Resenha: How Languages are Learned
Acadêmico: Jeferson Cassio Seratto
1-Learning a first language
O livro inicia falando sobre a
incrível habilidade dos seres humanos em aprender uma língua, fato esse que atrai a
atenção de lingüistas e psicólogos.
Nesse capítulo o livro irá
ilustrar várias teorias acerca de como a linguagem é adquirida. Três posições
teóricas serão discutidas dessa vez: A behaviorista, a inatista e a interacionista.
O tradicional modelo behaviorista
acredita que a linguagem é uma simples forma de imitação e formação de hábitos.
A criança imita os sons e padrões que ouve ao seu redor e recebe reforço
positivo por fazer aquilo, ela é encorajada pelo ambiente a imitar até que esse
hábito se transforme no correto uso da linguagem. Segundo essa visão a qualidade e quantidade de línguas que a
criança ouve é o que a definirá o seu sucesso no aprendizado da linguagem.
O modelo behaviorista vê a
imitação e prática como processo primário no processo de desenvolvimento da
linguagem. Esses dois termos serão exemplificados a seguir.
Imitação: Palavra por palavra
repetida da totalidade do enunciado da outra pessoa.
Mãe: Você gostaria de pão com
manteiga de amendoim?
Katie: Pão e manteiga de amendoim
Prática: Manipulação repetitiva
da forma.
Michel: Eu posso manusear isso.
Hannah pode manusear isso. Nós podemos manusear isso.
No livro aparecem diálogos para
exemplificar os termos citados, aqui só será apresentada a sua explicação
enumerada de acordo com que aparece no texto:
Diálogo 1: Mostra uma criança Peter
repetindo algumas palavras proferidas por seus pais, esse diálogo serve pra
evidenciar que nesse processo de aprendizado a criança não repete qualquer
palavra, mas sim aquelas que ela ainda não conhece para fixá-las no seu
sistemas de linguagem, mostrando que essa escolha é baseada em algo que a
própria criança já sabe.
Diálogo 2: mostra a aquisição da linguagem por outra
criança, Cindy. Ela pratica novas estruturas do mesmo jeito que às vezes a faz
parecer com um estudante em uma aula de língua estrangeira. Cindy diz ‘ Ele
come cenouras. O outro come cenouras. Ambos comem cenouras’. De qualquer forma deve-se
ressaltar: não são todas as crianças que
da mesma maneira praticam como nos exemplos, e Cindy está praticando mais aqui que em outras
amostras de sua fala.
Essas amostras de fala de Peter e
Cindy podem ser vistas como um suporte para o modelo behaviorista de aquisição.
Mas só imitação e prática não dão conta de como essas crianças aprendem todos
os aspectos de sua língua nativa. Além do mais, nós precisamos levar em conta
que crianças em normal desenvolvimento de linguagem raramente imitam e praticam
como Peter e Cindy fazem nesses exemplos.
No diálogo 3, como Cindy,
Katherine às vezes repete ela mesma, mas raramente imitas outros falantes. Em
vez, ela responde a perguntas ou coloca-as. Ela também discorre sobre questões
ou afirmações de outros falantes.
A seguir no texto são mostrados exemplos de outras crianças das
qual a imitação não parece estar envolvida, nesses exemplos é evidenciada a
habilidade e criatividade das crianças ao criar uma sentença. Nela são
mostrados muitos erros que as crianças cometem na aquisição da linguagem, os
quais imitação e prática sozinhas não conseguiriam explicar, pois muitos desses
erros são inventados pelas crianças e não proferidos por adultos e depois
imitados por ela, são casos de total criação.
A aquisição behaviorista oferece um jeito
razoável de entender como a criança aprende
alguns dos aspectos regulares e de
rotina da linguagem. No entanto aquisição
das estruturas gramaticais mais complexas
requer um tipo diferente de explicação, veremos abaixo uma proposta que vai
além da behaviorista.
O lingüista Noam Chomsky afirma
que as crianças nascem biologicamente programadas para linguagem e para ele a
linguagem se desenvolve na criança do
mesmo jeito que as outras funções se desenvolvem. O ambiente faz uma
contribuição básica nesse desenvolvimento, nesse caso, a disponibilidade da
pessoa que fala com a criança, então o seu dom biológico faz o resto. Essa é a
proposta do modelo inatista, em contrapartida a teoria do desenvolvimento
através da imitação e hábito da teoria behaviorista.
Chomsky afirma que o modelo
behaviorista falha ao reconhecer o que vem a ser chamado de ‘problema lógico de
aquisição da linguagem’. O qual se refere ao fato da criança saber mais sobre a
estrutura de sua língua do que é exposta a aprender através das amostras
apresentadas no ambiente. De acordo com o lingüista as informações que a
criança recebe do ambiente são muito
confusas, como sentenças incompletas ou lapsas da língua. Para ele as crianças
nascem com uma habilidade especial que faz com que descubram por eles mesmos as
regras fundamentais do sistema da linguagem.
Chomsky originalmente se referia
a essa habilidade especial como sendo baseada no dispositivo de aquisição da
linguagem (language acquisition device) (LAD). Esse dispositivo é imaginado como uma caixa
preta que contém os princípios universais para todas as línguas. Para o LAD
funcionar é necessário uma amostra da língua natural da criança, que
serve como gatilho. Só quando ativado a criança está apta a aprender as
estruturas da língua.
Nos escritos recentes Chomsky e
seus seguidores não usam mais o termo LAD, mas se referem a esse dom inato como
Gramática Universal ( Universal Grammar) (UG). UG é considerada por conter um
conjunto de princípios que são comuns em todas as línguas. O lingüista
considera as diferenças no ambiente como
fator que diferencia o tempo de aquisição de algumas crianças, embora a maioria
aprenda no mesmo tempo e do mesmo jeito, o que não é diferente de como a
criança aprende a caminhar.
As idéias de Chomsky são
compatíveis coma as do biólogo Eric Lenneberg que também compara a aprendizagem
de falar com a aprendizagem de caminhar.
Lenneberg argumenta que o
dispositivo de aquisição como qualquer outra função biológica só pode ser
estimulada no tempo certo, esse tempo é referido como hipótese do período
critico (critical period hypothesis)
(CPH). Existem duas versões sobre o CPH. A forte diz que a criança precisa
adquirir sua primeira linguagem pela puberdade, senão nunca será apto para
aprender uma exposição subseqüente. A versão fraca diz que a linguagem é
aprendida com mais dificuldade e de forma incompleta após a puberdade.
É compreensivo que haja
dificuldade em se encontrar evidências para provar a hipótese do período
crítico, sendo que as crianças são
normalmente expostas à linguagem desde muito cedo. Mas de qualquer forma, foram documentadas algumas ‘experiências
naturais’ de crianças que não tiveram nenhum contato com a linguagem. Um dos
casos mais famosos é de uma criança francesa selvagem chamada Victor, ele tinha
12 anos e foi encontrado vagando pelado nas florestas de Averyon na França em
1799. Foi sucedido pelo jovem doutor
Jean Marc-Gaspard Itard até certo ponto a desenvolver sua sociabilidade,
memória e juízo. O doutor se dedicou a 5
anos ensinando sua língua a Vitor, que
só aprendeu duas palavras.
Outro caso famoso de uma criança
que não aprendeu a língua nos seus primeiros anos foi Genie. Foi descoberta em
1970, uma garota de 13 anos e meio que cresceu quase que completamente isolada, abusada desde que tinha apenas 20 meses. Por
causa de seu pai perturbado e o medo da sua mãe abusada, passou mais de 11 anos atada a uma cadeira em
quarto escuro, lá não podia falar com a mãe ou com o irmão, que foram proibidos
de manter contato com Genie. Quando ela era espancada emitia um tipo de ruído
que depois era seguido por um longo tempo de silêncio. A menina se tornou
insociável, primitiva e mal desenvolvida psicologicamente, emocionalmente e
intelectualmente. È claro que Genie não sabia falar.
Depois de descoberta, Genie foi
sucedida a uma educação normal com a participação
de muitos professores e terapeutas, foi
adotada por um amável lar onde obteve avanços em sua sociabilidade e cognição,
adquiriu gostos e traços próprios. Depois de 5 anos de exposição a língua, Genie adquiriu um sistema de língua
elaborado, mas continha características anormais, características essas
exibidas em adultos com danos cerebrais.
Esses dois casos servem pra
sustentar a teoria do período crítico, o
caso de Victor serve pra sustentar a versão forte enquanto o de Genie fraca.
Outras experiências servem para sustentar
a hipótese do período crítico, como o
caso da pesquisadora Elissa Newport e
seus colegas, que têm estudado surdos
usuários da Linguagem Americana de Sinais
(American Sign Language) (ASL) que adquirem essa linguagem em diferentes
idades. Nos estudos foram vistos que há três tipos de usuários: Os Native
signers são expostos à linguagem desde o
nascimento, os Early Learners são os que a primeira exposição ao ASL começa aos quatro a seis anos na escola, por último os Late
Learners são os que vêm a ter contato
com o ASL depois dos vinte anos.
Os pesquisadores buscavam
encontrar uma diferença entre os três
tipos de usuários do ASL. Os resultados da pesquisa mostraram certo padrão. Na
ordem das palavras não havia diferenças entre os grupos, mas os testes
gramaticais mostraram que os Native Signers superaram os Early Learners que
acabaram por superar os Late Learners. Os Native Signers testavam altamente
consistentes no uso gramatical das formas. Os pesquisadores concluíram que seus
estudos deram apoio à hipótese do período crítico na aquisição da primeira linguagem.
A terceira posição teórica abordada
foca na função do ambiente lingüístico e sua relação com a capacidade inata da
criança para o desenvolvimento da linguagem. Diferente da inatista, afirma que
o fato de se modificar a linguagem para
se adequar à capacidade do aprendiz é um crucial elemento no processo de
aquisição da língua.
Muitos pesquisadores da
perspectiva interacionista têm estudado a fala dirigida às crianças. Essa fala
distinta é conhecida como Caretaker
talk, que é a forma que os adultos usam ao abordar uma criança,
modificando o jeito de falar.
Conversando de maneira mais pausada, entonação variada, frases curtas, etc. É visto que os temas das
conversas são limitados a um ambiente imediato da criança, o aqui e agora.
È difícil julgar a
importância das modificações que os
adultos fazem ao falar com as crianças. E para os interacionistas é importante
essa troca de idéias nas qual o adulto responde intuitivamente respondendo no
mesmo nível da linguagem em que a criança é capaz de processar.
Nesse capítulo foram vistas três
diferentes teorias da aquisição da linguagem, cada uma pôde ser corroborada com
uma evidência.
Um jeito de conciliar as explicações
behaviorista, inatista e interacionista é ver que cada uma delas pode explicar
um aspecto do desenvolvimento da linguagem das crianças.
No capítulo 2 começaremos a olhar
a aquisição da segunda língua em crianças e aprendizes mais velhos. Veremos que muitas dúvidas levantadas nesse capítulo serão
importantes para discutir como a aquisição da segunda língua acontece.
2 Theories of second language learning
Nesse capítulo será visto as
teorias acerca da aquisição da segunda linguagem (second language
aquisition) (SLA) e a relação com as
teorias propostas nos primeiro capítulo.
Algumas teorias darão destaque às
características inatas na aquisição e outras ao fator ambiente, ainda outras
que integraram as características inatas
e o ambiente para explicar como a segunda língua é adquirida tomam lugar.
È claro que um adulto ou criança
adquirindo uma nova linguagem é diferente de uma criança aprendendo à primeira
lingua. Também é visto que a aquisição de uma segunda linguagem pode ser
diferente de outra. Os perfis dos aprendizes devem ser levados em conta na hora
de aprender, como por exemplo, uma criança aprendendo um idioma com seus
colegas bilíngües, um adolescente em uma classe de língua estrangeira e um
adulto aprendendo em seu cotidiano.
Todo o aprendiz de um segundo
idioma sabe pelo menos uma outra língua, consequentemente isso pode ajudá-lo na
hora de aprender a nova linguagem, pois o mesmo já tem uma noção de como ela
funciona. Porém também pode levá-lo a ocasionar
erros que não eram vistos na aquisição da outra, como por exemplo, a coerência
de uma frase e suas estruturas lingüísticas, os aprendizes também cometem
erros devido à achismos que venham a ter
devido ao conhecimento do outro idioma.
Os aprendizes mais novos têm o
desafio de aprender sem as habilidades e sem os conhecimentos que um aprendiz mais velho tem. Mas os
pequenos levam vantagem por aprenderem
de forma mais natural, devido ao fato de serem geralmente expostas ao segundo
idioma por um período maior de tempo, vindo a falar quando se sentirem a
vontade. Já os aprendizes adolescentes e adultos são forçados a por em prática
o uso da segunda língua, em entrevistas de emprego ou até em determinados
testes para certos cursos.
De acordo com psicólogos
cognitivistas a aquisição da segunda língua é vista como a construção de um
sistema de conhecimento, do qual pode eventualmente ser chamado de fala e compreensão.
Primeiro os aprendizes tem que prestar atenção no aspecto da língua do qual
eles estão tentando entender ou produzir. Gradualmente, através da experiência e prática
é que vão estar capazes de utilizar algumass peças de seu conhecimento tão rápido e automaticamente que nem vão
perceber que já estão falando. Recentemente os psicólogos também vêm estudando
um fenômeno do qual eles chamam de reestruturação, que se refere à observação
de que em alguns momentos as coisas da
qual nós sabemos e usamos automaticamente podem não ser em termos de acumulação
gradual de prática. Eles parecem mais se
basear na interação do conhecimento que já conhecemos ou na aquisição de
conhecimento novo, do qual sem extensa prática, pode
levar de fato a reestruturar o sistema. Isso pode levar a um aumento de
progresso muito grande por parte do aluno, mas também pode levar a uma
regressão por parte de ele incorporar muita informação ou muita informação
errada e o que conhecemos pode ir desaparecendo aos poucos.
Chomsky não discutiu suas
implicações da teoria inatista no
aprendizado da segunda lingua, mas outros
propõem uma visão baseada na de Chomsky para o aprendizado da primeira língua comparando
com o aprendizado de um segundo idioma. A teoria às vezes chamada de hipótese
da construção criativa (creative construction hypothesis) acredita que os
aprendizes são levados a construir representações internas da língua a
ser aprendida. Uns costumam pensar que essas representações internas são como
imagens mentais do idioma alvo. Segundo essa visão os aprendizes cometem os
maiores erros em relação a ordenar as frases e em suas estruturas. Essa
hipótese também diz que a produção oral e escrita do aprendiz produz é
essencial, mas só até certo ponto, para servir de treino para o aluno, até que tenha que botar
realmente em prática seu conhecimento.
A teoria da construção criativa,
que é a mais importante sobre a prática do ensino na aquisição da segunda
língua foi proposta por Stephen Krashen.
Segundo Krashen, existem 5
hipóteses centrais a consistem:
1 - Hipótese da aquisição da língua (The aquisition-learning
hyphotesis): Diz que só existem duas formas de um adulto aprender uma
segunda língua, ‘aprende - lá’ que seria em uma sala de aula, onde seriam lhe
apresentadas suas regras e estrutura, ou ‘adquiri-la’ que seria através da
prática, utilizando-a em seu meio com conversas fluentes.
2 - Hipótese do monitoramento (the monitor hyphotesis): Nessa
hipótese Krashen diz que o sistema adquirido é o que age no aprendiz durante a
fala, servindo de forma intuitiva sobre o que está ocorrendo na língua, já o
sistema de aprendizado servindo apenas como um monitor, ajustando o que o
sistema de aquisição produziu. Krashen fala que três condições são necessárias,
sendo elas o tempo suficiente, foco no formato ou forma e conhecer as regras da
língua. Reforça que o principal fator a se dar atenção na hora de se ensinar
uma língua é a comunicação.
3- Hipótese de ordem natural (The natural order hyphotesis): Nessa
Krashen fala a respeito das regras serem parte da sequência natural do
aprendizado, o que não quer dizer que elas vêm por primeiro, ao contrário da
intuição, as regras são parte da orem
natural e a pessoas irá aprender ao decorrer do tempo independentemente da
língua em questão.
4-Regra da absorção (the imput hyphotesis): Diz que o a aquisição
da língua ocorre apenas de uma maneira: através de uma absorção da qual nós
pegamos a mensagem que nos está sendo enviada e suas regras, ainda
incompreensíveis, e adquirimos um novo conhecimento.
5-Hipótese do filtro afetivo ( the affective filter hyphotesis): O
filtro afetivo é tratado como barreira na hora da aquisição, engloba os estados
emocionais no ato de aprender a nova língua, pois se o aprendiz estiver tenso
ou bravo, isso serve como um empecilho na aquisição. Já se o aprendiz estiver
mais calmo e relaxado seu nível do filtro afetivo fica baixo e ele aprende com
mais facilidade.
Por último se tem a visão
interacionista a respeito da aquisição do novo idioma. Os estudiosos
interacionistas como Michael Long, concordam com Krashen na questão
de que é necessária essa imposição compreensível da língua para seu aprendizado,
entretanto focam mais em como essa imposição será colocada, dando mais
importância da interação falante nativo
com o não nativo como principal mecanismo na aquisição da nova língua.
3- Factors affecting
second language learning:
No capítulo 1 foi apontado que
qualquer criança tem a capacidade de adquirir com sucesso sua primeira língua. Isso
contrasta com nossa experiência dos aprendizes de segunda língua, que variam
muito em suas habilidades de aquisição do novo idioma.
Muitos linguistas acreditam que os aprendizes
têm certas características que definem se terão ou não sucesso no aprendizado
da nova língua. Como por exemplo, um estudante mais extrovertido que interage
sem inibição na sua segunda língua encontrará mais oportunidades para praticar
as habilidades aprendidas até então e será um mais bem sucedido aprendiz.
Há cinco fatores que influenciam
no aprendizado da nova língua, entre
eles estão:
A inteligência que é uma boa maneira de medir o sucesso do
aprendizado da nova língua, além disso, certas pesquisas indicam que ela é até
mais importante do que outros fatores relacionados à aquisição. Em alguns
estudos ela é relacionada com o desempenho ligado a leitura e escrita, mas não
a compreensão auditiva e fala.
A aptidão é o fator que indica se
o estudante irá ter um bom
desenvolvimento na nova língua do que outros, mas é comprovado que todo ser
humano tem essa habilidade, embora alguns em maior e outros em menor grau.
As atitudes e motivações
positivas, segundo um grande número de estudos também tem relação com o
aprendizado do novo idioma, porém essas pesquisas não conseguiram provar
precisamente até onde vai essa relação.
Outro fator importante é se ter
personalidade para se ter um melhor desenvolvimento na aquisição da nova língua,
embora não seja fácil mostrar seus efeitos através dos estudos empíricos,
características da personalidade como auto-estima, empatia e simpatia foram
estudas, mas não mostraram sua real contribuição no aprendizado, embora eles
existam.
O estilo de aprendizado é um dos
fatores mais importantes devido ao fato de cada estudante ter seu tempo na hora
de aprender alguma coisa além da e da variedade em como cada um assimila a
informação. Então o meio em que o aluno está inserido pra aprender é o que dará
suporte a maneira como vai desenvolver suas habilidades.
Essas habilidades podem diferir
de um aprendiz a outro, mas deve-se reforçar que todos podem aprender, sabendo
adequar suas habilidades e aptidões, é o que de fato vai fazer com que a pessoa
tenha sucesso ou não.
4-Learner Language
Nesse capítulo serão examinados
os tipos de erros dos alunos e discutidas as semelhanças e diferenças, que
podem mostrar ao contrário do que muitos
pensam que às vezes certos erros de pronúncia ou escrita podem até estar beneficiando no seu progresso. Esse
conhecimento de como o aluno aprende a segunda língua pode ajudar o professor a
melhorar seu desempenho em sala de aula.
Um erro que pode em determinado
casos indicar progresso são na utilização dos verbos irregulares. Os aprendizes
geralmente aprendem as formas irregulares do pretérito depois de aprenderem o passado simples regular, marcado pelo
prefixo -ed no
final da palavra. Alguns alunos podem dizer ‘I buyed a new game’ mas quem tem
um conhecimento de inglês sabe que o certo seria ‘I bought a new game’, isso
não significaria que esse erro torna a pessoa menos apta, mas mostra que ela
tem conhecimentos sobre as regras da língua, pois se confundiu e usou o prefixo
-e comumente usado no passado simples.
Um aspecto importante e
semelhante entre o aprender a primeira
língua em comparação com o aprendizado da segunda, é que os pesquisadores
observaram que se adquirem algumas regras internas, que podem interferir de
forma positiva ou nem tanto nessa aquisição.
Como visto no capítulo 1, as
crianças que estão em processo de aquisição da língua mãe não reproduzem
obviamente de forma exata o que é falado pelos adultos, mas isso não significa
que elas estejam erradas, pois sua forma de falar é definida pelos linguistas
como o seu próprio sistema. Isso também pode ser levado em conta quando um
aprendiz de língua estrangeira está em estado de aquisição, pois quando cometem
erros também estão reproduzindo o seu próprio sistema de língua.
Esses erros são muito comuns, pois resultam do
convívio do estudante com sua primeira língua, mas não devem ser tratados de
forma negativa pois fazem parte do autodescobrimento do aluno nesse novo
idioma.