Resenha
How
Languages are Learned
Resenhado
por: Eduardo Rafael dos Santos Saruva
Capítulo 1
No
primeiro capítulo do livro How Languages
are Learned, com o título Learning a
first language temos a apresentação
de alguns posicionamentos quanto a aprendizagem da língua, o primeiro
posicionamento é o behaviorista. Na visão da teoria behaviorista o aprendizado
da língua se dá apenas através da imitação e da formação do habito, quanto mais
a criança escutar a comunicação oral que ocorre a sua volta mais isso irá
contribuir para a formação do hábito de uma linguagem correta e uso da mesma, a
qualidade e a quantidade mais a consistência do reforço dado a criança irá
resultar no sucesso desta criança quanto a apreensão da linguagem.
Na
visão Inatista sobre a aprendizagem da língua temos a teoria de Noam Chomsky
que diz que a linguagem se desenvolve nas crianças da mesma forma que outros
aspectos biológicos, as crianças são “programadas” biologicamente para a
linguagem como, por exemplo, a criança aprende a andar sem que seja ensinada,
ela só aprende a andar porque tal função já estava programada para ser
assimilado pela língua, Chomsky acredita que ocorre o mesmo com a linguagem.
Ele refere-se a um mecanismo chamado de dispositivo de aquisição de linguagem
(DAL) que é partilhado por todos e que possibilita que as regras da linguagem
sejam entendidas e internalizadas pela criança e que previne que ela afaste-se
muito da gramaticalidade presente na língua, nos escritos recentes Chomsky
refere-se a esse mecanismo como Gramática Universal (GU).
Ainda
falando do ponto de vista inatista sobre a linguagem temos a hipótese do
período crítico de aprendizado da língua por Eric Lennenberg que diz que se uma
criança fosse privada da linguagem quando pequena ela não teria um bom desempenho
linguístico caso fosse aprender a língua mais tarde. Há
duas versões a leve na qual o aprendizado da linguagem será incompleta e
difícil após a puberdade, e a severa na qual o autor diz que a criança tem que
aprender a língua até a puberdade ou então ela não poderá aprender mais essa
língua.
A
ultima posicionamento apresentado no capítulo é a visão interacionista na qual
a linguagem é aprendida pela criança devido a interação com o ambiente, os
interacionistas ainda acreditam que a fala modificada é um elemento crucial
para o processo de aquisição de linguagem, o adulto adapta a sua linguagem a um
nível no qual seja possível a compreensão e interação por parte da criança, a
chamada caretaker talk.
Capítulo 2
Theories of second
language learning, segundo capítulo do livro discorre
sobre as teorias acerca da aquisição de uma segunda língua. Temos a visão
behavirosta sobre a aquisição de uma segunda língua a que nos fala sobre o input, recebemos a língua através dos
falantes no ambiente e através de repetições corretas e imitações acabamos por
formar hábitos da língua desejada, mas durante a aquisição desses hábitos da
segunda língua por diversas vezes os hábitos já formados na nossa primeira
língua tendem a interferir na formação de hábitos da outra língua, essa teoria
é chamada de contrastive analysis
hypothesis (CAH), a CAH observa as similaridades entre as línguas e certas
estruturas serão adquiridas com mais ou menos facilidade.
Temos a teoria da construção
criativa proposta por Krashen, a qual apresenta cinco áreas, a hipótese da
aquisição-aprendizagem na qual temos a ideia de que aquisição é algo informal,
adquirida naturalmente enquanto que a aprendizagem é algo formal e conseguida
com estudo e vontade de aprender. A segunda hipótese é a do the monitor hypothesis a qual diz que o
sistema adquirido (linguagem) age como se fosse um monitor para “polir” o que é
produzido por esse sistema, geralmente a escrita usa mais deste “monitor” uma
vez que escrever demanda mais atenção a forma com que a linguagem está sendo
usada. A natural order hypothesis que
diz que adquirimos as regras da língua em uma sequência já prevista, não
necessariamente pela dificuldades ou ordem em que as regras foram ensinadas. Na
input hypothesis Krashen afirma que
adquirimos a língua de apenas uma maneira, que é recebendo um input compreensível ou seja
compreendendo a mensagem. E por ultimo a teoria do filtro afetivo que fala
sobre o estado do estudante caso ele esteja desconfortável ou desestimulado
para aprender uma língua ele não obterá sucesso, já caso o estudante esteja
motivado e interessado em aprender ele terá melhor absorção e compreensão do
que está tentando apreender.
Para finalizar o segundo capítulo
uma visão interacionista sobre a segunda língua é apresentada, a qual afirma
que uma interação modificada se faz necessária para aquisição da segunda
língua, inclusive tal modificação é notada com falantes nativos de uma língua
que usam desse recurso de interação modificada para interagir com iniciantes na
aprendizagem da língua que já dominam, alguns desses recursos são a checagem de
compreensão, e/ou a repetição, paráfrase nas quais o falante nativo busca a
confirmação da compreensão por parte do aprendiz para que haja a compreensão
entre eles.
Capitulo 3
No terceiro capítulo intitulado Factors affecting second language learning
são abordados os fatores que afetam o aprendizado de uma segunda língua como,
por exemplo, a inteligência, aptidão para a língua, personalidade, motivação e
atitudes, formas de aprendizagem e idade de aquisição do individuo que está
aprendendo esta língua. No capítulo ainda é abordado qual a idade ideal para
começar o aprendizado de outra língua e se realmente começar “cedo” é melhor.
Capitulo 4
Learner Language
é o título do quarto capítulo do livro How
Languages are Learned nele é apontado que um aumento dos erros cometidos
por quem está aprendendo um idioma pode, algumas vezes, significar que ele está
obtendo algum progresso, já que segundo pesquisas acerca da aquisição de uma
segunda língua revelam que quem está aprendendo a segunda língua passa por
processos parecidos com os de uma criança aprendendo a sua primeira língua e
que há uma sequência de estágios de aquisição pelo qual o aluno precisa passar
para masterizar aquela determinada estrutura.
Referência:
LIGHTBOW, Patsy M.; SPADA,
Nina. How Languages are learned. Oxford
University Press, 1993
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