2015:
Understanding
Language Teatching: From Method to Postmethod
B. Kumaravadivelu. Understanding
Language Teaching: From Method To Postmethod. Mahwah,
NJ: Lawrence Erlbaum, 2006.
Capítulo
1: Língua: Conceitos e Preceitos
1-
Conceitos teóricos: a Língua como sistema
Segundo o autor, todos os
componentes básicos de uma Língua trabalham em consonância de maneira coerente
e sistemática, e seu estudo considera os sistemas e os subsistemas que a
compõe. A Língua, como sistema possui tanto suas próprias regras quanto regras
para combinação, o que lhe confere a sistematicidade como discutido por Chomsky
(apud Kumaravadivelu (2006) 1959,
1965, p.5).
Chomsky, segundo o autor, comprova a
sistematicidade da Língua afirmando que falantes nativos adultos são capazes de
formar um número infinito de sentenças a partir de um número finito de regras
gramaticais; ainda, em relação às crianças ele afirma que apesar de um estímulo
linguístico “pobre” e desprovido de regras formais, elas são capazes de
produzir sentenças imensamente ricas, em um curto período de tempo, sem nenhuma
instrução formal.
Segundo Kumaravadivelu (2006), Chomsky postula
o conceito de “inatismo” como sendo uma habilidade inata do comportamento
humano, demonstrado através da existência da Gramática Universal (GU). A GU
consiste em “um conjunto de conceitos abstratos, os quais governam a estrutura
gramatical de todas as línguas geneticamente codificadas no cérebro humano”
(Kumaravadivelu 2006, p.6). Dois desses conceitos abstratos são conhecidos como
“princípios e parâmetros”: os primeiros consistem em regras gerais que todas as
línguas naturais possuem e os últimos as especificidades da língua materna.
Tais conceitos fazem parte da teoria
chomskiana conhecida como “teoria da competência linguística” que distingue
competência (o conhecimento da língua), de performance (o uso da língua), a
partir de um falante/ouvinte ideal.
2-
Língua como discurso
O termo discurso refere-se a um ato
de fala ou escrita de uma língua, a qual tem uma relação de formas e
significados internos descritivos.
Segundo Kumaravadivelu (2006),
Halliday rejeitando a ideia de Chomsky, ressalta que a comunicação de linguagem
é resultado do processo de interação entre funções de idealização, interpessoal
e textual da linguagem. Por isso, prefere definir significado de potencial, não
em termos de mente mas de cultura.
Diferente de Halliday, Hymes vê a
linguagem como uma estrutura mental de conhecimento mais a habilidade
comunicativa de usar a linguagem em situações concretas. Linguagem é algo que
nós construímos, e locutor é quem diz algo. Por sua vez, Austin considera
também a força do interlocutor chamado de “atos da fala”.
Os atos de fala referidos por Austin são
constituídos por três componentes que ele denomina de locução – o ato de
atribuir um significado intencional -, e perlocução – a resposta esperada. Para
Austin o mais importante deles é o ilocucionário porque dele se espera a força necessária para
cumprir exigências ou convenções socialmente acordadas. Todos esses atos, em
última análise, são determinados pelo contexto.
3-
Língua como ideologia
Ideologia é um corpo sistemático de
ideias, organizado a partir de um certo ponto de vista. Thompson definiu
ideologia como um “sentido à serviço do poder”. Já Kroskrity sugeriu que é
melhor pensar na ideologia linguística como u conjunto de conceitos que
consiste de quatro dimensões convergentes:
1. Ideologias
linguísticas representam a percepção de linguagem e discurso que são
construídos nos interesses de um grupo social ou cultural específico.
2. Ideologias
linguísticas são concebidas como múltiplas por causa da multiplicidade das
divisões sociais dentro de grupos socioculturais que tem o potencial de
produzir perspectivas divergentes expressas como índices de adesão ao grupo.
3. Membros
podem demonstrar diferentes graus de consciência de ideologias linguísticas
locais.
4. Ad
ideologias linguísticas dos membros interferem entre as estruturas sociais e
modos de falar.
Essas
quatro dimensões, de acordo com Kroskrity, devem ser seriamente consideradas
para o entendimento da conecção entre linguagem e ideologia. Bourdieu trouxe a
noção de “discurso legítimo” e a definiu explicando que “a linguagem tem o
valor de quem fala, sendo assim, no nível de interação entre indivíduos, o
discurso deve a maioridade de seu valor ao valor da pessoa que o fala”.
3-
Preceitos pedagógicos
Estes conceitos teóricos
apresentados são chamados pelo autor de preceitos
pedagógicos, e são usados para responder perguntas como o que é linguagem,
o que significa saber e usar a linguagem.
4-
Componentes da competência
Em
1980, Canale e Swain apresentaram um estudo estabelecendo “uma clara afirmação
sobre o conteúdo e os limites da competência comunicativa”. Os componentes
identificados são: competência gramatical, competência sociolinguística,
competência de discurso, e competência estratégica.
Para
Canale e Swain, a competência gramatical inclui “o conhecimento de itens
lexicais e regras da morfologia, sintaxe, semântica, e fonologia”.A competência
sociolinguística é o conhecimento de que na medida em que a fala é produzida e
entendida apropriadamente em contextos sociolinguísticos diferentes dependendo
de fatores contextuais como o status dos participantes, motivo da interação, e
normas ou convenções da interação. Já a competência do discurso é onde todas as
outras competências são realizadas. É no discurso e pelo discurso que a
manifestação das outras competências podem ser melhor observadas, pesquisadas e
acessadas. Por outro lado, a competência estratégica consiste de estratégias
comunicativas verbais e não-verbais, que podem ser colocadas em ação para
compensar quebras na comunicação devido a problemas na performance ou
competência insuficiente.
Já
Bachman propôs um modelo de Capacidade Comunicativa da Linguagem, que divide a
competência linguística em duas categorias: competência organizacional e
competência pragmática. A competência organizacional é dividida em competência
gramatical e competência textual; e a competência pragmática é dividida em
competência ilocucionária e competência sociolingüística.
Em
outro modelo, Celce-Murcia, Dornyei, e Thurrell dividiram a competência
comunicativa em: linguística, sociolinguística, discurso, estratégica, e
competência de uso. Em contrapartida, Cook introduziu a teoria de
multicompetência, a qual ele definiu como “o estado composto da mente com duas
gramáticas”. Em suas pesquisas, Cook consolidou que “um individuo
multicompetente aborda a linguagem diferentemente em termos de consciência
metalinguística; e que a multicompetência afeta outras partes da cognição”, ou
seja, a multicompetência é um estado de mente diferente.
5-
Áreas do conhecimento/habilidade
Outros termos usados no campo da
linguística aplicada são o conhecimento
de linguagem e a capacidade de
linguagem. Segundo Widdowson, “conhecimento de linguagem é o que está na
memória do usuário da língua, e quando é usado de modo apropriado para alcançar
o seu objetivo comunicativo em um determinado contexto, se torna capacidade de
linguagem. Já Bachman e Palmer criaram uma lista de áreas do conhecimento de
linguagem, contendo: o conhecimento
organizacional (como expressões ou sentenças e textos são organizados), conhecimento gramatical (como
expressões ou sentenças individuais são organizados), conhecimento textual (como expressões ou sentenças são
organizados para formar textos),
conhecimento pragmático (como expressões ou sentenças e textos estão
relacionados com o propósito comunicativo do usuário da linguagem e das
características da colocação do uso da linguagem), conhecimento funcional (como expressões ou sentenças e textos
estão relacionados com o propósito comunicativo do usuário), e conhecimento
sociolinguístico (como expressões ou sentenças e textos estão relacionados
as características da colocação do uso da linguagem). Mais tarde, foi adicionado à essa lista a competência
estratégica.
Kumaravadivelu
prefere utilizar os termos conhecimento/capacidade
como um só, evitando o complicado termo competência,
para se referir ao nível de conhecimento geral que um usuário da língua
tem, ou a que um estudante de língua procura ter. No geral, o conhecimento/capacidade de linguagem contém
duas dimensões inter-relacionadas: conhecimento/capacidade
linguística e conhecimento/capacidade
pragmática.
6-Conclusão
O propósito deste capítulo foi o de
explorar os conceitos fundamentais da linguagem e os preceitos pedagógicos que
podem ter sido derivados deles. Foram discutidos conceitos de língua como
sistema, língua como discurso, e língua como ideologia; também foram apontados
certos preceitos pedagógicos acerca dos componentes da competência, assim como
áreas do conhecimento/capacidade.
Acadêmicas:
Adriana Aleixo e Carolina Filipak
Temática: Leitura e compreensão de textos
em inglês
Tema: Situations at work
Objetivos específicos:
·
Reconhecer
expressões e palavras em inglês relacionadas ao dia a dia no ambiente de
trabalho;
·
Discutir
questões sociais relacionadas ao mercado de trabalho
Metodologia: Apresentação interativa dos
conteúdos propostos, utilização de técnicas de inglês instrumental para leitura
e compreensão de textos.
Recursos: Giz, quadro, televisão, textos
impressos.
Aula
1:
Episódio dos Simpsons – assistir ao
episódio e realizar a primeira atividade
ATIVIDADE 1: Ouvir e identificar as
palavras que conhecem. Verificar quais palavras entenderam e ver o que
compreenderam do episódio.
ATIVIDADE 2: Discutir a postura dos
personagens na empresa; os alunos podem expressar suas opiniões em relação a
como se deve agir num ambiente profissional, sobre as mulheres que trabalham
fora para ajudar no orçamento doméstico, e outros temas que o episódio aborda.
ATIVIDADE 2 – TAREFA: Trazer uma lista
de palavras em língua inglesa que são utilizadas no dia a dia no trabalho.
Aula
2:
Assistir episódio dublado e discutir as
situações: assédio, mulher trabalhando, dificuldades financeiras.
ATIVIDADE 1: Entregar lista de palavras
em inglês para os alunos circularem as que se relacionam com o episódio.
Aula
3:
Trabalhar trechos do script:
“Now, Marge, just remember. If something goes wrong at the plant,
blame the
guy who can't speak English. Ah, Tibor,
how many times have
you saved
my butt?
-- Homer's rules for success in the workplace, ``Marge Gets a Job''
“Surly Joe's Foundation Repair pays a visit, and Surly Joe estimates
that the repairs will cost $8500. Homer is furious. ``Forget it!
You're not the <only> foundation guy in town!'' Homer consults the
Yellow Pages. ``Surly Joe's Fondation Repair: The <only> foundation
repair company in town.''
“Marge, it'll cost eighty-five hundred dollars!
We only have five hundred in the bank,
and that leaves... eighty-hundred we need.”
“Smithers is dutifully impressed by Marge's resume and hires her.
Smithers: This resume is very impressive. Let me be the first to say: ``Abibu gazini''.
Marge: What?
Smithers: ``Welcome aboard''. I guess my Swahili's not as good as yours.
-- What's Swahili for ``Good idea, boss''? ``Marge Gets a Job''
“ Marge: What do I do?
Smithers: Heh, heh, heh. Marge, please! According to your resume you <invented> this machine.
-- I can't believe I invented it! ``Marge Gets a Job''
“Burns gives Marge a raise and a new office: The one right next door,
the office which used to be Smithers'. Smithers is demoted to
cleaning the urinals with a toothbrush.”
“Burns lies on the floor like a schoolboy, watching Marge on every
monitor. ``You know that dream when you're in bed and they fly
through the window?'' Smithers knows exactly what he's talking
about, except that in Smithers' dream, it's Mr. Burns who flies in.”
“Burns: I want you to show this woman the time of her life.
Homer: Gotcha.
Marge, we're getting some drive-thru, then we're doing it twice!
-- ``Marge Gets a Job''
“Burns has something a little more special in mind: A special
performance by Tom Jones, who is shackled to the stage. He begs
Marge for assistance, but she and Homer merely enjoy the music.”
“Marge suggests she could get a job, and Homer considers his dream of
living in the woods, keeping a journal of his thoughts.”
ATIVIDADE 1: Realizar a leitura, identificação dos cognatos, inferir sentido e discutir em que ponto as frases aparecem no episódio.
Aula 4:
Jogo da velha e forca para assimilação do vocabulário.
PIBID
INGLÊS: ANÁLISE ÉTICA EM “THE SIMPSONS”
Autora:
Adriana Carolina Aleixo (PIBID/LETRAS INGLÊS-UNICENTRO)
Co-autora:
Carolina Filipaki (PIBID/LETRAS INGLÊS-UNICENTRO)
Professora
orientadora: Ruth Mara Buffa
e-mail:
ruthmarabuffa@yahoo.com.br
Universidade
Estadual do Centro-Oeste/Departamento de Letras/Irati, PR
GRANDE
ÁREA: (8.00.00.00-2) Linguística, Letras e Artes
SUB-ÁREA:
(8.02.02.00-4) Línguas Estrangeiras Modernas
Palavras-chave:
instrumental, trabalho, língua inglesa, transversalidade
Resumo
Este trabalho tem como
objetivo relatar a experiência de intervenção pibidiana nas aulas de Língua
Inglesa no Ensino Médio, no Colégio Duque de Caxias no município de Irati, nas
turmas do terceiro ano regular e quarto ano do ensino técnico em Administração. Tendo em vista que muitos dos
estudantes destas séries já estão vivenciando o mundo do trabalho, optou-se por
discutir a ética no ambiente de trabalho de maneira lúdica, com a utilização de
um episódio da série “The Simpsons”. As atividades exploraram a estrutura da
língua inglesa, a linguagem visual e técnicas de inglês instrumental para a
compreensão de trechos do roteiro. A elaboração das aulas pautou-se nas
determinações estabelecidas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais e
Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de Língua Estrangeira
Moderna no Paraná e nos estudos desenvolvidos por Kumaravadivelu (2006), a respeito dos pressupostos
teóricos para aquisição de Língua Estrangeira.
Introdução
Este
artigo é fruto de uma experiência no PIBID (Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência) de Língua Inglesa, na Universidade Estadual do
Centro-Oeste, campus de Irati, no
primeiro semestre de 2015. A intervenção foi realizada no Colégio Estadual
Duque de Caxias, em duas turmas do Ensino Médio, sendo o terceiro ano regular e
quarto ano do ensino técnico em Administração.
Entre
outros objetivos, o PIBID visa à inserção dos licenciandos no cotidiano de
escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de
criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas
docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de
problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem (CAPES, 2008)
Diante
deste objetivo e após análise dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) e
Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de Língua Estrangeira
Moderna no Paraná (DCEs), elaborou-se um projeto com duração de quatro aulas
com o tema “A ética (e a falta dela) em The Simpsons”, seriado norte americano
que é exibido em rede de televisão aberta no Brasil, popular entre os
adolescentes.
A
série retrata o dia a dia de uma família norte-americana de classe média
constituída pelos pais, Homer e Marge, e os filhos Bart, Lisa e Maggie. O
episódio selecionado para debater a questão da ética no mundo do trabalho foi “Marge gets a job” (4ª temporada,
episódio 7, 1992), em que a mãe precisa trabalhar fora para ajudar no conserto
da casa, uma vez que a família dispõe de poucos recursos para isso. Na
elaboração do currículo, Marge manipula as informações para fingir ter
conhecimentos que facilitariam sua entrada no mercado de trabalho. Marge
consegue um emprego, mas enfrenta diversas situações na empresa, a exemplo da
desmotivação dos colaboradores, assédio moral e sexual, bem como preconceito
devido ao fato de ser mulher.
A
discussão acerca da ética como assunto principal foi escolhida tendo em vista
que esta temática está contemplada nos temas transversais propostos pelas DCEs,
elegendo-se neste modelo de intervenção a vinculação do currículo da disciplina
às experiências e subjetividades dos alunos, conforme preveem as diretrizes. A intervenção
foi realizada em oito aulas, sendo quatro em cada uma das turmas.
Revisão
da Literatura
A elaboração do plano de ensino fundamentou-se nos
estudos desenvolvidos por Kumaravadivelu (2006), além das recomendações
contidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e Diretrizes Curriculares
para o Ensino Médio (DCEs). Considerando que os dois últimos documentos foram
abordados pela acadêmica Carolina Filipaki em relação a este plano de ensino,
passo a explicitar a informação contida em Kumaravadivelu.
Kumaravadivelu
(2006) analisa o estudo e o ensino de línguas a partir de três conceitos: a língua como sistema, língua como discurso, e língua como ideologia. A língua como
sistema lida com as características fonológicas, sintáticas e semânticas da
linguagem, bem como com a noção de competência
linguística, que é geralmente limitada ao conhecimento semântico-gramatical da
língua. A língua como discurso abrange a natureza da comunicação linguística,
com ênfase nas regras apropriadas para um determinado contexto comunicativo. Já
a língua como ideologia vai além das limitações semânticas e das
características do discurso, colocando-se como fonte de poder e dominação,
fazendo da linguagem um instrumento de transporte e tradução da ideologia.
Estes
conceitos teóricos apresentados são chamados pelo autor de preceitos pedagógicos e são usados para responder perguntas como o
que é linguagem, o que significa saber e usar a linguagem.
Canale
e Swain (apud
Kumaravadivelu, 2006) apresentaram um estudo estabelecendo “uma clara
afirmação sobre o conteúdo e os limites da competência comunicativa”. Os
componentes identificados por eles são: competência gramatical, competência
sociolinguística, competência de discurso e competência estratégica. Já Bachman
(apud
Kumaravadivelu, 2006) propôs um modelo de Capacidade Comunicativa da
Linguagem, que divide a competência linguística em duas categorias: competência
organizacional e competência pragmática. A competência organizacional é dividida
em competência gramatical e competência textual; e a competência pragmática é
dividida em competência ilocucionária e competência sociolinguística. Em outro
modelo, Celce-Murcia, Dornyei, e Thurrell (apud Kumaravadivelu, 2006)
dividiram a competência comunicativa em: linguística, sociolinguística,
discurso, estratégica e de uso. Em contrapartida, Cook introduziu a teoria de
multicompetência, a qual ele definiu como “o estado composto da mente com duas
gramáticas”. Em suas pesquisas, Cook (apud Kumaravadivelu, 2006)
consolidou que “um indivíduo multicompetente aborda a linguagem diferentemente
em termos de consciência metalinguística; e que a multicompetência afeta outras
partes da cognição”, ou seja, a multicompetência é um estado de mente
diversificado.
Resultados
e Discussão
Considerando
as recomendações acima expostas, o plano de ensino dividiu-se da seguinte
forma: na primeira aula, os estudantes assistiram ao episódio em língua
inglesa, sem legendas, com o objetivo de ativar a percepção do conhecimento
prévio da língua, bem como a exploração da linguagem visual. Neste momento, os
estudantes anotaram as expressões e palavras em língua inglesa que
reconheceram. Após a exibição os alunos compartilharam suas opiniões acerca do
episódio.
Na
segunda aula o episódio foi reexibido dublado em língua portuguesa para melhor
entendimento dos temas tratados e discussão acerca dos problemas enfrentados
pela personagem na empresa. Neste momento os estudantes compartilharam relatos
pessoais sobre a necessidade de todos os membros da família trabalharem para
conseguirem manter um padrão de vida, bem como sobre situações constrangedoras
vivenciadas no ambiente de trabalho. Na aula seguinte, realizou-se a análise de
trechos fundamentais do roteiro do episódio, com foco na estrutura e
compreensão da língua inglesa, com a utilização de técnicas de inglês
instrumental.
Na
quarta e última aula, para dinamizar o processo de aprendizagem realizou-se o
jogo TIC-TAC-TOE (jogo da velha), com perguntas relacionadas à estrutura da
língua, vocabulário e fatos do episódio discutido. Para isso os estudantes
foram divididos em dois grupos e para que pudessem marcar o símbolo no espaço
desejado no tabuleiro desenhado no quadro, precisavam responder corretamente as
questões.
Conclusões
Na realização desta intervenção foi possível perceber que
ao utilizarmos como base para o ensino da língua inglesa um episódio de um
seriado popular e humorístico foi possível aproximar os estudantes à língua
alvo, bem como despertar seu interesse por ela. Durante as discussões acerca
das situações vivenciadas pela personagem ficou evidente que o tema da ética no
ambiente de trabalho despertou o debate e facilitou o ensino da estrutura da
língua.
Devemos acrescentar que o episódio é rico também em outros
elementos que poderiam ser explorados, a exemplo de intertextualidades,
questões de gênero e diversas estruturas gramaticais da língua inglesa. Desta
forma, um projeto ainda mais amplo poderia ser elaborado.
Como futuras professoras da língua, verificamos que
cumprir aquilo que determinam os PCNs, Diretrizes Curriculares e estudos dos
procedimentos pós-método exige do professor a utilização de materiais extras,
que extrapolem o livro didático e explorem também outros recursos. Neste caso,
a opção por um tema transversal fundamentado na ludicidade e humor mostrou-se
eficiente, tornando possível agregar o conhecimento prévio dos alunos em
situações reais de vida, o conteúdo gramatical ao tema e atividades realizadas
ao longo das aulas, contribuindo também para a formação cidadã dos estudantes,
fomentando a reflexão acerca de suas próprias atitudes e consequências delas.
Agradecimentos
Agradecemos
primeiramente à professora coordenadora do
PIBID Letras/UNICENTRO – Irati, Ruth Mara Buffa, por nos orientar na elaboração
do projeto de intervenção, bem como na condução das aulas. Somos especialmente
gratas à direção do Colégio Estadual Duque de Caxias e à professora Cristiane
Molinari por nos permitirem atuar em suas
turmas, bem como aos estudantes que participaram ativamente das atividades, nos
permitindo ensinar e aprender ao longo das aulas ministradas.
Referências
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental: língua estrangeira. Secretaria de Educação Fundamental.
Brasília: MEC/SEF, 1998.
CAPES. Programa Institucional de Bolsa de Iniciação
à Docência. 2008. Disponível em
<http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid>. Acesso em
23/07/2014.
The Simpsons: 4ª temporada. “Marge gets a job” - episódio 7. 20th Century Fox, 1992.
<http://mais.uol.com.br/view/vtzludptk2f8/os-simpsons--4-temporada-episodio-7-completo-e-dublado-0402CC9B3062CCB94326?types=A&>
PARANÁ, Governo do. Diretrizes curriculares da Educação Básica:
Língua Estrangeira Moderna. 2008. Secretaria de Estado da Educação do
Paraná/Departamento de Educação Básica.
Kumaravadivelu,B. Understanding
Language Teaching: From Method To Postmethod. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum,
2006.
UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO CENTRO OESTE
PIBID – Inglês
Acadêmicas: Adriana Aleixo e Jaqueline
Correia
Temática: Debater e identificar membros
da família
Tema: Membros da família
Objetivo:
·
Reconhecer
expressões e palavras em inglês relacionadas a família
Metodologia: Apresentação interativa dos
conteúdos propostos, utilização de técnicas de inglês instrumental para leitura
e compreensão de textos e atividades.
Recursos: Giz, quadro, textos impressos,
cartolina, giz de cera, televisão.
Aula
1:
Metodologia: Iniciar a aula assistindo o vídeo “This
is my Family” e debatendo sobre a formação familiar tradicional e outras formas
de formação famíliar. Ouvir a opinião dos alunos e anotar algumas ideia no
quadro.
Atividade 1: Identificar os membros de uma família
tradicional em Inglês e traduzir a folha de atividade nº1.
Atividade 2: Para melhor fixação do conteúdo
entregar caça-palavras sobre os membros da família.
Atividade 3: Colorir fotocópia com a família
Simpsons.
Aula
2:
Metodologia: Explicar caso genitivo (‘s) a partir de
formação de frases através de material visual. Iremos mostrar uma imagem (ex.:
house) e relacionar com outra imagem (ex.: girl, dog) para formar frases, ex.:
“The girl’s house”.
Atividade 1: Entregar folha de atividades nº 3 para fixação do caso genitivo.
Aula
3:
Metodologia: Utilizar imagens da família Simpson
coladas no quadro e entregar palavras como “sister”, “mother” e “father” para
os alunos montarem a árvore genealógica da família de modo interativo.
Atividade 1: Realizar atividade em sala montando árvore
genealógica dos Simpsons no quadro negro, executando várias montagens a partir
de diferentes pontos de vista (persoagens).
Aula
4:
Metodologia: Levar cartolinas e revistas para
recorte para os alunos montarem a sua árvore genealógica.
Criar a árvore genealógica dos alunos como atividade
avaliativa.
Understanding Language
Teatching: From Method to Postmethod
B. Kumaravadivelu. Understanding
Language Teaching: From Method To Postmethod. Mahwah,
NJ: Lawrence Erlbaum, 2006.
Capítulo 2:
Aprendizagem: Fatores e Processos
Neste
capítulo, Kumaravadivelu discute cinco grandes formações que constituem a
cadeia de input-output: input, intake, fatores de intake, processos de intake e
output em relação ao desenvolvimento da L2 em adultos. Outro ponto apresentado
no capítulo é a versão revisada da estrutura
interativa de processos de intake.
2.1 – Input
Input
pode ser definido como o corpus oral ou escrito de uma língua-alvo, em que
estudantes de L2 sã expostos. Essa definição apresenta duas condições:
disponibilidade e acessibilidade.
Na
condição da disponibilidade, o input deve estar disponível para o estudante, ou
ele deve busca-lo. Há três tipos de input que podem ser identificados em
relação à disponibilidade: input por interlinguagem, input simplificado e input
não simplificado.
Já
na condição da acessibilidade, o input deve ser reconhecido pelo estudante como
input de linguagem. Alguns segmentos de input de linguagem disponível para os
estudantes podem se tornar acessíveis pelo processo que Gass (1997) chamou de
apercepção (o ato cognitivo interno no qual a forma linguística está
relacionada com um conhecimento prévio).
Schmidt
(1990, 1993) sugeriu alguns fatores que fazem com que o estudante perceba e
aceite um subconjunto da linguagem exposta a ele como input. Estes fatores são:
frequência de ocorrência, saliência perceptual, complexidade linguística, nível
de proficiência, e demanda de tarefas.
2.2 – Intake
Duas
linhas de pensamento podem ser usadas para definir o intake: uma trata o intake
como produto, e outra o trata como um processo. A visão como produto identifica
o intake como parte do input, antes do input ser processado pelo estudante. Já
a visão como processo, identifica o intake como o que vem depois do
processamento psicolinguístico.
Deste
modo, intake é visto como uma entidade abstrata da linguagem do estudante, que
foi completamente ou parcialmente processada, e completamente ou parcialmente
assimilada em seus sistemas de interlinguagem em desenvolvimento.
2.3 – Fatores de Intake
Fatores de Intake se referem aos fatores internos e
externos do estudante, que agem nos processos psicolinguísticos no estudo de
línguas. Kumaravadivelu (2006) isolou seis fatores – cada um contendo duas
variáveis – que 0facilitam o desenvolvimento de L2; são eles: fatores
individuais (idade e ansiedade), fatores de negociação (interação e
interpretação), fatores táticos (estratégias de estudo e de comunicação),
fatores afetivos (atitudes e motivação), fatores de conhecimento (conhecimentos
de linguagem e de metalinguagem), e fatores de ambiente (contexto social e
educacional).
Quanto ao fator individual da idade, Scovel (2001)
identificou três linhas de pensamento diferentes. A primeira linha afirma que
existe um período crítico, mas que é confinado apenas aos sotaques estrangeiros.
A segunda linha acredita que há um período crítico, não apenas os sotaques, mas
também para a gramática. Já a terceira linha afirma que não existe um período
crítico, nem mesmo para a fala.
Uma outra abordagem sugere um período sensitivo, no lugar
do período crítico, para o desenvolvimento da L2; de modo que o período
sensitivo representa uma “ineficiência progressiva do organismo”, diferindo do
período crítico, que apresenta uma definida “janela de oportunidade”.
O fator da ansiedade (no contexto da aprendizagem da
L2),segundo Gardner e seus colegas, tem um efeito negativo significante no
desenvolvimento da L2, podendo ocorrer em qualquer um dos três níveis de
desenvolvimento da linguagem: input – podendo causar déficit de atenção,
impactando na representação inicial de itens na memória-; intake – o
processamento cognitivo relacionado à emoção e à tarefa-; e output –
interferindo no armazenamento e recuperação de informações aprendidas
previamente.
Os fatores de negociação ocorrem em, pelo menos, três
dimensões: introspecção, interação e interpretação. A introspecção, devido ao
seu caráter intrapessoal, raramente está disponível para observação e análise
direta.
A interação tem um papel facilitativo na aprendizagem da
L2. Long (1981, 1996) propôs a hipótese
interacional na qual ele postula que a interação entre os participantes
promove a compreensão e produção, fazendo com que haja maior facilidade no
desenvolvimento da L2.
O fator da interpretação, associado com a oportunidade de
interação, é a capacidade de interpretar sentenças da língua alvo. Este fator
ajuda os estudantes diferenciar o que foi falado com o seu significado.
Widdowson (1983) notou que estudantes de L2, quando encontram exemplos da
língua alvo, precisam lidar com várias possibilidades, como por exemplo:
a)
Sentenças podem transmitir mais que o
seu significado literal;
b)
Sentenças podem não transmitir seu
significado literal;
c)
Sentenças podem transmitir seu
significado apenas se acompanhadas de certas especificações.
Os
fatores táticos se referem a um aspecto importante do desenvolvimento da L2: a
consciência do estudante e a habilidade de usar táticas ou técnicas para um
aprendizado efetivo da L2 e uso efetivo do seu repertório limitado desenvolvido
até o momento.
Entre
os fatores táticos estão as estratégias de aprendizado – que são as operações e
rotinas usadas pelo estudante para facilitar a obtenção, o armazenamento, a
recuperação e o uso da informação -, e de comunicação – estratégias de
compensação que os estudantes adquirem com o intuito de compensar o seu
conhecimento/habilidade linguístico e pragmático ainda em desenvolvimento.
Os
fatores afetivos estão relacionados com inúmeras variáveis que caracterizam a
disposição do estudante. As duas variáveis mais importantes são as atitudes e a
motivação. Uma atitude positiva é necessária para o aprendizado de uma língua,
porém, não é suficiente. A motivação é necessária em vários contextos e níveis
do desenvolvimento da L2; e, quando combinada com a atitude positiva, faz com
que o estudante tenha um desenvolvimento melhor da L2.
Os
fatores de conhecimento envolvem o conhecimento de linguagem e de
metalinguagem. Segundo Kumaravadivelu (2006), todos os alunos de L2 adultos
carregam não apenas o seu conhecimento/habilidade de L1 mas também as suas
percepções e expectativas quanto à língua e o seu aprendizado e uso. Neste
fator, o conhecimento de linguagem representa o conhecimento/habilidade na
língua nativa, na língua alvo que está sendo desenvolvida, e nas outras línguas
já conhecidas. Já o conhecimento de metalinguagem se refere à habilidade do
aluno de ver a língua não só como um modo de expressar ideias e de se
comunicar, mas também como um objeto de investigação.
Os
últimos fatores citados por Kumaravadivelu são os fatores de ambiente, que
estão relacionados com o meio em que o aprendizado e o ensino da língua
acontecem. Dois contextos que contribuem nos fatores de ambiente são os
contextos sociais e educacionais.
O
contexto social está relacionado com os ambientes de aprendizado de língua tais
como o lar, a vizinhança, a sala de aula e a sociedade. Este contexto molda as
várias questões relacionadas com o aprendizado e ensino, por exemplo:
a) A
motivação;
b) O
objetivo;
c) As
funções esperadas que a L2 tenha na comunidade;
d) A
disponibilidade de input;
e) A
variação do input;
f) As
regras de proficiência aceitáveis em uma determinada comunidade de fala.
2.4 – Processos de
Intake
Processos de Intake
são mecanismos cognitivos que mediam e interagem com os dados do input e
com os fatores de intake. Estes processos podem ser agrupados em três
categorias: inferênciação, estruturação e reestruturação.
A inferênciação envolve
realizar uma série de palpites inteligentes para obter hipóteses sobre vários
aspectos do sistema da língua alvo (Kumaravadivelu 2006, p45). Este processo é
de grande utilidade quando os estudantes são capazes de prestar atenção às
novas características presentes nos dados de input, com intuito de preencher a
lacuna entre o que já é conhecido e o que precisa ser aprendido.
A estruturação se
refere as processo que rege as representações mentais da língua alvo e a sua
evolução durante o desenvolvimento da interlinguagem. Quando o aluno começa a
entender como o sistema da L2 funciona, e a sua representação mental do sistema
se torna mais explicita e mais estruturada, ele começa a ver a relação entre
várias categorias e conceitos.
A reestruturação denota
a adição de uma estrutura totalmente nova que permite uma interpretação
totalmente nova. Este processo faz com que os estudantes abandonem a sua
intuição inicial e optem por uma nova hipótese. A reestruturação pode operar
nos níveis fonológico, morfológico, sintático, semântico e pragmático.
Em suma, os processos de intake constituem os mecanismos
mentais que governam o desenvolvimento da L2. Eles funcionam em sincronia de
modos indeterminados para facilitar ou reprimir a formação de representações
mentais do sistema da língua alvo.
2.5 – Output
Output é o
corpus de sentenças que os alunos são capazes de produzir oralmente ou pela
escrita. Tradicionalmente, o output é considerado como uma
evidência de o que já
foi aprendido; porém, pesquisas mostram que o output também está relacionado
com a tentativa de produzir a linguagem, o que move os alunos de processar a
linguagem no nível de significado de palavras avulsas para processar a
linguagem no nível de estruturas gramaticais.
2.6 – Um Estrutura
Interativa dos Processos de Intake
Após discutir vários aspectos do input, intake, fatores
de intake, processos de intake e output; Kumaravadivelu tenta colocar todos
esses aspectos juntos, de modo que seja compreensível como os estudantes podem
internalizar o conhecimento do sistema da L2.
Apesar da dificuldade de investigação e das ferramentas
limitadas disponíveis para os pesquisadores, existem vários modelos
exploratórios de cognição; e, a partir desses modelos, Kumaravadivelu
desenvolveu a Estrutura Interativa dos Processos de Intake, com referência ao
desenvolvimento da L2 em adultos. Esta estrutura procura mostrar a complexa
relação entre input, intake, fatores de intake, processos de intake e output.
A estrutura interativa é composta por input, fatores de
intake, uma unidade central de
processamento (CPU) e output. A CPU consiste dos processos cognitivos de
inferenciação, estruturação e reestruturação. A fase inicial do processamento
de intake é ativada quando os alunos começam a prestar atenção ao input
linguístico que eles julgam acessível ou compreensível. O input entra na CPU
diretamente ou através dos fatores de intake, esta entrada inicia o processa de
construção da linguagem.
Uma tarefa importante da CPU é reduzir a pressão nos
sistemas de memória codificando pedaços de informação em esquemas
organizacionais que façam sentido. Esta codificação é auxiliada pelo processo
de intake de inferenciação, que ajuda os estudantes obter hipóteses funcionais
sobre os aspectos sintáticos, semântico e pragmático da língua alvo.
O estabelecimento das representações mentais acontece
devido à estruturação, que é responsável pelo armazenamento das informações. A
transição do sistema funcional da memória para um esquema permanente da memória
é critico, pois o uso da linguagem exige que unidades linguísticas como
fonemas, morfemas, palavras, frases, modelos sintáticos e outras unidades do
discurso, sejam extraídos e armazenados em forma de esquemas na memória.
A reestruturação representa uma formação rápida de
conhecimento que pode resultar em um aprendizado acidental, a partir dos
complexos problemas da linguagem que dão lugar as decisões corretas acerca do sistema
da língua alvo. Este nível de processamento de intake faz parte do processamento de informação automático.
A estrutura
interativa de processamento de intake incorpora vários aspectos de
processamento paralelo distribuído em níveis micro e macro. Esta estrutura
interativa também sugere que o input linguístico não é processado linearmente,
e sim visto como interativo e paralelo, respondendo simultaneamente a todos os
fatores e processos disponíveis em um tempo determinado. Em outras palavras,
nenhum fator de intake é um pré-requisito
para que outro seja ativado, mas cada um é considerado um corequisito.
2.7 – Conclusão
Neste capítulo, foi explorado os conceitos de intake, fatores de intake e processos
de intake com o intuito de explicar os fatores e processos que facilitam o
desenvolvimento da L2 em adultos em contextos formais. Foi apresentando também
uma estrutura interativa sintetizando conhecimentos teóricos e empíricos. Em
adição ao input e output, a estrutura interativa dos processos de intake apresentada
consiste de um grupo de fatores e processos de intake. A natureza interativa
dos fatores e processos de intake sugerem que o input pode ser convertido em
intake se os fatores e processos de intake são positivamente favoráveis e que a
ausência consistente de um ou a combinação dessas construções podem resultar em
um aprendizado parcial ou até mesmo da não aprendizagem.
Kumaravadivelu finaliza o capítulo explicando que com a
natureza limitada de conhecimento que pode ser extraído das pesquisas em L2, o
professor tem a tarefa de utilizar esse conhecimento para poder ensinar,
levando em conta a dinâmica da sala de aula. Deste modo o professor pode
construir uma pedagogia que acelere o aprendizado da língua e alcance o
objetivo desejado.
2016:
“Materiais didáticos para ensino de língua
estrangeira: processos de criação e contextos de uso” (PEREIRA, A.L.; GOTTHEIM,
L. B.; 2013)
O
capítulo 1, intitulado “Codificar Conteúdos, Processo, e Reflexão Formadora no
Material Didático para Ensino e Aprendizagem de Línguas” escrito por José
Carlos Paes de Almeida Filho, contido no livro “Materiais Didáticos para o
Ensino de Língua Estrangeira: Processos de Criação e Contextos de Uso”,
organizado por Ariovaldo Lopes Pereira e Lilian Gottheim; discute três componentes
essenciais para a produção de materiais didáticos: os conteúdos, os
procedimentos para obter experiências na língua, e a explicitação de ações
reflexivas com o propósito de fortalecer o desenvolvimento de professores e
alunos. É tratada também, a metodologia de trabalho nas decisões e ações de
professores e alunos de língua, com o intuito de estimular a avaliação de
materiais e a prática de produção autoral dos materiais.
Para o autor, os materiais didáticos
(MD) devem ser materiais-fonte incompletos no aguardo de uma finalização de
professores e turmas em contextos reais. Neste capítulo, o autor argumenta que
todo material está primeiramente “marcado por um conceito, por uma filosofia de
ensino, por uma abordagem de ensinar que também contempla um conceito de
língua, [...] e uma expectativa de como devem proceder professores de língua”
(Almeida Filho, p.16).
Os materiais antecipam atividades
que vão compor o método, deste modo, o material deixa de ser apenas apoio para
se tornar uma base codificada no ensino de línguas. A metodologia está
relacionada à explicação do que se processa na experiência na nova língua, mas
a explicação metodológica quanto ao método de ensino não é o ponto mais
importante do processo de ensino; as explicações estão contidas na abordagem
geral do ensino e não somente na abordagem do método. Devem ser levados em
conta os objetivos reais dos alunos para a construção de um material codificado
composto de ideias, imagens e textos, com instruções de operação de acordo com
a perspectiva dos compositores de materiais.
Deste modo, o autor assevera que
ensinar uma língua é método, é experiência na língua com o intuito de
adquiri-la através da interação comunicativa; o método é a manifestação
concreta dos materiais composto por compositores didáticos; e a composição de
MDs é um reflexo do planejamento (Almeida Filho, p.18-19).
A abordagem do MD está nas escolhas
dos autores na composição dos materiais; para constituir essa abordagem os
agentes contribuem em alguns fatores, como na tradição de compor livros
didáticos (LD) com escolhas previsíveis de conteúdos. Outra abordagem é a
avaliativa, que pode potencializar a abordagem já utilizada – como a abordagem
gramatical, por exemplo – ou criar uma abordagem avaliativa inédita ou contrária
à abordagem clássica.
O modelo de abordagem e competência
da Operação Global de Ensino de Língua (OGEL) proposta por Almeida Filho, diz
que para explicar porque o LD é como é deve-se buscar informações no conjunto
de fatores expostos e não somente a partir da explicação dos autores. Outra
característica obtida pelo modelo OGEL, é a tensão que surge pelo confronto
entre uma tradição teórica informal baseada em experiências vividas com outras
posições teóricas formais que se baseiam em pesquisas e análises de observações
científicas.
Quanto à avaliação e produção de
materiais para o ensino de línguas deve-se sempre atender certos requisitos.
Alice Omaggio propôs certos requisitos para identificar um bom livro didático
de língua estrangeira (LE) no seu livro “Teaching in Context:
Proficiency-Oriented Instruction” de 1984. Alguns requisitos propostos pela
autora são: atividades contextualizadas que forneçam muita prática em usos
prováveis da L-alvo; tópicos, temas, leituras e atividades que respondam às
necessidades e interesses dos alunos; material cultural integrado em atividades
de prática da língua (fenômenos superficiais e de base); etc. (Omaggio, 1984 apud Almeida Filho, p.22-23). Com isso,
é preciso sempre indagar se a abordagem do MD é condizente com a abordagem
prevalecente na sala de aula.
O autor, em seguida, discute os
componentes essenciais da produção de MD: os conteúdos, os procedimentos e as
explicitações. Começando pelos conteúdos (matérias), segundo a Abordagem
Gramatical (AG), os conteúdos principais têm sido os pontos gramaticais que são
a base da construção do MD e das aulas;
estes pontos estão relacionado com o vocabulário, que precisam combinar com as
estruturas gramaticais através da contextualização por situações cotidianas. Já
na perspectiva comunicacional, o conteúdo é composto por temas e tópicos
relacionados com a área de estudo selecionada para servir de base para as
atividades e projetos que necessitam o uso da língua-alvo.
Atualmente, os MD se baseiam em uma
abordagem gramatical modernizada, ou, como o autor se refere, abordagem
gramatical comunicativizada; que contém audiolingualismo, interação controlada,
gramática e simulações comunicativas reais quanto à tópicos relevantes, fotos e
designs significativos.
Materiais didáticos são de grande
importância para os professores de língua e para os seus alunos; todo MD está
relacionado a uma certa abordagem que pode ser reconhecida como uma variante
comunicativa ou gramatical. Por fim, Almeida Filho relembra que produzir
materiais não é somente necessário, mas vital para o processo de ensino e
aprendizagem de língua.
O segundo capítulo do livro, chamado
“Materials Development for Language Learning: Principles of Cultural and
Critical Awareness”, escrito por Brian Tomlinson e Hitomi Masuhara; inicia-se
falando que a literatura de desenvolvimento de materiais da última década está
focada basicamente em princípios para um desenvolvimento efetivo de materiais.
Porém, o que falta são propostas especificas para princípios de consciência cultural
para os compositores de materiais considerarem quando avaliando, adaptando e
criando materiais.
Primeiramente, os autores adotam a
definição sociológica de cultura, com certo cuidado pois cada cultura é
complexa, sobreposta, interativa e variável. A consciência cultural é definida
pelos autores como percepções da nossa cultura e a do nosso povo (Tomlinson e
Masuhara 2004, p.31); eles também descrevem a consciência cultural como
interna, dinâmica, multidimensional, interativa e variável, e afirmam que ela
nutre a competência interna do falante.
Uma das mais recentes controvérsias
nos estudos culturais está relacionada aos efeitos da globalização no conteúdo
e na metodologia do ensino de língua inglesa. Em seguida os autores discutem a
estereotipação das culturas-alvo assim como as outras culturas; sob a luz de
que os professores e desenvolvedores de matérias devem avaliar criticamente se
os materiais contêm técnicas e ferramentas que ajudem o desenvolvimento do
aluno a partir do uso de materiais culturalmente sensíveis.
Tomlinson (2001) argumenta que a
consciência cultural envolve “desenvolver gradualmente um senso interno da
igualdade das culturas, um entendimento da sua própria cultura e a cultura de
outros povos, e um interesse positivo em como as culturas se conectam e se
diferem [...]”. Os autores sugerem uma estrutura para desenvolver materiais
voltados para a consciência crítica e cultural através de um sumário contendo
princípios para a consciência cultural.
Quanto aos princípios da consciência
cultural, os autores afirmam que os materiais para aprendizado de língua
apresentam, inevitavelmente, aos alunos representações do mundo através de
textos, atividades e ilustrações. Em alguns países, certas políticas
governamentais censuram os desenvolvedores de materiais para que os
conteúdos mostrem semente as visões de
mundo que o governo aprova. Por isso, alguns publicadores de livros didáticos
globais evitam ofender certos leitores dos seus livros, usando um lista de
tópicos considerados como tabus para que eles não estejam presentes nos
materiais.
A posição dos autores quanto este assunto, é
que os compositores de MD devem ser encorajados à utilizar tópicos e textos
controversos que são aceitáveis na cultura dos alunos para que isso aumente o
potencial de participação, e empoderar os alunos no mundo real em que eles
vivem e para os ensinar a pensar criticamente. Na opinião dos autores, LDs
devem sempre se comunicar com o modo de ensinar e aprender, mirando na
língua-alvo e na(s) cultura(s) que eles representam, assim como na visão de
mundo dos compositores de MD.
É de grande importância que os
materiais sejam criados para que os alunos sejam encorajados à ser críticos e
que as suas visões sejam avaliadas. Isso significa que quando o professor
aceita que não há opiniões erradas e que certas atividades de interpretação não
podem ser usadas como atividades avaliativas, o professor perde, porém, o aluno
ganha em pensamento crítico.
Os
autores ainda dizem que se os Ministros da Educação querem ajudar os alunos a
serem pensadores críticos na L2, eles precisam ter certeza de que os materiais
sigam certos critérios para atingir essa meta. Os MD devem encorajar o
pensamento crítico não somente em alunos de níveis intermediário-avançados e
avançados, mas também para níveis mais baixos, para que os alunos de níveis
menores na L2 não sejam considerados como alunos de nível intelectual inferior
somente por serem incapazes de comunicar seus pensamentos na língua
estrangeira. Contando que o input seja na L2, os alunos ainda podem adquirir
conhecimento na língua e obtenham um desenvolvimento educacional respondendo
através de gestos, mímica, desenhos e inicialmente pelo uso da sua L1.
Certos
MD e professores também podem contribuir com o desenvolvimento da consciência
cultural por meio de atividades avaliativas que convidam o aluno a ser um
crítico construtivista das abordagens pedagógicas e dos materiais que são
usados para auxiliar o aprendizado da L2. Segundo os autores, os materiais para
aprendizado de língua devem conter certos requisitos, como: refletir o mundo
real em que os alunos vivem; expor os alunos à diferentes visões e valores;
ajudar os alunos a desenvolver uma confiança crítica; etc.
Por
fim, Tomlinson e Masuhara afirmam que é extremamente importante que os
materiais para aprendizagem ajudem os alunos de L2 desenvolverem consciência
crítica e cultural, de modo que isto contribua positivamente para a aquisição e
desenvolvimento da língua-alvo.
Acadêmicos:
Adriana Aleixo e Tobias Miguel Batista de Freitas
Temática:
Aprimorar a escrita de palavras e expressões em inglês relacionadas com
esportes
Tema:
Escrita em Língua Inglesa
Objetivo:
·
Reconhecer expressões e palavras em
inglês relacionadas a esportes, com o objetivo de aprimorar a escrita e a
leitura.
Metodologia:
Apresentação interativa dos conteúdos propostos, utilização de técnicas de
inglês instrumental para leitura e compreensão de textos e atividade,
utilizando as Olimpíadas como tema transversal.
Recursos:
Giz, quadro, textos impressos, materiais esportivos, slides.
Aula 1:
Metodologia:
Iniciar a aula expondo a história dos esportes, como são praticados e suas
características. Ouvir a opinião dos alunos sobre o conhecimento que eles
possuem sobre os esportes, trabalhando a interdisciplinaridade com educação
física.
Atividade
1: Identificar os nomes dos esportes em Inglês utilizando uma lista de apoio
com o vocabulário utilizado para a aula.
Atividade
2: Trabalhar cruzadinha e atividade de relação imagem e nome do esporte.
Aula 2:
Metodologia:
Trabalhar o inglês instrumental com os alunos através de texto sobre esportes.
Atividade
1: Identificar o conhecimento dos alunos a partir do vocabulário do texto
entregue.
Atividade
2: Levar os alunos para a quadra para praticarem o esporte por eles escolhido, e
o qual fora trabalhado sua historia em sala.
Aula 3:
Metodologia:
Apresentar slides sobre as Olimpíadas e os esportes praticados no evento,
enfatizando os países falantes de língua inglesa, de maneira interativa com os
alunos.
Atividade
1: Colorir os mascotes e as bandeiras dos
países falantes de língua inglesa que estarão presentes nos jogos.
Atividade
2: Desenvolver atividade de caça palavras
Aula 4:
Metodologia:
Praticar gincanas com os alunos sobre os temas e vocabulário que foram
trabalhados nas aulas anteriores.
Atividade
1: Dividir a sala em duas equipes e desenvolver jogos no quadro para aprimorar
a escrita.
Atividade
2: Levar os alunos para a quadra e praticar jogos com materiais esportivos
trabalhando a interdisciplinaridade.
Caso
Genitivo (‘s)
O
Caso Genitivo, ou Possessivo, é feito por meio do uso de um apóstrofo (')
seguido ou não de s. É usado para mostrar que algo pertence
ou está associado a alguém ou a alguma coisa. O 's vem
após o nome do possuidor, que precederá sempre a coisa pertencente. Substantivos
comuns que terminam em -s, nomes próprios ou sobrenomes
acrescenta-se apenas ’. Não
podem levar 's os seres inanimados, no entanto, há algumas exceções para a aplicação em seres
inanimados, é o caso de tempo,
medidas, lugares com nomes de pessoas, países, Terra,
etc. Substantivos comuns que
terminam em -s ou cujo plural seja com -s: acrescenta-se apenas '. Substantivos cujo plural não termina em -s: acrescenta-se 's. Nomes
próprios ou sobrenomes terminados em-s: acrescenta-se 's ou apenas '. Com nomes próprios reconhecidamente históricos, clássicos ou bíblicos terminados em –s é mais
comum a estrutura substantivo + of + substantivo, mas também
pode ser usado o apóstrofo ('). Quando há mais de um núcleo possuidor de algo em comum acrescenta-se
's apenas ao último dos núcleos, e quando há mais de um núcleo
possuidor de coisas
diferentes todos os núcleos
recebem 's.
Leia e complete:
Alice is talking to Mike about her family.
Alice: Look. This is my family.
Mike: Really?
Alice: Yes. This is my father James.
Mike: That’s great.
Alice: And these are my brothers Kevin and Johnny.
Mike: Is this your sister?
Alice: No, this is my mother Sarah.
Mike: She is very pretty.
Alice: Yes, I like my family very much.
The name of Alice’s father is ______________ and Sarah
is her____________. Alice has ____________ brothers: Kevin and
________________. Alice likes her ________________ very much.
Reescreva as frases
abaixo usando o Caso Genitivo corretamente:
1. The cellphone of the boy is not working.
R: ___________________________________.
2. The eye of the tiger is yellow.
R: ___________________________.
3. The secretaries of the doctors are very attentive.
R: _________________________________________.
1. The cellphone of the boy is not working.
R: ___________________________________.
2. The eye of the tiger is yellow.
R: ___________________________.
3. The secretaries of the doctors are very attentive.
R: _________________________________________.
4. The offices of the doctors
are big.
R:
______________________________________
5. The books of the
students are old.
R:
______________________________________
6. The toys of the babies
are red and white.
R: ______________________________________
Complete
com ‘ ou ‘s.
1. Don __________ car is in the garage.
2. Mr. Simpson __________ secretary is outside.
3. They sell ladies __________ hats in this store.
4. The doctor __________ wife is very gentle.
5. The women __________ husbands are late.
6. My friends __________ sisters are beautiful.
7. We love Grandma __________ cakes.
8. The engineers __________ glasses are broken.
9. I don’t like boys __________ shoes.
10.
Bring the child __________ toy.
Escolha a opção que melhor preenche os espaços em
branco, com o uso correto do Caso Genitivo:
1. He said...red dress is in the closet.
A. The Mary's
B. Mary's
2. The book is about...life.
A. Jesus'
B. The Jesus'
1. He said...red dress is in the closet.
A. The Mary's
B. Mary's
2. The book is about...life.
A. Jesus'
B. The Jesus'
3. We were going in my...red car.
A. Friends'
B. Friends's
4. She had nothing to do with...comments.
A. Tinna's
B. Tinna'
A. Friends'
B. Friends's
4. She had nothing to do with...comments.
A. Tinna's
B. Tinna'
OLIMPÍADAS RIO 2016: uma intervenção do Pibid inglÊs
Adriana Carolina Aleixo[1]
Tobias Miguel Batista de Freitas[2]
PALAVRAS-CHAVE: olimpíadas; esportes; transversalidade; língua inglesa.
INTRODUÇÃO
Este trabalho
relata a experiência de intervenção do PIBID nas aulas de Língua Inglesa no
Ensino Fundamental, na Escola Estadual Pio XII, no município de Irati, nas
turmas de sétimo ano. Optou-se por trabalhar o evento das Olimpíadas como tema
transversal em sala de aula, devido ao fato de que esta ocorreu pela primeira
vez no Brasil, em 2016, na cidade do Rio de Janeiro. As aulas desenvolveram-se
de maneira expositiva e interativa com os alunos, através da utilização de
técnicas de inglês instrumental, apresentação dos esportes e a prática de
alguns destes. O objetivo das aulas foi desenvolver o conhecimento dos alunos
acerca do vocabulário relacionado aos esportes e aprimorar a leitura de textos
em Língua Inglesa.
Em relação ao
ensino de inglês, as DCE's nos apresentam que, “cabe ressaltar seu papel na
sociedade atual. Essa língua, que se tornou uma espécie de língua franca,
invade todos os meios de comunicação, o comércio, a ciência, a tecnologia no
mundo” (PARANÁ, 2008, p.49). Analisando o fato do inglês ser utilizado como
língua franca nas Olimpíadas e notado a falta de conhecimento por parte dos
alunos sobre o tema esportes, relacionamos o evento e a dificuldade dos
discentes para realizarmos aulas lúdicas e participativas, nas quais contaram
com o auxílio de materiais esportivos para a sua realização.
A elaboração das
aulas pautou-se em bases dos PCN´s que citam “os temas
transversais, que têm um foco claro em questões de interesse social, podem ser
facilmente trazidos para a sala de aula via língua estrangeira” (BRASIL, 1998, p.43). E nos
estudos realizados por Kumaravadivelu (2006), a respeito dos pressupostos teóricos para aquisição de
Língua Estrangeira, visamos desenvolver fatores como o afetivo, que são
relacionados as atitudes e motivações do aluno, e o de ambiente, que
estão relacionados com o meio em que o aprendizado e o ensino da língua
acontecem; concretizando assim a proposta do PIBID Inglês de unir teoria à
prática.
ASPECTOS
METODOLÓGICOS
Iniciamos a
primeira aula expondo a história dos esportes, como são praticados e suas
características, ouvindo a opinião dos alunos sobre o conhecimento que eles
possuem sobre os esportes, trabalhando a interdisciplinaridade com Educação
Física. Nesta aula foram utilizadas as seguintes atividades:
·
Atividade
1: Entregar aos alunos uma lista com os nomes dos esportes em Inglês, para que
eles demonstrassem o conhecimento que possuíam sobre o tema.
·
Atividade
2: Trabalhar cruzadinha e atividade de relação imagem e nome do esporte.
Na segunda aula foi
trabalhado o inglês instrumental com os alunos através de texto sobre a
história do futebol, pois fora esse o esporte escolhido por eles na aula
anterior. A partir do uso deste texto foram realizadas as atividades:
·
Atividade
1: Fazer com que os alunos demonstrassem o seu conhecimento acerca do
vocabulário presente no texto entregue.
·
Atividade
2: Levar os alunos para a quadra para praticarem o esporte por eles escolhido,
e o qual fora trabalhado sua historia em sala.
Na aula seguinte
foi apresentado slides sobre as Olimpíadas e os esportes praticados nela,
enfatizando os países falantes de língua inglesa; a aula ocorreu de maneira
interativa com os alunos. Logo em seguida, foram desenvolvidas tais atividades:
·
Atividade
1: Colorir os mascotes e as bandeiras dos
países falantes de língua inglesa que estarão presentes nos jogos.
·
Atividade
2: Desenvolver atividade de caça palavras para aprimorar o vocabulário
apresentado nas aulas.
Na última aula por
nós ministrada, praticamos gincanas com os alunos sobre os temas e vocabulário
que foram trabalhados nas aulas anteriores, para concretizarmos o
ensino-aprendizagem dos temas desenvolvidos de forma lúdica. As atividades em
forma de gincana foram:
·
Atividade
1: Dividir a sala em duas equipes e desenvolver jogos no quadro para aprimorar
a escrita em Língua Inglesa.
·
Atividade
2: Levar os alunos para a quadra de esportes e praticar jogos com materiais
esportivos trabalhando a interdisciplinaridade.
RESULTADOS, ANÁLISE E DISCUSSÃO
Ao
trabalhar o tema proposto, que foi as Olimpíadas Rio 2016, a expectativa era de
que os alunos adquirissem e aprimorassem o conhecimento acerca do assunto, e
que houvesse aceitação e participação efetiva deles no decorrer de toda a nossa
intervenção como pibidianos.
Os
resultados foram superados, felizmente, pois a interação dos alunos permitiu
grande aproveitamento e produtividade nas aulas de Língua Inglesa. Pudemos
constatar que o interesse dos discentes pelos esportes e pelo evento cresceu e
eles demonstraram que entenderam a importância da Língua Inglesa no mundo
globalizado em que vivemos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A intervenção do PIBID Inglês nas aulas ministradas
propiciou uma experiência produtiva e interessante, tanto para nós enquanto
professores de língua inglesa, quanto para os discentes dos sétimos anos, pois
foi possível notar o desenvolvimento linguístico e o conhecimento adquirido
acerca dos assuntos trabalhados. As aulas foram pensadas com o intuito de
desenvolver atividades lúdicas, sempre tendo em mente o bem estar dos alunos
para que eles pudessem absorver com mais facilidade, porém de forma concreta,
os conteúdos expostos.
Nas aulas
percebeu-se que devido a fácil utilização de internet nos dias de hoje, houve
alguns alunos que tinham um pequeno conhecimento sobre algum dos esportes
apresentados, todavia esse conhecimento foi expandido e nas aulas onde houve as
práticas, notou-se que os alunos apresentaram mais interesse pela aula e que,
mesmo estando em ambientes diferentes da sala de aula tradicional, pode-se
ensinar e aprender o inglês de forma didática, organizada e produtiva.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de
Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto
ciclo do ensino fundamental: língua estrangeira/ Secretaria de Educação
Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998. 120p.
GOVERNO
DO PARANÁ.
Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Estrangeira Moderna. 2008.
KUMARAVADIVELU, B. Understanding Language Teaching: From Method To Postmethod. Mahwah,
NJ: Lawrence Erlbaum, 2006.
Diretrizes
Curriculares de Língua Estrangeira Moderna
O cenário do ensino de Língua
Estrangeira no país e a estrutura do currículo sofreram inúmeras mudanças
devido à organização social, política e econômica ao logo dos anos. As
propostas curriculares e os métodos de ensino devem atender as expectativas e
demandas sociais, e propiciar o aprendizado do conhecimento históricamente
produzido.
Quanto às praticas e objetivos do
ensino de Língua Estrangeira, foi identificado que a Abordagem Comunicativa é a
mais apropriada para utilizar na sala de aula, pois favorece o uso da língua
pelos alunos. Esta abordagem vê a língua como um sistema para a expressão do
significado, e utiliza a gramática no contexto da situação de fala; porém, esta
abordagem não leva em conta os diferentes sujeitos que utilizam a língua em
relações sociais e de poder.
As Diretrizes Curriculares está
ancorada nos pressupostos da pedagogia crítica, que tem o compromisso de prover
aos alunos os meios necessários para que assimilem o saber como resultado,
aprender o processo da produção do saber e as tendências de sua transformação
(DCE’s, pág. 52).
Nas Diretrizes, propõe-se que as
aulas de Língua Estrangeira Moderna sejam um espaço em que o aluno reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural, fazendo com que ele se
desenvolva discursivamente. A teoria adotada pelas DCE’s está baseada na
corrente sociológica e no Círculo de Bakhtin, que tem a língua como discurso,
buscando então, resgatar a função social e educacional desta disciplina.
No ensino de Língua Estrangeira
Moderna, a língua está relacionada com a cultura, o sujeito e a identidade,
tornando fundamental o entendimento dos professores de que ensinar e aprender
línguas aumenta a percepção de mundo, forma subjetividade, e permite o
reconhecimento do uso da língua em diferentes contextos.
As DCE’s propõem que o ensino de
Língua Estrangeira Moderna supere os fins utilitaristas,pragmáticos ou
instrumentais que marcam o ensino desta disciplina; esperando, então, que o
aluno:
·
Use a língua em situações de comunicação
oral e escrita;
·
Vivencie formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações etre ações individuais e coletivas;
·
Compreenda que os significados são
sociais e históricamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na
prática social;
·
Tenha maior consciência sobre o papel
das línguas na sociedade;
·
Reconheça e compreenda a diversidade
linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento
cultural do país. (DCE’s, pág. 56).
Deste modo, o ensino de Língua
Estrangeira Moderna (LEM) deve considerar as relações entre a língua estudada e
a inclusão social, com o intuito de desenvolver a “consciência do papel das línguas
na sociedade e o reconhecimento da diversidade cultural” (DCE’s, pág. 56).
O ensino de LEM deve contemplar os
discursos sociais contidos em textos diversos efetivados nas práticas
discursivas e ideológicas.
Neste documento, o ensino de LEM
deve enfatizar a necessidade de os sujeitos interagirem através do discurso,
tendo a capacidade de se comunicar de diferentes formas levando em conta a
inúmera quantidade de informações que circulam na sociedade.
Deste modo, os sujeitos envolvidos
no processo de ensino/aprendizado aprendem não só novos significados e como
reproduzi-los, mas também aprendem como construir sentidos e alargar suas
possibilidades de entendimento do mundo.
Os conteúdos estruturantes
contidos nas DCE’s, são conhecimentos que identificam e organizam os campos de
estudos escolares de LEM; são constituídos através da história, são legitimados
socialmente e são, também, provisórios e processuais. Os conteúdos
estruturantes definem o discurso como prática social, de modo que a língua é
tratada de forma dinâmica, por meio da leitura, da oralidade e da escrita,
efetivando assim o discurso.
Para isto, o professor deve levar
em conta que a língua permite ser trabalhada em sala de aula com variados
textos de diferentes gêneros, propondo, então, a construção de significados por
meio do discurso. As Diretrizes recomendam ao professor que os alunos
participem da escolha da temática dos textos, de modo que haja a participação e
que permita o estabelecimento de relações entre ações individuais e em grupo.
Nestas Diretrizes propõe-se que
nas aulas de LEM, o professor deve abordar os vários gêneros textuais em
atividades diversificadas, analisando a sua função, composição, distribuição de
informações, grau de informação presente, intertextualidade, recursos coesivos,
coerência e gramática (DCE’s, pág. 63).
É esperado que o professor crie
estratégias que façam com que os alunos percebam a heterogeneidade da língua e
que, deste modo, ao interagir com a Língua interagem com outros sujeitos, e
para entender determinado enunciado devem ter em mente o seu contexto. É
esperado, também, que o professor crie condições para que o aluno seja um
leitor crítico, que reajam aos textos aos quais são apresentados e entendam o
contexto em que estão inseridos.
A avaliação em LEM favorece o processo de
ensino/aprendizagem, norteando o trabalho do professor e propiciado ao aluno
uma dimensão de onde ele se encontra no processo pedagógico. A avaliação pode
ser feita através da observação da participação dos alunos e pela interação
verbal, a partir da escolha do texto.
GOVERNO DO PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do
Paraná, Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica – Língua Estrangeira Moderna. 2008.
UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO CENTRO OESTE
PIBID – Inglês
Acadêmicos: Adriana Aleixo e Marcel
Augusto Gonçalves
Temática: Papel das ONG’s na formação da
cidadania
Tema: Protegendo as florestas
Objetivo:
·
Estimular
a criatividade, a reflexão, a criticidade, a cidadania responsável, e discutir a
abordagens de manutenção sustentável do meio ambiente.
Metodologia: Apresentação interativa dos
conteúdos propostos através da confecção de materiais expositivos relacionado
ao tema supracitado, criação e pratica de uma ONG escolar.
Recursos: Giz, quadro, data show,
cartolina, tinta, mudas de árvore, pá.
Aula
1:
Metodologia: Iniciar a
aula expondo problemas ambientais e possíveis soluções para eles. Apresentar o
vídeo clipe Ready To Fall - Rise Against e
discutir com os alunos sobre os temas
presentes no vídeo. Apresentar o que é uma Organização Não Governamental (ONG),
enfatizando a ONG GreenPeace.
Atividade 1:
Identificar e anotar palavras chaves acerca do tema
Atividade 2: Discutir
as ações e propostas do GreenPeace quanto a preservação das florestas.
Aula
2:
Metodologia: Apresentar
as características de uma ONG, como uma entidade que propõe ações sociais,
mudanças de atitudes pessoais e globais.
Atividade 1: Criar uma
ONG escolar que aborde assuntos relacionados ao desmatamento e proteção das
florestas.
Atividade 2: Dividir a sala em grupos, cada grupo deverá
organizar ideias para a criação de cartazes que serão expostos na escola.
Aula
3:
Metodologia:
Confeccionar cartazes de conscientização sobre questões ambientais, utilizando
materiais entregues aos alunos.
Atividade 1: Cada grupo
previamente criado deverá confeccionar um cartaz abordando tópicos prejudiciais
as florestas e ao meio ambiente.
Aula
4:
Metodologia: Colocar em
prática a ONG criada pelos alunos, realizando atividades ao ar livre.
Atividade 1: Distribuir
mudas de árvores para os alunos.
Atividade 2: Levar os
alunos para plantar as mudas na escola.
2017:
O
Contraste entre as Teorias Propostas pela Base Nacional Comum Curricular e a
Metodologia Pós-Método
A área de linguagens, descrita na
“Base Nacional Comum Curricular” (BNCC) enfatiza que, é tarefa da Educação
Básica desenvolver a escrita para que os alunos tenham capacidade de ler e
produzir textos dentro das mais variadas esferas de comunicação; deve-se,
também, propiciar ao aluno a oportunidade de estar imerso em manifestações
artísticas, literárias e corporais com relação ao ensino de língua.
O ensino na área de linguagens deve
estar relacionado às áreas da Arte e da Educação Física, assim como aos
conhecimentos cotidianos, para que ajude no desenvolvimento do aluno. Na
Educação Básica, a BNCC propõe que o ensino na área das linguagens possibilite
que o aluno interaja com praticas de linguagem; reconheça as condições de
produção; reflita sobre os usos da linguagem e os seus efeitos de sentido;
compreenda a diversidade linguística; interaja através da linguagem e reconheça
a dimensão estética e poética da linguagem.
Nos primeiros anos do Ensino
Fundamental devem ser levadas em conta as culturas infantis, as tradições orais
e as situações lúdicas de aprendizagem. Nestes anos o desenvolvimento das
linguagens faz com que a criança possa utilizar situações e contextos do seu
dia-a-dia para concretizar o aprendizado da linguagem. Levando em conta que
nesses anos iniciais do Ensino Fundamental a criança já pratica a escrita, a
oralidade e outras formas e características do texto, o professor deve
desenvolver esta pratica em situações e espaços inovadores aos alunos.
Já nos anos finais do Ensino
Fundamental os alunos encaram transições pessoais e escolares, e a área das
linguagens deve acompanhar essa transição , trazendo para a sala de aula as
culturas juvenis e o contato com a literatura e as artes, assim como a reflexão
crítica sobre a escrita, de modo que o aluno desenvolva uma maior fluência e
compreensão da linguagem através da imersão.
Durante p Ensino Fundamental a área
de linguagens almeja que o aluno domine a fala, a leitura e a escrita; reflita
sobre as linguagens artísticas; reconheça e valorize manifestações culturais,
línguas e culturas estrangeiras, e características individuais e sociais.
No Ensino Médio, etapa conclusiva de
escolarização da Educação Básica, a área de linguagens deve proporcionar
conhecimentos e saberes que transformem o aluno em um ser critico, preparado
para o trabalho e para dar continuidade aos estudos, e integrado com a cultura
e com as tecnologias do mundo contemporâneo. Nesta etapa, a área de linguagens
deve relacionar o conhecimento e a realidade dos alunos com o ensino, adensando
as reflexões linguísticas e a teorização, de modo que a teorização Lee os
alunos a uma maior compreensão dos modos de expressão.
Os objetivos gerais da área de
linguagens no Ensino Médio são que o aluno tenha a capacidade de interagir em
debates como um ser critico e social; explorar e refletir sobre as diversidades
da linguagem; utilizar a linguagem literária e critica de modos inovadores em
diversas esferas sociais; refletir sobre a diversidade humana; produzir
conhecimento e explorar a linguagem no mundo digital.
Quanto ao componente curricular da
Língua Estrangeira Moderna, a BNCC diz que se deve garantir ao aluno o direito
de conhecimento através do uso da pratica linguística, oferecendo condições e
conhecimentos que relacionem os textos na língua em estudo com situações cotidianas
dos alunos, e que os façam interagir com outras culturas e nacionalidades.
Para que este componente curricular
seja efetivo, ele deve combater a visão tecnicista da língua e priorizar uma
abordagem discursiva. Este componente deve motivar o respeito a diferentes
culturas, utilizando textos para colocar o aluno de frente com as diversidades,
ampliando os seus conhecimentos e possibilitando a inserção social.
Durante o Ensino Fundamental
procura-se romper estereótipos e
possibilitar a diversidade através da criatividade e do pensamento lúdico,
assim como o conhecimento de diferentes línguas. Já no Ensino Médio deve-se
compreender a constituição do sujeito através da linguagem e das praticas
sociais.
Por fim, os objetivos de
aprendizagem na área das linguagens procuram promover a interação com textos na
língua estrangeira (através da produção oral, escrita e da leitura); a
compreensão de textos orais e escritos, e dos gêneros textuais; utilizar
recursos linguísticos discursivos; valorizar o plurilinguismo e as variações
linguísticas; e refletir quanto a própria aprendizagem.
A
Metodologia Pós-Método, desenvolvida por B. Kumaravadivelu, no livro
“Understanging Language Teaching” (2006), inicia-se com a diferenciação entre
método e metodologia, sendo o método o conhecimento das teorias da linguagem em
si, do aprendizado da linguagem e do ensino da linguagem; enquanto a
metodologia é o que o professor faz em sala de aula para maximizar o
aprendizado.
Levando
em conta que os métodos de ensino nada mais são do que o conhecimento teórico,
surgiu a necessidade de algo mais prático, por isso Kumaravadivelu desenvolveu
a Condição do Pós-Método, que reestrutura a relação entre teoria e prática.
A
pedagogia do pós-método pode ser vista como um sistema tridimensional, que
abrange os seguintes parâmetros pedagógicos: a particularidade, a praticidade e
a possibilidade.
O
parâmetro da particularidade diz que a pedagogia do pós-método deve ser válida
para um determinado grupo de professores, que estão lecionando para um
determinado grupo de alunos, que possuem um determinado objetivo dentro de um
determinado contexto educacional e sociocultural, ou seja, o parâmetro da
particularidade dá ênfase as exigências locais e experiências de vida, e
rejeita métodos com objetivos fixos que podem ser aplicados em qualquer
situação.
O
parâmetro da praticidade abrange a relação entre a teoria e a pratica, e a
capacidade de monitoramento do professor quanto a efetividade do seu ensino.
Este parâmetro esta focado na ação, reflexão, intuição e senso de viabilidade
do professor em unir teoria e prática de modo efetivo através das suas
experiências em sala.
Já
o parâmetro da possibilidade está relacionado com a identidade individual do
professor e do aluno, levando em conta os contextos sociais, econômicos e
políticos que estão inseridos, assim como a ideologia linguística do aluno.
Este parâmetro mostra a importância da linguagem na construção da
subjetividade, e, no contexto de ensino de L2, ele une a linguagem e a cultura.
Os
parâmetros da particularidade, praticidade e possibilidade funcionam como
princípios operadores, que se manifestam através dos indicadores pedagógicos;
estes indicadores se referem as funções e características dos participantes nas
operações de ensino-aprendizagem de L2 através da pedagogia do pós-método.
A
pedagogia do pós-método tenta atrais o interesse e investimento do aluno ao dar
a ele um papel importante nas tomadas de decisões pedagógicas, e tratando o
aluno como um participante ativo e autônomo, desenvolvendo neles a capacidade
de assumir o controle do seu aprendizado, determinando os seus objetivos,
definindo conteúdos, selecionando técnicas, e monitorando e avaliando a sua
aquisição.
Alunos
geralmente utilizam inúmeras estratégias metacognitivas, cognitivas, sociais e
afetivas, para alcançar seus objetivos de aprendizado. Existem muitas maneiras
individuais de aprender uma língua, e alunos diferentes criam estratégias
diferentes, porém todas elas dão ao aluno um senso de responsabilidade quanto
ao seu próprio aprendizado. Esta autonomia ajuda o aluno a se tornar um aluno
efetivo e pensador critico, assim como desenvolve a competência intelectual, a
consciência social, e a atitude mental necessária para avaliar oportunidades e
superar desafios dentro e fora da sala de aula.
Para
o pós-método o professor deve ser autônomo, e saber utilizar o conhecimento e o
seu potencial para saber como ensinar e como ser autônomo no seu trabalho. O
pós-método dá ao professor a capacidade de analisar e avaliar o seu ensino, de
modificar a sua metodologia e monitorar os efeitos desta mudança, ou seja, a
capacidade de desenvolver e modificar os seus métodos para alcançar um
ensino-aprendizado proveitoso utilizando os seus conhecimentos práticos.
O
formador de professores pode usar a metodologia pós-método para sugerir os
melhores métodos para ensinar, o comportamento mais apropriado para ensinar, e
criar condições para que o futuro professor adquira autoridade e autonomia e
dar forma as suas próprias experiências pedagógicas. Para que a formação de
professores seja mais eficiente ela deveria passar por uma reestruturação,
dando mais espaço ao pós-método.
Enquanto
a BNCC tenta passar métodos de ensino que se encaixam em qualquer situação,
Kumaravadivelu apresenta o pós-método como uma solução para um
ensino-aprendizagem de língua muito mais efetiva. Em um país como o Brasil é
impossível tentar impor uma base comum para o ensino, a diversidade
sociocultural dos estados faz com que essa imposição leve a um ensino básico,
quase medíocre, que acaba impossibilitando que alunos de todo o país tenham uma
educação exatamente igual. Embora a BNCC tente impor um ensino multicultural
sabemos, através da prática em sala de aula, que para a aula ser proveitosa
para os alunos e professores, é necessário uma abordagem que leve em conta a
situação regional, social e cultural em que os alunos estão inseridos. Deste
modo, acredito que a metodologia do Pós-Método proposta por Kumaravadivelu seja
a mais ideal e mais proveitosa para o ensino de línguas.
B. Kumaravadivelu. Understanding
Language Teaching: From Method To Postmethod. Mahwah,
NJ: Lawrence Erlbaum, 2006
BRASIL. Ministério da
Educação. Base Nacional Comum Curricular – Documento preliminar. MEC. Brasília,
DF, 2015
UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO CENTRO OESTE
Pibid – Inglês
Acadêmicos: Adriana Aleixo
e Tobias Miguel Batista de Freitas
Temática: Desenvolver o
vocabulário em inglês a respeito das relações familiares.
Tema: Relações éticas
e valores familiares.
Objetivo:
·
Reconhecer
expressões e palavras em inglês relacionadas a família, com o intuito de
aprimorar a escrita e a oralidade.
Metodologia: Apresentação
interativa do conteúdo proposto, trabalhar a oralidade dos alunos em língua
inglesa, e desenvolver projetos que se estendam até a comunidade escolar.
Recursos:
Giz,
quadro, atividades impressas, materiais diversos, fotografias.
Aula
1:
Metodologia: Iniciar a
aula interagindo com os alunos para conhecer eles e suas famílias,
identificando as semelhanças e diferenças entre as diferentes famílias.
Atividade 1:
Identificar as diferentes composições familiares dos alunos, e escrever no
quadro o vocabulário sobre o tema.
Atividade 2: Trabalhar
uma lista de vocabulário sobre o tema família.
Atividade 3: Formular
frases utilizando o vocabulário sobre os membros das famílias dos alunos.
Aula
2:
Metodologia: Retomar o
conteúdo já trabalhado, e apresentar a family
tree aos alunos.
Atividade 1: Entregar
aos alunos a estrutura da family tree e
fazer com que cada um complete conforme a sua composição familiar.
Atividade 2: Fazer com
que os alunos dialoguem entre si, para que conheçam as famílias dos seus
colegas de classe.
Atividade 3: Solicitar
aos alunos para que tragam fotos de suas respectivas famílias.
Aula
3:
Metodologia: Interagir
com os alunos sobre suas famílias, pedindo para que eles mostrem as fotografias
que trouxeram para a confecção dos cartazes.
Atividade 1: Fazer com
que os alunos escrevam frases em seus cadernos sobre suas famílias.
Atividade 2:
Desenvolver cartazes com as fotos e com as frases que os alunos criaram
previamente.
Atividade 3: Trabalhar
atividade de caça palavras.
Aula
4: (cartão para a família)
Metodologia: Criar com
os alunos cartões com mensagens de valores para suas famílias, utilizando o
vocabulário que foi trabalhado nas aulas anteriores.
Atividade 1: Montar
frases em inglês sobre os valores familiares.
Atividade 2: Criar
cartões com recortes de revistas, desenhos e as frases desenvolvidas anteriormente
para os alunos levarem para suas famílias.
RELAÇÕES ÉTICAS E
VALORES FAMILIARES NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
Adriana Carolina
Aleixo (PIBID/UNICENTRO), aleixo.adrianac@gmail.com, Cristiane Malinoski
Pianaro Angelo/ Ruth Mara Buffa, Universidade Estadual do Centro-Oeste –
Departamento de Letras,
Irati-PR.
Tobias Miguel Batista
de Freitas (PIBID/UNICENTRO), tobiasmiguel@outlook.com, Cristiane Malinoski
Pianaro Angelo/ Ruth Mara Buffa,
Universidade Estadual do Centro-Oeste – Departamento de Letras, Irati – PR.
ÁREA DE SUBMISSÃO -
ENSINO.
Palavras-chave:
PIBID, língua inglesa, relações
familiares, ensino.
Resumo
Este trabalho relata a intervenção
do PIBID Inglês nas turmas de 6º ano A e B, trabalhando sob o tema de “relações
éticas e valores familiares”, que foi desenvolvido em conjunto pelos bolsistas
do projeto. Levou-se como base teórica a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
e a Metodologia Pós-Método, desenvolvida por B. Kumaravadivelu no livro
“Understanging Language Teaching”. As aulas desenvolveram-se com o propósito do
ensino da língua inglesa e trabalhar conteúdos que despertem esse aprendizado
nos alunos.
Introdução
Este trabalho foi
realizado com base na intervenção do Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência (PIBID), no Colégio Estadual Trajano Gracia em Irati – PR,
em que atuamos nas turmas de 6º anos A e B, a partir de um projeto desenvolvido
pelo PIBID Inglês intitulado “Relações Humanas e Responsabilidade Social”, o
qual a nossa dupla optou por trabalhar com o tema “Relações Éticas e Valores
Familiares”.
Quanto ao componente curricular
da Língua Estrangeira Moderna, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) diz que
se deve garantir ao aluno o direito de conhecimento através do uso da pratica
linguística, oferecendo condições e conhecimentos que relacionem os textos na
língua em estudo com situações cotidianas dos alunos, e que os façam interagir
com outras culturas e nacionalidades. Pensando nisso, optamos por trabalhar as
relações éticas e os valores familiares dentro da língua inglesa, fazendo com
que os alunos pudessem relacionar a matéria que estava sendo passada com as
suas experiências cotidianas.
Utilizando a
Metodologia Pós-Método, desenvolvida por B. Kumaravadivelu no livro
“Understanging Language Teaching”, consideramos o parâmetro da possibilidade –
que está relacionado com a identidade individual do professor e do aluno,
levando em conta os contextos sociais, econômicos e políticos que estão
inseridos – para desenvolvermos as nossas aulas.
Materiais e métodos
Levando em consideração que os
alunos das turmas em que trabalhamos eram, em sua grande maioria, vindos de
localidades do interior de Irati e de famílias tradicionais, analisamos o
contexto dos alunos e pensamos as atividades que envolvessem o tema das
relações familiares com a sala de aula, e que de forma lúdica e interativa o
inglês fluísse de forma prazerosa e interessante.
Pensamos em nossas aulas
objetivando que os alunos desenvolvessem as quatro habilidades, como: listening, ouvindo quando nós
pronunciávamos as palavras e frases; reading,
acompanhando as atividades impressas; speaking,
quando pedíamos para eles repetirem o vocabulário que estava sendo trabalhado; writing, ao desenvolver as frases no
cartão que eles levaram para entregar para a família em casa.
Iniciamos a primeira aula levando
um vocabulário relacionado aos membros da família, notando que muitas palavras
eram desconhecidas por eles, porém houve uma grande colaboração dos alunos na
discussão do tema. Na segunda aula, trabalhamos com eles a árvore genealógica e
pedimos para eles desenharem suas famílias, pensando que como ainda são
crianças, uma atividade lúdica seria bem proveitosa. Na terceira aula,
desenvolvemos cartazes com fotos dos alunos e de suas famílias – foi pedido em
aulas anteriores para que os alunos pedissem para seus responsáveis autorização
para levar fotos para o trabalho em sala –, porém poucos alunos levarem as
fotos, e estes que não levaram fizeram a atividade com desenhos ou trouxeram as
fotos na aula seguinte para apenas colar no cartaz. Na quarta aula, a ideia foi
de que os alunos criassem um cartão para suas famílias, com frases do
vocabulário que foi trabalhado e frases que eles criaram em inglês, com a
finalidade de estendermos a atividade da comunidade escolar para família dos
alunos.
Resultados e Discussão
As
aulas foram realizadas com foco no ensino e aprendizagem da língua inglesa,
levando em consideração o projeto que visava desenvolver o tema sobre as
relações éticas e valores familiares.
Os alunos participaram das aulas de
forma bastante positiva, realizando os trabalhos e as atividades propostas e,
por fim, como era a ideia do projeto, eles puderam discutir a respeito das
relações que tinham com seus contextos familiares, utilizando o vocabulário
ensinado e criar trabalhos envolvendo a temática, como pode ser visto no
seguinte trabalho realizado por uma aluna:
Figura 01 – Trabalho realizado por uma
aluna. (Fonte: acervo pessoal)
Considerações Finais
A proposta inicial
do projeto era de trabalharmos assuntos entre o ensino de língua inglesa
envolvendo a comunidade escolar, fazendo com que os alunos pudessem relacionar
a matéria que estava sendo ensinada com as suas experiências familiares. O
desenvolvimento desta proposta ocorreu conforme o esperado e obtivemos
resultados muito positivos nesta experiência.
Os alunos estiveram dispostos a
colaborar no desenvolvimento das aulas e a participação deles foi de grande
importância para a nossa intervenção. Pudemos notar o desenvolvimento deles nas
atividades, a motivação também para a realização dos exercícios propostos e
também o interesse pelo aprendizado da língua inglesa.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Documento
preliminar. MEC. Brasília, DF, 2015.
Kumaravadivelu,
B. Understanding Language Teaching: From
Method To Postmethod. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum, 2006.
Teoria
do Caos e Complexidade no Ensino de Língua Inglesa
Observando
a atual estrutura educacional percebemos que ela tem levado docentes a uma
prática insuficiente de ensino, que leva os alunos a se perguntarem “por que
aprender isso?”. Akiko Santos, no texto “Complexidade e transdiciplinaridade em
educação: cinco princípios para resgatar o elo perdido” (2008), diz que a
fragmentação do conhecimento faz parte do modo de ser e pensar do sujeito, e
que é preciso deixar de lado o modo de pensar dicotômico, e adotar um pensamento
permeado pela articulação, como sugere a teoria da complexidade e
transdisciplinaridade. A teoria da transdiciplinaridade é recomendada também
nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), pois articula os conhecimentos
das diversas disciplinas.
Quanto à teoria da complexidade,
Humberto Mariotti afirma no texto introdutório chamado “Complexidade e
Pensamento Complexo” (2016), que a complexidade corresponde ao entrelaçamento e
a continua interação de sistemas e fenômenos que formam o mundo natural, podendo
ser entendida apenas através de um sistema de pensamento aberto e flexível.
Segundo
Mariotti, desde os primeiros dias de escola nosso modo de pensar é formatado
pelo modelo linear, que apesar de ser uma abordagem necessária e indispensável,
não é suficiente. O pensamento sistêmico é uma ferramenta valiosa para o
entendimento da complexidade. Segundo o autor, estes são alguns dos princípios
do pensamento complexo (2016):
·
Tudo está ligado a tudo;
·
Toda ação implica um feedback;
·
Todo feedback resulta em novas ações;
·
Vivemos em círculos sistêmicos e
dinâmicos de feedback, e não em linhas estáticas de causa-efeito imediato;
·
O feedback pode surgir bem longe da ação
inicial, em termos de tempo e espaço;
·
Os resultados nem sempre são
proporcionais aos esforços iniciais;
·
Uma parte só pode ser definida como tal
em relação a um todo;
·
Nunca se pode fazer uma coisa isolada;
·
É impossível pensar num sistema sem
pensar em seu contexto (seu ambiente);
·
Os sistemas não podem ser reduzidos aos
seus ambientes e vice-versa.
Segundo Elaine Ferreira do Vale Borges
no texto “Um modelo caótico de desenvolvimento reflexivo da profissionalidade
de professores de línguas” (2016), o surgimento do paradigma da complexidade
nos estudos de Linguística Aplicada fez emergir a necessidade de discussão
sobre modelos de formação reflexiva no desenvolvimento docente.
Sobre a concepção reflexiva de formação
de professores, Borges destaca os trabalhos de Smyth (1989), Bartlett (1990) e
de Wallace (1991), que desenvolveram diferentes modelos de ensino e/ou de
prática reflexiva.
Smyth (1989) afirma que a formação via
reflexão parte diretamente da conscientização do professor quanto à sua prática
docente. Esta reflexão deve partir de ações sequenciais ligadas a uma serie de
perguntas, como: 1. Descrever (o que eu faço?); 2. Informar (o que isso quer
dizer?); 3. Confrontar (como eu me tornei assim?); 4. Reconstruir (como eu
deveria fazer isso?).
Bartlett (1990), baseado no trabalho e
Smyth, discute cinco elementos/níveis – não lineares ou sequenciais – que
embassam o processo reflexivo: mapear; informar; contestar; instruir; e agir.
Wallace (1991) descreve três modelos da
educação profissional: modelo artesanal (imitação de bons profissionais);
modelo da ciência aplicada (racionalidade técnica); e o modelo reflexivo
(desenvolvimento da competência profissional por meio de reflexão teórica e
prática).
Os cursos de Lincenciatura em Letras são
edificados pelas concepções de linguagem. Borges diz que o professor deve fazer
a seguinte pergunta antes, durante e após cada ação docente para poder refletir
sobre a linguagem em relação à docência: “que noção de “linguagem” o autor (a)
adota para construir, especificar o seu objeto de estudo?”.
Borges afirma ainda que a teoria geral
dos sistemas, de Bertalanffy (2009), e a teoria do caos, de Gleick (1991), são
algumas das teorias que baseiam e permeiam a teoria da complexidade. Segundo
Davis e Sumara (2006), o pensamento complexo aparece como uma alternativa para
as abordagens reducionistas e lineares que domina as pesquisas educacionais por
mais de um século (apud Borges, 2016,
pág 373).
Ao falar sobre o
desenvolvimento reflexivo docente como um sistema caótico, é preciso entender
os múltiplos elementos e subelementos relacionados a ele apara poder entender o
comportamento deste sistema e, assim, perturbá-lo com o intuito de criar
modificações em futuros comportamentos, chegando então a uma prática docente
reflexiva mais eficiente.
REFERÊNCIAS:
BORGES, Elaine Ferreira do Vale. Um modelo caótico de
desenvolvimento reflexivo da profissionalidade de professores de línguas. ReVEL,
v. 14, n. 27, 2016 (www.revel. Inf.br).
MARIOTTI, Humberto. As
paixões do ego: complexidade, política e solidariedade. São Paulo: Editora
palas Athena, 2000.
RAMOS, Roberto. A educação e
o conhecimento: uma abordagem complexa.Educar, Curitiba, n. 32, p. 75-86,
2008. Editora UFPR.
SANTOS, Akiko. Complexidade e
transdisciplinaridade em educação: cinco princípios para resgatar o elo
perdido.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Laboratório de
Estudos e Pesquisas Transdisciplinares. Revista Brasileira de Educação, v.13,
n. 37, 2008.
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