um deles, mas o fator mais significante no
desenvolvimento de erros é a generalização de determinadas regras de linguagem
que fazem com que estudantes sintam-se confusos na hora de produzir frases e
textos.
CONCLUSÃO
Na obra toda são apresentadas
metodologias e técnicas de ensino de uma língua em sala de aula, assim como
diversas teorias a respeito da aquisição de uma primeira língua. O objetivo do
livro não é transformar a atitude do professor em sala de aula, e sim
proporcionar conhecimentos diversos a respeito do ensino tanto de uma primeira,
como de uma segunda língua.
1 comentários:
Perfeito este material, Diego! Parabéns!!! Vai me ajudar muitoooo
Postar um comentário