Portfólio:
Taís Mikalski
2017:
Capítulo
9
Pedagogia
Pós Método.
Taís
Mikalski.
9.
Introdução
Neste capítulo,
Kumaravadivelu apresenta algumas tentativas que recentemente foram feitas para
estabelecer as bases para a construção de pedagogias que podem ser consideradas
Pós Método em sua orientação. O autor leva em consideração apenas propostas que
(a) fazem uma ruptura clara e consequente com o conceito de método, (b)
fornecem um quadro coerente e abrangente dentro dos limites permitidos pelo
estado atual do conhecimento e (c) oferecem um conjunto bem explicado de ideias
que podem orientar aspectos importantes da atividade e ações em sala de aula de
L2. Nesses quesitos faltam definições precisas, e que qualquer escolha baseada
neles permanecerão de forma subjetiva. Com essas condições em mente, o autor
destaca três quadros sobre o pós método:
estrutura tridimensional (a) do Stern, o quadro de prática exploratória (b) do
Allwright e quadro de macro estratégia do (c) Kumaravadivelu.
9.1.
A estrutura tridimensional
A estrutura
tridimensional para o ensino de línguas pode ser considerada a primeira
tentativa de sair com um plano coerente e abrangente para a construção de uma
pedagogia Pós Método. Foi proposta por Stern que é considerado uma autoridade
proeminente no ensino da segunda língua. Após a aposentadoria, ele planejava
escrever dois livros que visa proporcionar um estudo crítico do campo. Seu
primeiro, o altamente aclamado, Conceitos Fundamentais da Língua de Ensino, foi
publicado em 1983 e como o título sugere, dá um relato abrangente sobre os
fundamentos teóricos do ensino de línguas. O segundo volume com implicações
práticas para o currículo de língua foi em vários estágios de conclusão no
momento da sua morte. Ele foi editado por seus colegas, Allen e Harley e foi
publicado, postumamente, em 1992, com o título, Questões e Opções no Ensino de
Línguas.
Embora seja o segundo
livro que Stern fornece os detalhes de sua estrutura multidimensional, ele
mencionou brevemente no último capítulo de seu primeiro livro, assim, que
indica que ele estava no processo de desenvolvê-lo por um longo tempo. Ele
estava preocupado com "dois grandes pontos fracos" de toda a língua,
os métodos de ensino que ele pesquisou: "Uma é que eles representam uma
combinação relativamente fixa de crenças de ensino de línguas, e outra é que
eles são caracterizados pela ênfase excessiva do único aspecto como a questão
central do ensino e a aprendizagem" (Stern apud Kumaravadivelu, 2008, p. 186).
Ele estava também convencido de que uma abordagem eclética não seria de alguma
ajuda, porque "ecletismo ainda baseia-se na noção de uma distinção
conceitual dos diferentes métodos. No entanto, é a distinção dos métodos como
entidades completas que pode ser posta em causa"(Kumaravadivelu apud Stern 2008, p. 186). Deixando o conceito de método, Stern opta
pelo que ele chama de um "conceito de estratégia". Seu modelo de trabalho
consiste em estratégias e técnicas. Ele usa a estratégia de termo para se
referir a ampla "ação intencional" e o termo técnica para a ação
específica "prática". Ele
enfatiza que as estratégias não são apenas um outro termo que costumava ser
chamado de métodos.
Conceito de estratégia
do Stern é composto por estratégias de ensino e aprendizagem que se baseiam em
três dimensões: (a) a conexão de L1-L2, relativo à utilização ou não da
primeira língua em aprender a segunda; (b) o dilema do código de comunicação,
sobre a relação estrutura-mensagem; e (c) a opção explícita, implícita,
relativa a abordagem básica de linguagem de aprendizagem. Assim, cada dimensão
consiste de duas estratégias localizadas em dois extremos de um continuum.
9.1.1.
A Dimensão Intralingual – Crosslingual
Os termos intralingual e intracultural referem-se a técnicas que permanecem dentro da
língua-alvo (L2) e a cultura de destino (C2), como quadro de referência para o
ensino. Crosslingual e Crosscultural referem-se às técnicas que
usam recursos da língua nativa (L1) e cultura nativa (C1) para fins de
comparação. A estratégia intralingual
adere à política de bilinguismo coordenada, onde os sistemas de duas línguas
são mantidos completamente separados um do outro, considerando que a estratégia
de crosslingual acredita em compostos
bilinguismo, onde o L2 é adquirida e conhecida através do uso de L1.
Esta dimensão é uma
resposta a uma eterna controvérsia sobre o papel da L1 no ensino de L2.
Historicamente, quando gramática-tradução ou métodos anteriores eram populares,
(particularmente, baseada em traduções) foram amplamente empregadas. Mas, mais
tarde métodos, incluindo a atual linguagem comunicativa ensinando, proibiram o
uso da L1 na aula de L2 enfatizando a importância do ensino de língua
estrangeira apenas por meio de língua estrangeira. Stern oferece três razões
porque L1 deve poder ser usada em sala de aula de L2. Primeiro, quando
aprendemos uma nova língua, sempre partimos de uma linguagem que já sabemos. Em
segundo lugar, a nossa primeira língua oferece um sistema de referência para
L2. Em terceiro lugar, nossa língua nativa e nossa cultura nativa estão
profundamente ligadas com nossas vidas pessoais.
Stern trata a
estratégia intralingual – crosslingual
como um continuum. Ele sugere que pode ser útil, na fase inicial da
aprendizagem de línguas, para comparações entre L1 e L2 e explicações de L2, em
termos de L1. Com base em livros
populares de ESL, Stern oferece, para fins ilustrativos, várias utilidades intralingual bem como técnicas de sala
de aula crosslingual para diferentes
fases da aprendizagem de línguas. Estas atividades, Stern assinala, variam de
repetição de sons, palavras, frases e sentenças, a expressões verbais, com base
em objetos reais ou representações pictóricas, treinos e exercícios, para
ditado, para jogos, de atividades comunicativas, a residência em um ambiente de
L2. Estas técnicas ajudam a criar ou estimular um ambiente de L2 em graus
variados. Quanto as técnicas crosslinguistic,
Stern favorece técnicas que envolvam a comparação entre as duas fonologias,
léxicos e sistemas gramaticais e ajuda os alunos para construir o novo sistema
de referência de L2, ele também recomenda a tradução e atividades
interpretativas. Stern deixa claro que em determinadas fases durante o ensino e
aprendizagem, ambos intralingual e crosslingual estratégias serão
produtivas.
9.1.2.
A dimensão analítica-experiencial
A estratégia analítica
envolve foco explícito sobre as propriedades formais da língua, ou seja,
gramática, vocabulário e noções e funções, Considerando que a estratégia
experiencial envolve mensagens orientadas, interação em contextos
comunicativos.
Em termos de atividades
de sala de aula, Stern recomenda as técnicas analíticas familiares que operam
através do estudo e prática da língua com foco explícito e completo em recursos
linguísticos e igualmente familiares atividades experienciais como projetos, consultas,
jogos ou tarefas de resolução de problemas.
Resumindo seus
argumentos sobre a dimensão analítica – experiencial, ele afirma que "não
há razão para supor que uma estratégia só oferece a estrada real para a
proficiência. Portanto, algum tipo de combinação dessas duas abordagens parece
ser a melhor política adotar pendente a evidência mais convincente da maior
eficácia de um ou outro"( Kumaravadivelu apud Stern p. 190).
9.1.3.
A
Dimensão explícita – implícito
A terceira e última
dimensão estratégica diz respeito à questão fundamental de se aprender uma L2 é
um exercício intelectual consciente ou uma intuitiva inconsciente. Stern usa
palavras conhecidas, explícitas e implícitas, para referir-se as duas
estratégias.
De acordo com Stern, as
outras quatro estratégias nas duas primeiras dimensões — intralingual/crosslingual e analítica/experiencial
— cada um pode ser explícita ou implícita e, consequentemente, a mescla
de conceitos e termos.
Chegar a uma
determinação sobre essa dimensão, Stern parece ter sido influenciado por um
modelo inicial de aprendizagem proposto por Bialystok.
Stern reconhece os
méritos de estratégias explícitas e implícitas. Uma estratégia explícita ajuda
foco os alunos sobre as características da língua e adquirir um conhecimento
consciente e conceitual. Uma estratégia implícita justamente leva em conta o
fato de a língua ser complexa demais para ser descrita totalmente.
Com a finalidade de
desenvolver uma política instrucional, de ter ambas as estratégias em mente e
tratar as opções explícitas e implícitas como extremos de um continuum de
opostos. Os alunos podem diferir em sua preferência pela linguagem explícita ou
implícita, de aprendizagem, dependendo de sua idade, maturidade e experiência
educacional anterior.
Para ajudar na
implementação de sua estrutura tridimensional para o ensino de línguas, Stern
desenvolveu quatro tipos de conteúdos programáticos, com uma ampla gama de
opções e objetivos: o programa de estudos de linguagem, o programa de
atividades comunicativas, o programa de estudos cultura e o programa de
educação de língua geral. Em suma, o programa de estudos de linguagem lida com
todos os aspectos da linguagem como sistema e inclui as características
fonológicas, sintáticas e semânticas da língua-alvo e também alguns aspectos da
linguagem como discurso, mas limitada as características textuais de coesão e
coerência. O programa de atividades comunicativas lida com a linguagem como
discurso em sua orientação interacional, assim, com foco em normas sociais que
regem a comunicação de linguagem. O programa cultural diz respeito à relação
entre linguagem e cultura e língua e sociedade, assim, com foco em conhecimento
cultural necessário para contatam com a comunidade de língua-alvo. O programa
de educação de língua geral serve para alargar o âmbito de aplicação do
currículo de L2 e visa ajudar os aprendizes generaliza sua experiência de
aprendizagem de segunda língua para a aprendizagem de outras línguas, bem como
para a educação em geral.
Segundo Allen e Harley,
Stern teria aconselhado professores, (a) reconhecer que os quatro programas
complementam uma à outra e que eles não são separados por limites duro e
rápidos; (b) para construir pontes de programa para programa procurar terreno
comum e fazendo crossreferences,
sempre que possível; (c) desenvolver e usar materiais de ensino que atravessam
as divisões de conteúdos programáticos; (d) para iniciar a partir de um
programa (por exemplo, o programa de idioma) e trabalhar para os outros; e
finalmente (e) para estabelecer um padrão longitudinal, proporcional de
conteúdo assim que qualquer indivíduo ensinando a unidade pode ser derivada de
um ou mais tipos de conteúdos programáticos.
Stern lida diretamente
com grandes questões contenciosas dicotômicas que marcou o pêndulo no ensino
das línguas e à sua maneira característica, seleciona o caminho do meio que
equilibra as características fundamentais do intralingual e crosslingual,
analítica e experimental, e o explícito e
implícito. Seu quadro certamente rejeita a rigidez associada com o conceito
de método e olha para além. Ainda um outro quadro que tenta fazer isso de uma
perspectiva totalmente diferente é o quadro da prática exploratória.
9.2.
O Quadro da Prática Exploratória
O quadro da prática
exploratória tem evoluído por quase uma década. Seu principal autor é
Allwright, ele é conhecido por seu trabalho pioneiro na exploração de
observação de professor em sala de aula. Ele também desempenhou um papel de
liderança nas atividades profissionais da organização TESOL Internacional.
Tendo sido desiludido com o conceito de método e tendo declarado
"morto" Allwright vem explorando alternativas ao método. Sua
resposta: Prática Exploratória (EP). Embora o quadro EP ter como ele diz, uma
origem "acadêmica", gradualmente tornou-se um projeto moldado em
grande parte por professores e alunos.
Como Allwright escreveu
em um artigo publicado em 1993, um aspecto importante do ensino exploratório é
pesquisa de professor que se realizada de forma adequada, não só aumentam a
compreensão dos professores do ensino de sala de aula, mas também contribuiem
para o progresso na pesquisa pedagógica em geral. Nesse sentido, ele apresentou
um conjunto de critérios adequados e práticas possibilidades de integração de
pesquisa e pedagogia. Na fase inicial do quadro, Allwright tem principalmente
em causa sobre encontrar princípios maneiras de se conectar a teoria
profissional do perito com a teoria pessoal do professor, certamente, em
benefício de ambos.
Pontos de vista
teóricos do Allwright sobre sua ainda em desenvolvimento exploratório de ensino
tomou um rumo decididamente "prático", quando ele foi convidado para
ensinar habilidades de pesquisa de sala de aula para professores da Cultura
Inglesa no Rio de Janeiro, um estabelecimento de ensino de idioma principal sem
fins lucrativos no Brasil essa experiência lhe mostrou como algumas das ideias
que ele esboçou em 1991 podem realmente funcionar na prática. Isso marcou o
início de uma colaboração ainda em curso entre Allwright e a Cultura Inglesa. A
colaboração resultou em firmar-se o quadro que agora é chamado de quadro de
prática exploratória.
9.2.1.
O Princípio da Exploratória
A Prática Exploratória
é baseada sobre uma filosofia que é afirmada em três princípios fundamentais:
(a) a qualidade de vida na sala de aula de língua é muito mais importante do
que a eficiência instrucional; (b) garantir a nossa compreensão da qualidade de
vida de sala de aula é muito mais fundamental do que desenvolver alguma vez
"melhorando" ensinando técnicas; e (c) compreensão que uma qualidade
de vida é social, não é um assunto associal, ou seja, todos os praticantes
podem esperar a ganhar com este processo mútuo de trabalhar para o
entendimento. Consistente com estas doutrinas filosóficas, Allwright apresenta
a seguinte "princípios descrição" do EP em que ele chama de "uma
frase complicada":
Prática exploratória envolve
1.
Praticantes (por exemplo: de preferência
os professores e alunos juntos) trabalhando para compreender:
(a)
o que eles querem entender, seguindo suas próprias agendas;
(b)
não necessariamente a fim de trazer mudanças;
(c)
não primariamente alterando;
(d)
mas usando normais práticas pedagógicas como ferramentas de investigação, para
que, trabalhando para entendimento é parte do ensino e aprendizagem, não extra;
(e)
de uma forma que não conduza a "burn-out", mas que é indefinidamente
sustentável;
2.
a fim de contribuir para:
(f)
ensino e aprendizagem;
(g) profissional
desenvolvimento, individual e coletivo. Por esta frase abrangente, sete
princípios gerais derivados. Eles são:
Princípio
1: "Qualidade de vida" coloca em primeiro lugar.
Princípio
2: Trabalho principalmente para compreender a vida de sala de aula de língua.
Princípio
3: Envolva todo mundo.
Princípio
4: Trabalho de reunir as pessoas.
Princípio
5: Trabalho também para o desenvolvimento mútuo.
Princípio 6: Integre o trabalho de compreensão
prática de sala de aula. Corolário ao princípio 6: Deixe a necessidade de
integrar orientar a conduta do trabalho de compreensão.
Princípio
7: Tornar o trabalho uma empresa contínua. Corolário ao princípio 7: evitar o
financiamento de tempo limitado.
A colegialidade torna-se crucial para a empresa
pedagógica.
Colegialidade entre os professores e alunos.
Colegialidade entre professores na mesma
instituição.
Colegialidade e a hierarquia dentro de uma
instituição emprega.
Colegialidade entre professores e treinamento e
desenvolvimento de pessoas.
Colegialidade entre professores e pesquisadores
acadêmicos.
Colegialidade em uma associação de professores.
A
colegialidade dos praticantes de EP é enfatizada em parte por causa do
benefício mútuo e a mútua dependência que qualquer forma de prática EP exige.
9.2.2. A Prática da Prática Exploratória
Os princípios da EP discutidos acima são esperados
orientar práticas específicas que são, novamente, em constante evolução. Estas
práticas visam ajudar os professores (e potencialmente aprendizes também) para
investigar as áreas de aprendizagem e de ensino que desejam explorar por meio
de atividades de sala de aula familiar como as ferramentas de investigação. O
uso das próprias atividades de sala de aula como ferramentas de investigação é
o que diferencial, de forma significativa, a prática do EP da noção de
pesquisa-ação, que utiliza técnicas de padrão de pesquisa acadêmica, destinadas
a resolver problemas práticos de sala de aula. A EP envolve uma série de etapas
básicas.
Etapa 1:
Identificando um quebra-cabeça. Envolve encontrar algo intrigante em um ensino
e aprendizagem a situação. O enigma da palavra é preferencial para problema
devido a conotação negativa associada com este último.
Etapa2:
Refletindo sobre o quebra-cabeça. Envolve o pensar sobre o quebra-cabeça em
ordem, compreendê-lo sem realmente tomar qualquer ação direta.
Etapa 3:
monitoramento. Envolve atenção especial, se necessário, para o fenômeno que
intriga o professor, a fim de compreendê-lo melhor.
Etapa 4:
Tendo ação direta para gerar dados. Envolve a geração de dados adicionais, se
necessário, por meio de atividades de sala de aula como grupo de trabalho,
técnicas de coleta de dados acadêmicos não padrão.
Etapa5: Considerando os
resultados alcançados até agora e decidir o que fazer em seguida. Trata-se
determinando se há justificação suficiente para seguir em frente, ou se um novo
período de reflexão e mais dados são necessários.
Etapa 6:
Seguir em frente. Trata-se, desde a compreensão adequada já foi atingida, tomar
a decisão de escolha entre várias opções, como discutir com os alunos, ou
ajustar as expectativas.
Etapa 7:
ir a público. Chegar a compreensão adequada do enigma e se encontrado uma
melhoria "da qualidade de vida de sala de aula" para ir a público e
compartilhar os benefícios com os outros, ou para obter feedback. Isso pode ser
feito na forma de oficinas, apresentações de conferências ou publicações.
Estas
sete etapas práticas são, naturalmente, flexíveis e estão sujeitos a alterações
com experiência.
9.2.3. O Global e o Local
Uma
importante preocupação Allwright parece estar lutando é com a conexão exata entre os princípios e as
práticas do EP. Ele vê a necessidade de princípios globais para orientação
geral, mas suas implicações precisam ser trabalhadas para prática diária local.
Ação local e pensar local produzem práticas
potencialmente adaptáveis a qualquer contexto, desse modo, desenvolve nosso
pensamento sobre os princípios mundiais. Ele afirma que algumas das práticas
locais que ele encontrou no Rio realmente serviram como a fonte para as suas
declarações de princípio.
Praticando os professores estão sempre olhando para
alguns princípios que podem usar em sala de aula para orientar sua prática de
ensino de todos os dias, embora Allwright tem insistido na professores derivam
de seus princípios globais subjacentes.
Ele cria a maior consciência sobre a complexa
questão da relação entre o princípio e a prática, entre o global e o local,
entre generalidades e particularidades profundamente dialética — um problema
que tem figurado proeminentemente em outro quadro pós método — o quadro de macro
estratégia.
9.3.O Quadro de Macro estratégia
Kumaradivelu estava procurando maneiras eficazes de
utilizar a análise de interação de sala de aula tradicional para ver como a
formação de professores pode ser feita de forma mais sensível às atividades e eventos
de sala de aula.
Nesse sentido, ele propôs um quadro que consiste de
cinco macro estratégias apoiadas por dados de autêntica sala de aula, Com
trabalhos posteriores, ele aumenta o número para 10.
9.3.1. Macro estratégias
Macro
estratégias são planos gerais derivados atualmente disponíveis no conhecimento
empírico, teórico e pedagógico relacionado com L2 de ensino e aprendizagem. Uma
macro estratégia é uma ampla orientação com base em que professores podem gerar
seus próprios locais específicos, baseados na necessidade de micro estratégias
ou procedimentos de sala de aula. Em outras palavras, macro estratégias são
operacionalizados em sala de aula através de micro estratégias. Macro
estratégia é considerada uma teoria neutra, porque eles não se limitam a
pressupostos de qualquer uma teoria específica da linguagem, aprendendo e
ensinando, discutido na primeira parte e porque não são condicionados por um
único conjunto de princípios ou procedimentos associados com métodos discutidos
na segunda parte de ensino de línguas.
O
quadro estratégico compreende 10 macros estratégias que são:
1.
Maximizar
as oportunidades de aprendizagem: prevê o ensino como um
processo de criação e utilização de oportunidades de aprendizagem.
2.
Facilitar
a interação negociada: refere-se à interação aluno-aluno,
interação aluno-professor na sala de aula, onde os alunos têm a liberdade e
flexibilidade para iniciar uma conversa, não só reagir e responder a ele.
3.
Minimizar
as incompatibilidades perceptuais: cada peça de
comunicação humana tem o potencial de conter ambiguidades; mais ainda,
comunicação de sala de aula de L2. Portanto, qualquer classe de L2, porém bem
planejado e bem executado, irá resultar em algum tipo de incompatibilidade
entre a interpretação de intenção e aluno do professor.
4.
Ativar
a heurística intuitiva: Dúvidas foram levantadas sobre se
um sistema de L2 pode ser analisado ordenadamente e explicitamente explicado
para os alunos com vista a ajudar a construção da gramática.
5.
Promover
a consciência da linguagem: no contexto específico de
aprendizagem de L2 e ensino, consciência de linguagem, refere-se a tentativa
deliberada de atenção dos alunos para as propriedades formais de sua L2 para
aumentar o grau de precisão necessária para promover a aprendizagem de L2.
6.
Contextualizar
a entrada linguística: As características da linguagem como discurso chamam
para contextualização da entrada linguística para que os aprendizes possam se
beneficiar dos efeitos interativos dos componentes sistêmicos, bem como
discurso de linguagem.
7.
Integrar
conhecimentos linguísticos: habilidades de linguagem que são
tradicionalmente identificados como ouvir, falar, ler e escrever foram
ensinados separadamente, um movimento que tem muito pouca justificação empírica
ou teórica.
8.
Promover
a autonomia do aluno: O aluno pós método, é um aprendiz
autônomo. Porque a aprendizagem de línguas é em grande parte uma atividade
autônoma, promovendo a autonomia do aluno que é de vital importância.
9.
Certificar-se
de relevância social: Relevância social refere-se à necessidade do
professor ser sensível ao ambiente social, político, econômico e educacional em
que L2 se realiza a educação.
10. Elevar a consciência cultural:
Ensino de cultura sempre foi parte integrante do ensino de L2. Tradicionalmente,
destina-se a criação no aprendiz de L2 uma sensibilização e empatia para com a
cultura da comunidade de L2.
As macro estratégias fornecem apenas os princípios
gerais para sala de aula de ensino; Elas devem ser implementadas em sala de
aula através de micro estratégias.
9.3.2.
Micro estratégias
Micro estratégias são
procedimentos de sala de aula que são projetados para atingir os objetivos de
uma determinada macro estratégia. Cada macro estratégia pode ter qualquer
número de micro estratégias, dependendo da aprendizagem local e da situação de
ensino; as possibilidades são infinitas. No entanto, micro estratégias são
adaptadas pela política da língua nacional, regional ou local e planejamento,
objetivos curriculares, recursos institucionais e uma série de outros fatores
que moldam a aprendizagem e ensino em um determinado contexto. Acima de tudo,
elas têm que ser projetadas tendo em mente às necessidades dos alunos, bem como
seu atual nível de conhecimento/habilidade de linguagem.
Kumaravadivelu
apresenta as diretrizes para criar um par de micro estratégias para Macro estratégia 5: promovendo a
consciência de linguagem. A consciência de linguagem se refere a tentativa
deliberada de chamar a atenção dos alunos para as propriedades formais de sua
L2. Por exemplo, Micro estratégia: uso
de linguagem e níveis de formalidade.
O objetivo específico
da presente micro estratégia é criar na consciência do aprendiz de língua geral
sobre níveis de formalidade envolvidos na comunicação interpessoal. Um exemplo
simples do uso da língua formal-informal refere-se à forma em que abordamos as
pessoas em casa, ou na escola ou no nosso local de trabalho. Portanto, uma útil
ferramenta de micro estratégia pode ser pedir L2 os alunos explorar como
diferentes comunidades culturais exigem diferentes níveis de formalidade em
abordar as pessoas.
Os professores podem
fazer uso de materiais de conteúdo facilmente disponíveis, extraídos de
jornais, livros, programas de TV ou a Internet e design micro estratégia
adequada para atingir o objetivo instrucional de um macro estratégia
particular.
Dependendo da corrente
comunicativa, linguística e conhecimento/habilidade conceitual de seus alunos,
os professores podem variar o nível de desafio do micro estratégias. O papel do
professor é crucial para o sucesso de qualquer pedagogia pós método. O quadro
de macro estratégia busca transformar praticantes de sala de aula em
professores e pesquisadores estratégicos.
Como professores
estratégicos, eles gastam tempo e esforço, refletindo sobre os processos de
aprendizagem e de ensino; esticando seus conhecimentos, habilidade e atitude de
permanecer informado e envolvido; explorar e estendendo-se macro estratégias
para enfrentar os desafios da mudança de contextos de ensino; projetar o micro
estratégias apropriado para maximizar o potencial de aprendizagem em sala de
aula; Como estratégicos, pesquisadores, professores podem usar o quadro para
desenvolver capacidades de investigação necessárias para a exploração de sala
de aula
O quadro de macro
estratégia, tem o potencial para capacitar professores com o conhecimento,
habilidade, atitude e autonomia necessária a elaboração de uma sistemática,
coerente e relevante alternativa ao método que é informado pelos parâmetros
pedagógicos da particularidade, praticidade e possibilidade para si próprios.
9.4.
Conclusão
Foi descrita a
estrutura tridimensional do Stern, o quadro de prática exploratória do
Allwright e o quadro Macro estratégico de Kumaravadivelu. São tentativas de
responder, de forma fundamentada, para uma necessidade imperativa de
transcender as limitações do conceito de método. Nenhum deles pode ser visto
como totalmente conhecer os fundamentos da pedagogia pós método.
Qualquer pedagogia pós
método tem que ser construída pelo professor de sala de aula. Os quadros
pedagógicos oferecem as opções certas e certos princípios de funcionamento e é
com base neles que os professores podem ser capazes de desenvolver suas
próprias pedagogias pós método.
Referência:
KUMARAVADIVELU,
B. Understanding language teaching: from
method to postmethod. New Jersey: LEA, 2006.
Plano de aula PIBID.
Aula
1
Objetivos
·
Proporcionar a interação entre os
alunos;
·
Desenvolver o conhecimento sobre o tema
abordado.
Metodologia
Passo
1: Iniciaremos a aula perguntando a eles
o que eles consideram como “bom comportamento” fora de casa, em interações com
as demais pessoas?
Passo 2: Apresentação
do tema.
Passo 3: Escrever os
seguintes valores (em inglês) que são considerados importantes para a formação
da cidadania, eles deveram numerar esses valores de acordo com sua importância.
Cooperation (cooperação): onde o aluno percebe que a troca de conhecimentos e a sua participação são fundamentais para a concretização de uma atividade;
Sincerity(sinceridade): quando buscamos confiança nos outros, mas principalmente quando exercemos nossa própria sinceridade, estando certos ou não em nossas ações;
Pardon(perdão): perdoar é não guardar ressentimento contra ninguém, é se livrar das amarras impostas pelo rancor;
Respect
(respeito): princípio básico para receber respeito. Quem não desenvolve o
hábito de respeitar os outros, acaba não sendo respeitado;
Dialogue (diálogo):
para resolver impasses, divergências de opiniões, nada melhor que o diálogo, a
conversa de qualidade que coloca os pingos nos “is”. Conversar, trocar ideias e
buscar explicações sem acusar o outro é uma forma de se livrar dos embaraços;
Solidarity(solidariedade):
essa é a palavra que vincula afetivamente entre as pessoas. Ser solidário é uma
grande virtude, o sujeito demonstra sua preocupação com o outro, ajudando a
construir uma sociedade mais justa;
Do not attack
(não agredir): violência gera violência, isso todo mundo sabe, portanto não se
deve agredir ninguém com palavras e muito menos fisicamente;
Goodness
(bondade): esta é uma forma de demonstrar respeito ao seu semelhante. Ser
bondoso e atencioso com as pessoas só faz com que receba bondade dos outros.
Bem diz o ditado “quem com ferro fere, com ferro será ferido”, ou seja, a
pessoa que causa o sofrimento do outro, receberá o mesmo tratamento.
Fraternity (fraternidade):
é o laço de união entre os homens, fundado no respeito pela dignidade da pessoa
humana e na igualdade de direitos entre todos os seres humanos.
Passo 4: Discussão
sobre as perguntas a seguir com os alunos e do que eles conhecem do conceito de
cidadania.
Quais
os direitos e deveres dos indivíduos?
Quais
são as ações que tornam um sujeito coletivo?
Como
a coletividade está presente em sua comunidade?
Recursos:
quadro e giz.
Aula
2
Objetivos:
·
Aprimorar o conhecimento dos alunos em
relação a forma interrogativa e negativa do verbo to be.
·
Resolução dos exercícios referentes a
gramática trabalhada.
Metodologia:
Passo1: Passar no quadro a forma interrogativa e
negativa do verbo to be.
Verbo
To be, forma negativa e forma
interrogativa
Para usar a forma negativa do verbo to be é necessário acrescentar a palavra
“not” ao final do verbo da forma afirmativa.
I am
|
I am not
|
I’m not
|
You are
|
You are not
|
You aren’t
|
He is
|
He is not
|
He isn’t
|
She is
|
She is not
|
She isn’t
|
It is
|
It is not
|
It isn’t
|
we are
|
We are not
|
We aren’t
|
you are
|
You are not
|
You aren’t
|
they are
|
They are not
|
They aren’t
|
Para usar a forma interrogativa, é
preciso inverter a posição do pronome pessoal com o verbo.
I am
|
Am I?
|
You are
|
Are you?
|
He is
|
Is he?
|
She is
|
Is she?
|
It is
|
Is it?
|
We are
|
Are we?
|
You are
|
Are you?
|
They are
|
Are they?
|
Passo 2: Entregar as
seguintes atividades referentes a forma afirmativa e negativa do verbo to be.
Passo 3: Esclarecer
duvidas referentes a gramática.
Passo 4: Correção das
atividades desenvolvidas.
Atividades:
1. Complete as seguintes frases na forma
negativa e interrogativa:
Exemplo:
Are you sick?
No, I am
not sick
Is she a
teacher?
No, she is not
a teacher
a. ____ I
wrong? No, I am _____ wrong.
b. ____ he
a student? No, He _____ a student
c. _____
they a couple? No, they _____ a couple
d. _____ it
an animal?No, _____ an animal.
e. _____
she fine? No, ______ fine.
f. _____ he
at work now?No, _____ at work.
g. _____
you hungry? No, _____ hungry
h. _____
they at home?No, ______ at home.
i. ______
she going to school now?No, _____ going to school now.
2. Escreva as formas negativas e
interrogativas das frases a seguir.
a. I
am beautiful
b.
You
are my best friend.
c.
He is a very good actor.
d.
She is my cousin.
e.
It
is a smart dog.
f.
We
are English teachers.
g.
You
are good students.
h.
They
are ready?
Recursos:
quadro, giz e papel A4.
Aula3
Objetivos:
·
Aprimorar os conhecimentos da aula
anterior sobre gramática.
·
Ampliar a compreensão a respeito da
temática trabalhada.
Metodologia
Passo
1: Revisão do conteúdo passado na
aula anterior sobre o verbo To be.
Passo
2: Dividir os alunos em duplas.
Passo
3: Resolução da atividade avaliativa a seguir com base nos conhecimentos sobre
cidadania e coletividade.
1.
Responda de acordo com a figura, use a forma afirmativa, negativa e
interrogativa do verbo to be.
Is he a good citizen?
_________________
______________?
Yes, they are collective
people
Are
they citizens?
_____________
________________?
No, they
are not citizens
Is he a collective person?
____________________
Are
they citizens?
_______________
_______________?
Yes, he is
a good citizen
________________?
Yes, she is
a collective person.
Is he a collective person?
____________________
Recursos: Giz, quadro,
papel A4.
Aula
4
Objetivos:
·
Promover a interação e a coletividade
entre os alunos.
·
Desenvolver a escrita e a pronuncia do
inglês.
Metodologia:
Passo 1: Expor
frases (frases que já foram trabalhadas em aulas anteriores) embaralhadas no
quadro, os alunos deverão ir até o quadro com três jogadores;
Passo 2: Dividir
a sala em grupos para realização da atividade.
Passo 3:
Auxiliar no andamento do jogo.
Atividade:
·
Um dos jogadores estará vendado, o outro
colocará a frase na ordem correta com a ajuda do restante da equipe;
·
Um aluno deverá orientar quem está vendado,
dando as direções até o quadro e auxiliando na escrita;
·
O aluno vendado deverá escrever a frase
corretamente sem poder tirar a venda, somente com a ajuda de seus colegas.
·
Um deles pronunciará as palavras enquanto o
outro ajuda para que o colega escreva corretamente no quadro;
·
Quem acertar o maior número de frases e
trabalhar melhor em equipe será o ganhador.
Recursos:
Giz, quadro, venda e papel A4.
Aula 5
Objetivos
·
Expor o aprendizado referente as aulas
anteriores do plano.
·
Coletividade entre os alunos para
realização da atividade.
Metodologia:
Passo
1: Dividir a sala em grupos.
Passo
2: Entrega do material para efetuar a atividade.
Passo
3: Auxiliar os alunos na escrita e no desenvolvimento dos cartazes.
Passo
4: Exposição dos cartazes.
·
Elaboração de cartazes para fixar na
escola com exemplos (desenhos, gravuras) sobre as palavras-conceito trabalhadas
na primeira aula, escrevendo embaixo frases explicativas com o verbo to be.
Recursos:
Cartolina,
lápis de cor, canetinha e giz de cera.
Luiz
Eduardo Perek
Taís
Mikalski
Relato das observações e regências.
Observamos quatro
aulas, nas quartas- feiras no período da manhã; primeiro, segundo e quarto
horário, no Colégio Estadual Duque de Caxias sobre regência da professora
Cristiani Moraes Leandro Mollinari nos anos 6º, 7° e 3º E.M.R.
Verificamos que as
aulas eram realizadas a partir do livro didático, com uso do dicionário e as
correções dos exercícios eram feitas no quadro. Os alunos do 6º e 7º anos são
participativos e realizavam as atividades.
Durante a observação duas aulas foram utilizadas para avaliação na qual
os alunos tinham o auxilio do dicionário, porém alguns alunos apresentavam
dificuldades para resolver os exercícios; no 3º ano do E.M. a avaliação era
mais curta e descritiva e os alunos não eram participativos.
O tema do nosso projeto
abordou cidadania e coletividade foi um tema amplo que gerou muitas discussões
e participação dos alunos do 6º e 7º anos. No 3º ano apenas quatro alunos
estavam em sala de aula o tema foi discutido
de uma forma mais geral. Na semana
seguinte foi trabalhado a gramática nos 6º e 7º anos o verbo to be nas formas interrogativa e
negativa. No 3º ano foi necessário alterar a gramática, portanto foi trabalhado
o Simple Past.
Durante três quartas-
feiras (03, 10 e 24 do mês de maio) não foi possível atuarmos devido a
problemas pedagógicos não sendo possível finalizar nosso projeto até momento.
Resumo
expandido:
PIBID INGLÊS -
RELAÇÕES HUMANAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL
Luiz Eduardo Perek (PIBID
subprojeto Inglês Irati ), luizperek@hotmail.com,
Cristiane Malinoski Pianaro Angelo/ Ruth Mara Buffa, Universidade Estadual do
Centro- Oeste, DELET, Irati-PR
Taís Mikalski (PIBID subprojeto
Inglês Irati), taismikalski@hotmail.com,
Cristiane Malinoski Pianaro Angelo/ Ruth Mara Buffa, Universidade Estadual do
Centro- Oeste, DELET, Irati-PR
ÁREA DE SUBMISSÃO -
ENSINO
Palavras-chave
PIBID, cidadania, coletividade.
Resumo
O presente trabalho
relata as atividades desenvolvidas pelo PIBID Inglês no primeiro semestre,
quando foram trabalhadas cinco aulas planejadas para abordar o tema cidadania e
coletividade. O objetivo do projeto foi centrado nas relações sociais e
interação entre os alunos e professores durante o aprendizado da língua
inglesa, levando em consideração o contexto social dos alunos e ambiente
escolar no qual o plano foi executado.
Introdução
As atividades
relatadas aqui foram realizadas pelo PIBID Inglês no Colégio Duque de Caxias da
cidade de Irati- PR, nas turmas de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental e 3º ano
do Ensino Médio do período matutino, durante os meses de abril para observações
e maio e junho para regência. O tema abordado foi cidadania e coletividade,
sugerido pela professora coordenadora do subprojeto Inglês, Ruth Mara Buffa. As
aulas foram divididas em 5 aulas no 6º e 7º ano e 4 aulas no 3º ano. O assunto
gramatical abordou a forma negativa e interrogativa do verbo to be para o Ensino Fundamental e Simple Past no Ensino Médio.
Desse modo, pudemos
observar que os planos de ensino incentivaram a coletividade e cidadania por
parte dos alunos e desenvolveram a atividade coletiva na sala de aula.
Materiais e métodos
Durante a primeira
aula, iniciamos com uma conversação referente ao tema trabalhado, cidadania e
coletividade, para tomar ciência do conhecimento prévio dos alunos em relação
ao assunto. Expusemos as seguintes palavras: Cooperation, Sincerity, Pardon, Respect, Dialogue,
Solidarity, Do not attack, Goodness, Fraternity. Durante a aula
discutimos sobre as palavras com a colaboração dos alunos.
Na segunda aula no
Ensino Fundamental passamos as formas interrogativas e negativas do verbo to be e posteriormente passamos exercícios relacionados à gramática. No
Ensino Médio apresentamos as regras e formas estruturais do Simple Past da língua inglesa e
desenvolvemos exercícios associados ao tema.
Para a terceira aula
revisamos o conteúdo trabalhado na aula anterior e desenvolvemos uma atividade
avaliativa com base nos conhecimentos sobre cidadania e coletividade.
Na quarta aula do
plano aplicamos um jogo que desenvolveu a cidadania e coletividade entre os
alunos e explorou a gramática aplicada nas aulas anteriores.
Para encerrarmos as
atividades no âmbito escolar propusemos aos alunos do 6º e 7º ano a confecção
de cartazes referentes à temática do plano de ensino.
Resultados e
Discussão
O
plano de aula foi construído a partir do projeto que apresenta como tema
cidadania e coletividade, a fim de proporcionar a interação entre os alunos e a
Língua Inglesa e colaborar para a formação de sujeitos mais críticos, a partir
de trabalhos em grupos e discussões acerca do tema, o que ocorreu desde o
início.
A
segunda aula abordou a gramática e acabou fugindo do tema, porém foi importante
para a realização de atividades posteriores e para aprendizagem de regras,
apesar dessa fuga ao tema ter sido uma aula dinâmica e aberta para dúvidas.
Na
aula seguinte foram realizadas algumas atividades referentes ao tema, porém com
utilização da gramática o que tornou muito mais fácil a aprendizagem. Posteriormente
desenvolvemos uma atividade avaliativa sobre o tema.
Na
quarta aula realizamos um jogo que proporcionou a interação entre os alunos e
foi possível aplicar a gramática de maneira divertida e que englobasse o tema:
cidadania e coletividade.
Para
finalizarmos o projeto achamos interessante a confecção de cartazes a respeito
do tema o que incentivou a colaboração entre os alunos.
Os alunos tiveram um bom desempenho,
foram participativos e se interessaram pelo tema o que coincidiu com as nossas
expectativas.
Atividades gramáticais com a participação
dos alunos.
Confecção do cartaz.
Considerações Finais
Para trabalhar uma
temática como relações sociais é necessário conhecer a realidade dos alunos
- e o plano de aula trabalhado na sala
de aula proporcionou aos alunos novos conhecimentos gramaticais e
principalmente sociais. Os resultados forma os esperados, as aulas foram
desenvolvidas sem maiores dificuldades e a interação entre os alunos foi
proporcionada, um novo entendimento sobre cidadania e coletividade foi
explorado e bem recebido pelos estudantes.
Referências
RAMOS, R. A educação e o conhecimento: uma
abordagem complexa. Curitiba: UFPR, 2008
MARIOTTI,
Humberto. Complexidade e pensamento complexo. IN. As paixões do ego:
complexidade, política e solidariedade. São Paulo: Palas Athena, 2000.
SANTOS,
Akiko. Complexidade e transdisciplinaridade em educação: cinco princípios para
resgatar o elo perdido. Revista Brasileira de Educação, 2008.
BORGES, Elaine Ferreira do Vale. Um modelo caótico
de desenvolvimento reflexivo da profissionalidade de professores de línguas.
ReVEL, 2016
BOEIRA,
Sérgio Luís. Paradigma e complexidade: breve introdução.
KUMARAVADIVELU, B.
Understanding Language Teaching – From Method to Postmethod: Concepts and
Precepts. San Jose State University, 2006.
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Taís Mikalski
Resenha:
Complexidade e Teoria do Caos
A
complexidade é a multiplicidade e a relação dos infinitos sistemas e fenômenos
que constituem o mundo natural. Ela só pode ser conhecida a partir de um
pensamento flexível, ou seja, o pensamento complexo, que busca compreender as
mudanças que são constantes no mundo.
Primeiramente
percebemos o mundo depois a percepção cria sentimentos e emoções e logo após
são criados pensamentos que determinam o comportamento no dia-a-dia.
As inúmeras visões de
mundo sugerem acordos para que cheguemos a um consenso que tenha como principio
o respeito e a diversidade e para isso é necessário levar em conta alguns
parâmetros:
·
O reacional é resultado de nossas
emoções;
·
A cultura é a união de discursos que
definem o modo de viver;
·
Os consensos sociais resultam de
discursos;
·
Uma cultura que não desenvolve a
cidadania não cresce;
·
Tudo o que pensamos vem do que sentimos.
Assim podemos perceber
a importância da complementaridade entre os modelos linear e sistêmico, essa
sustentação de um e outro é o pensamento complexo.
O
pensamento complexo aceita o conhecimento de diversos conhecimento menores
como, por exemplo, o da dialética, construtivismo, fenomenologia etc. Segundo
Morin o paradigma da complexidade apresenta sete princípios:
O
sistêmico ou organizacional: liga o conhecimento
das partes ao conhecimento do todo;
O
hologramático: observa as partes estão no todo e
vice-versa;
Anel
retroativo: estipula-se que a causa age no efeito;
Anel
recursivo: estabelece que o produtor faz o produto;
Auto-eco-organização:
estipula as possibilidades dialógicas, que envolvem a autonomia e a
dependência;
O
dialógico: sustenta que os opostos, os diferentes dialogam na complexidade;
Reintrodução:
daquele que conhece em todo conhecimento como um processo que envolve o sujeito
e o objeto.
Os sete princípios são
agenciadores e agenciados em sua discursividade. É a transdisciplinariedade, que elimina
distâncias, barreiras e separações entre teóricos, disciplinas e conceitos.
O
conhecimento fragmentado, que se desenvolve através da organização social e
educacional, tem formado a maneira de pensar e ser dos sujeitos. A teoria da
complexidade e transdisciplinariedade propõem a superação do jeito de pensar
dicotômico das dualidades, baseada na ideia pregada por Descartes (1973) e provoca um modo de pensar assinalado pela
articulação, que compreende a subjetividade, a emoção, a articulação dos
saberes disciplinares e o contexto.
O
princípio da fragmentação congelou a subdivisão do conhecimento em áreas,
institutos e departamentos, cada um delimitado pelas demarcações
epistemológicas. Apesar de este princípio ter acumulado muito conhecimento a
relação deste conhecimento sugere mudanças e um princípio mais adequado. O que
apresentou mais aceitação é o holográfico, a soma das partes do conhecimento
não é suficiente para conhecer as propriedades do conjunto, pois o todo é maior
do que a soma das suas partes, quando se aprecia o todo perde as qualidades das
partes.
Segundo
David Bohm apud Santos (2008) um dos
problemas é fragmentar o mundo e ignorar a interligação dinâmica entre as
coisas, não levando em conta de que o universo é formado como um holograma. O
universo faz parte de um contínuo, que por conta da natureza ativa e dinâmica
recebe o nome de holomovimento.
A
contextualização é importante para explicar e dar sentido as partes
isoladamente. As partes precisam ser entendidas a partir se sua inter-relações
como a dinâmica do todo, essa integração apresenta a existência de diversos
níveis da realidade, ocasionando diferentes visões sobre a mesma realidade.
No
processo de aprendizagem a compreensão do significado de uma frase recorda,
imagens, sons, vivencias, conhecimentos adquiridos em diversas disciplinas,
momentos da vida, intuições, sensações, humores, sentimentos. Deixando de lado
a dinâmica de interação o professor prioriza algum conteúdo esperando que os
alunos absorvam por meio da memorização. O principio holográfico coloca os
professores em um dilema apresentado pelas estruturas disciplinares e
fragmentárias do ensino, então são obrigados a exercitarem na
transdisciplinariedade.
A
transdisciplinariedade significa não desobedecer a lógica da não contradição,
unindo os contrários: sujeito e objeto, subjetividade e objetividade, matéria e
consciência, simplicidade e complexidade, unidade e diversidade. Os temas
transversais utilizam essa lógica quando unem conhecimentos de diversas
disciplinas. Os temas transversais, tem em vista um tema social que ligam-se a
fronteiras epistemológicas de cada disciplina, proporcionando uma visão mais
significativa do conhecimento e da vida.
A
complexidade possui recursos teóricos e metodológicos para entendê-la como um
processo dialógico, que abriga a ordem e desordem. Proporciona a reflexão e uma
reavaliação do conhecimento como gerador de autoconhecimento.
A
formação de professores tem se baseado em diferentes vertentes. A compreensão
modificada a partir da base de conhecimento do professor e praticas pedagógicas
associadas a lingüistas aplicados e especialistas na área de ensino de língua
estrangeira, inserida na perspectiva da globalização que vê a segunda língua
como língua do comercio, de comunicação internacional.
A
formação de professores tendo um alicerce reflexivo são variadas, uma das mais
importantes concepções são os estudos de Smyth (1989) em que a reflexão deve de
formas de ação relacionadas ao ensino do professor na relação teoria e prática;
e Bartlett (1990)o professor reflexivo é aquele que avalia as origens,
propósitos e conseqüências do seu trabalho em todos as etapas; e de Wallace
(1991) apresenta três grandes modelos, mas o que apresenta a pratica reflexiva
é o modelo reflexivo que desenvolve a competência do profissional por meio da
reflexão teórica e prática. Os autores citados desenvolveram modelos diferentes
de ensino reflexivo que contribuem com trabalhos internacionais na instrução de
língua estrangeira.
O
modelo de um plano de aula ou sequência didática bem formado, que abrange
varias questões teóricas implícitas e explícitas previstas no desenvolvimento
de um aula. Isso pode ajudar no desenvolvimento de todas as etapas do processo
reflexivo, ocasionando mais dinamicidade e não linearidade do modelo.
O
modelo caótico de desenvolvimento reflexivo da profissionalidade de professores
de língua é construído por blocos: MAPEAR, INFORMAR, INTERROGAR, PERTURBAR,
AVALIAR, REDIRECIONAR, REALIMENTAR.
O
modelo relembra outras formas de ensino reflexivo já consolidadas na área,
inovando as questões na teoria geral de sistemas e na teoria do caos.
Referencias:
BORGES, E. F. V. Um modelo caótico de desenvolvimento
reflexivo da profissionalidade de professores de línguas. ReVEL, v. 14, n. 27,
2016.
BOEIRA, S.L. Paradigma e complexidade: Breve introdução.
MARIOTTI, H. Complexidade e pensamento complexo. Agosto 2016.
RAMOS, R. A educação e o conhecimento: uma abordagem
complexa. Educar, Curitiba, n 32, p. 75-86, 2008. Editora UFPR.
SANTOS, A. Complexidade e
transdisciplinariedade em educação: cinco princípios para resgatar o elo
perdido. Revista Brasileira de Educação, v.
13, n. 37, jan/abr.2008.
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