domingo, 29 de março de 2015



Resenha
How Languages are Learned

Resenhado por: Eduardo Rafael dos Santos Saruva

Capítulo 1
Vetor pena coloridaNo primeiro capítulo do livro How Languages are Learned, com o título Learning a first language  temos a apresentação de alguns posicionamentos quanto a aprendizagem da língua, o primeiro posicionamento é o behaviorista. Na visão da teoria behaviorista o aprendizado da língua se dá apenas através da imitação e da formação do habito, quanto mais a criança escutar a comunicação oral que ocorre a sua volta mais isso irá contribuir para a formação do hábito de uma linguagem correta e uso da mesma, a qualidade e a quantidade mais a consistência do reforço dado a criança irá resultar no sucesso desta criança quanto a apreensão da linguagem.
Na visão Inatista sobre a aprendizagem da língua temos a teoria de Noam Chomsky que diz que a linguagem se desenvolve nas crianças da mesma forma que outros aspectos biológicos, as crianças são “programadas” biologicamente para a linguagem como, por exemplo, a criança aprende a andar sem que seja ensinada, ela só aprende a andar porque tal função já estava programada para ser assimilado pela língua, Chomsky acredita que ocorre o mesmo com a linguagem. Ele refere-se a um mecanismo chamado de dispositivo de aquisição de linguagem (DAL) que é partilhado por todos e que possibilita que as regras da linguagem sejam entendidas e internalizadas pela criança e que previne que ela afaste-se muito da gramaticalidade presente na língua, nos escritos recentes Chomsky refere-se a esse mecanismo como Gramática Universal (GU).
Ainda falando do ponto de vista inatista sobre a linguagem temos a hipótese do período crítico de aprendizado da língua por Eric Lennenberg que diz que se uma criança fosse privada da linguagem quando pequena ela não teria um bom desempenho linguístico caso fosse aprender a língua mais tarde. Há duas versões a leve na qual o aprendizado da linguagem será incompleta e difícil após a puberdade, e a severa na qual o autor diz que a criança tem que aprender a língua até a puberdade ou então ela não poderá aprender mais essa língua.
A ultima posicionamento apresentado no capítulo é a visão interacionista na qual a linguagem é aprendida pela criança devido a interação com o ambiente, os interacionistas ainda acreditam que a fala modificada é um elemento crucial para o processo de aquisição de linguagem, o adulto adapta a sua linguagem a um nível no qual seja possível a compreensão e interação por parte da criança, a chamada caretaker talk.
Capítulo 2
Theories of second language learning, segundo capítulo do livro discorre sobre as teorias acerca da aquisição de uma segunda língua. Temos a visão behavirosta sobre a aquisição de uma segunda língua a que nos fala sobre o input, recebemos a língua através dos falantes no ambiente e através de repetições corretas e imitações acabamos por formar hábitos da língua desejada, mas durante a aquisição desses hábitos da segunda língua por diversas vezes os hábitos já formados na nossa primeira língua tendem a interferir na formação de hábitos da outra língua, essa teoria é chamada de contrastive analysis hypothesis (CAH), a CAH observa as similaridades entre as línguas e certas estruturas serão adquiridas com mais ou menos facilidade.
            Temos a teoria da construção criativa proposta por Krashen, a qual apresenta cinco áreas, a hipótese da aquisição-aprendizagem na qual temos a ideia de que aquisição é algo informal, adquirida naturalmente enquanto que a aprendizagem é algo formal e conseguida com estudo e vontade de aprender. A segunda hipótese é a do the monitor hypothesis a qual diz que o sistema adquirido (linguagem) age como se fosse um monitor para “polir” o que é produzido por esse sistema, geralmente a escrita usa mais deste “monitor” uma vez que escrever demanda mais atenção a forma com que a linguagem está sendo usada. A natural order hypothesis que diz que adquirimos as regras da língua em uma sequência já prevista, não necessariamente pela dificuldades ou ordem em que as regras foram ensinadas. Na input hypothesis Krashen afirma que adquirimos a língua de apenas uma maneira, que é recebendo um input compreensível ou seja compreendendo a mensagem. E por ultimo a teoria do filtro afetivo que fala sobre o estado do estudante caso ele esteja desconfortável ou desestimulado para aprender uma língua ele não obterá sucesso, já caso o estudante esteja motivado e interessado em aprender ele terá melhor absorção e compreensão do que está tentando apreender.
            Para finalizar o segundo capítulo uma visão interacionista sobre a segunda língua é apresentada, a qual afirma que uma interação modificada se faz necessária para aquisição da segunda língua, inclusive tal modificação é notada com falantes nativos de uma língua que usam desse recurso de interação modificada para interagir com iniciantes na aprendizagem da língua que já dominam, alguns desses recursos são a checagem de compreensão, e/ou a repetição, paráfrase nas quais o falante nativo busca a confirmação da compreensão por parte do aprendiz para que haja a compreensão entre eles.
Capitulo 3
            No terceiro capítulo intitulado Factors affecting second language learning são abordados os fatores que afetam o aprendizado de uma segunda língua como, por exemplo, a inteligência, aptidão para a língua, personalidade, motivação e atitudes, formas de aprendizagem e idade de aquisição do individuo que está aprendendo esta língua. No capítulo ainda é abordado qual a idade ideal para começar o aprendizado de outra língua e se realmente começar “cedo” é melhor.
Capitulo 4
Learner Language é o título do quarto capítulo do livro How Languages are Learned nele é apontado que um aumento dos erros cometidos por quem está aprendendo um idioma pode, algumas vezes, significar que ele está obtendo algum progresso, já que segundo pesquisas acerca da aquisição de uma segunda língua revelam que quem está aprendendo a segunda língua passa por processos parecidos com os de uma criança aprendendo a sua primeira língua e que há uma sequência de estágios de aquisição pelo qual o aluno precisa passar para masterizar aquela determinada estrutura.
Referência:

LIGHTBOW, Patsy M.; SPADA, Nina. How Languages are learned. Oxford University Press, 1993

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