domingo, 22 de março de 2015
                         

Resenha: How  Languages are Learned

Acadêmico: Jeferson Cassio Seratto    

1-Learning a first language
O livro inicia falando sobre a incrível habilidade dos seres humanos em  aprender uma língua, fato esse que atrai a atenção de lingüistas e  psicólogos.
Nesse capítulo o livro irá ilustrar várias teorias acerca de como a linguagem é adquirida. Três posições teóricas serão discutidas dessa vez: A behaviorista,  a inatista e a interacionista.

O tradicional modelo behaviorista acredita que a linguagem é uma simples forma de imitação e formação de hábitos. A criança imita os sons e padrões que ouve ao seu redor e recebe reforço positivo por fazer aquilo, ela é encorajada pelo ambiente a imitar até que esse hábito se transforme no correto uso da linguagem. Segundo essa visão a  qualidade e quantidade de línguas que a criança ouve é o que a definirá o seu sucesso no aprendizado da linguagem.
O modelo behaviorista vê a imitação e prática como processo primário no processo de desenvolvimento da linguagem. Esses dois termos serão exemplificados a seguir.

Rabiscos, Escrito, Estudante, Escrever, DesenharImitação: Palavra por palavra repetida da totalidade do enunciado da outra pessoa.
Mãe: Você gostaria de pão com manteiga de amendoim?
Katie: Pão e manteiga de amendoim

Prática: Manipulação repetitiva da forma.
Michel: Eu posso manusear isso. Hannah pode manusear isso. Nós podemos manusear isso.

No livro aparecem diálogos para exemplificar os termos citados, aqui só será apresentada a sua explicação enumerada de acordo com que aparece no texto:

Diálogo 1: Mostra uma criança Peter repetindo algumas palavras proferidas por seus pais, esse diálogo serve pra evidenciar que nesse processo de aprendizado a criança não repete qualquer palavra, mas sim aquelas que ela ainda não conhece para fixá-las no seu sistemas de linguagem, mostrando que essa escolha é baseada em algo que a própria criança já sabe.
Diálogo 2:  mostra a aquisição da linguagem por outra criança, Cindy. Ela pratica novas estruturas do mesmo jeito que às vezes a faz parecer com um estudante em uma aula de língua estrangeira. Cindy diz ‘ Ele come cenouras. O outro come cenouras. Ambos comem cenouras’. De qualquer forma deve-se ressaltar:  não são todas as crianças que da mesma maneira praticam como nos exemplos, e Cindy  está praticando mais aqui que em outras amostras de sua fala.
Essas amostras de fala de Peter e Cindy podem ser vistas como um suporte para o modelo behaviorista de aquisição. Mas só imitação e prática não dão conta de como essas crianças aprendem todos os aspectos de sua língua nativa. Além do mais, nós precisamos levar em conta que crianças em normal desenvolvimento de linguagem raramente imitam e praticam como Peter e Cindy fazem nesses exemplos.
No diálogo 3, como Cindy, Katherine às vezes repete ela mesma, mas raramente imitas outros falantes. Em vez, ela responde a perguntas ou coloca-as. Ela também discorre sobre questões ou afirmações de outros falantes.

A seguir no texto  são mostrados exemplos de outras crianças das qual a imitação não parece estar envolvida, nesses exemplos é evidenciada a habilidade e criatividade das crianças ao criar uma sentença. Nela são mostrados muitos erros que as crianças cometem na aquisição da linguagem, os quais imitação e prática sozinhas não conseguiriam explicar, pois muitos desses erros são inventados pelas crianças e não proferidos por adultos e depois imitados por ela, são casos de total criação.
 A aquisição behaviorista oferece um jeito razoável  de entender como a criança aprende alguns dos  aspectos regulares e de rotina da linguagem. No entanto  aquisição das estruturas gramaticais mais  complexas requer um tipo diferente de explicação, veremos abaixo uma proposta que vai além da behaviorista.

O lingüista Noam Chomsky afirma que as crianças nascem biologicamente programadas para linguagem e para ele a linguagem  se desenvolve na criança do mesmo jeito que as outras funções se desenvolvem. O ambiente faz uma contribuição básica nesse desenvolvimento, nesse caso, a disponibilidade da pessoa que fala com a criança, então o seu dom biológico faz o resto. Essa é a proposta do modelo inatista, em contrapartida a teoria do desenvolvimento através da imitação e hábito da teoria behaviorista.

Chomsky afirma que o modelo behaviorista falha ao reconhecer o que vem a ser chamado de ‘problema lógico de aquisição da linguagem’. O qual se refere ao fato da criança saber mais sobre a estrutura de sua língua do que é exposta a aprender através das amostras apresentadas no ambiente. De acordo com o lingüista as informações que a criança recebe do  ambiente são muito confusas, como sentenças incompletas ou lapsas da língua. Para ele as crianças nascem com uma habilidade especial que faz com que descubram por eles mesmos as regras fundamentais do sistema da linguagem.
Chomsky originalmente se referia a essa habilidade especial como sendo baseada no dispositivo de aquisição da linguagem (language acquisition device) (LAD).  Esse dispositivo é imaginado como uma caixa preta que contém os princípios universais para todas as línguas. Para o  LAD  funcionar é necessário uma amostra da língua natural da criança, que serve como gatilho. Só quando ativado a criança está apta a aprender as estruturas da língua.

Nos escritos recentes Chomsky e seus seguidores não usam mais o termo LAD, mas se referem a esse dom inato como Gramática Universal ( Universal Grammar) (UG). UG é considerada por conter um conjunto de princípios que são comuns em todas as línguas. O lingüista considera as diferenças no  ambiente como fator que diferencia o tempo de aquisição de algumas crianças, embora a maioria aprenda no mesmo tempo e do mesmo jeito, o que não é diferente de como a criança aprende a caminhar.
 As idéias de Chomsky são compatíveis coma as do biólogo Eric Lenneberg que também compara a aprendizagem de falar com a aprendizagem de caminhar.
Lenneberg argumenta que o dispositivo de aquisição como qualquer outra função biológica só pode ser estimulada no tempo certo, esse tempo é referido como hipótese do período critico (critical period  hypothesis) (CPH). Existem duas versões sobre o CPH. A forte diz que a criança precisa adquirir sua primeira linguagem pela puberdade, senão nunca será apto para aprender uma exposição subseqüente. A versão fraca diz que a linguagem é aprendida com mais dificuldade e de forma incompleta após a puberdade.


É compreensivo que haja dificuldade em se encontrar evidências para provar a hipótese do período crítico,  sendo que as crianças são normalmente expostas à linguagem desde muito cedo. Mas de qualquer forma,  foram documentadas algumas ‘experiências naturais’ de crianças que não tiveram nenhum contato com a linguagem. Um dos casos mais famosos é de uma criança francesa selvagem chamada Victor, ele tinha 12 anos e foi encontrado vagando pelado nas florestas de Averyon na França em 1799.  Foi sucedido pelo jovem doutor Jean Marc-Gaspard Itard até certo ponto a desenvolver sua sociabilidade, memória e juízo. O doutor se dedicou a  5 anos ensinando sua língua  a Vitor, que só aprendeu duas palavras.  
Outro caso famoso de uma criança que não aprendeu a língua nos seus primeiros anos foi Genie. Foi descoberta em 1970, uma garota de 13 anos e meio que cresceu quase que completamente isolada,  abusada desde que tinha apenas 20 meses. Por causa de seu pai perturbado e o medo da sua mãe abusada,  passou mais de 11 anos atada a uma cadeira em quarto escuro, lá não podia falar com a mãe ou com o irmão, que foram proibidos de manter contato com Genie. Quando ela era espancada emitia um tipo de ruído que depois era seguido por um longo tempo de silêncio. A menina se tornou insociável, primitiva e mal desenvolvida psicologicamente, emocionalmente e intelectualmente. È claro que Genie não sabia falar.
Depois de descoberta, Genie foi sucedida a uma educação normal  com a participação de muitos professores e terapeutas,  foi adotada por um amável lar onde obteve avanços em sua sociabilidade e cognição, adquiriu gostos e traços próprios. Depois de 5 anos de exposição a  língua, Genie adquiriu um sistema de língua elaborado, mas continha características anormais, características essas exibidas em adultos com danos cerebrais.
Esses dois casos servem pra sustentar a teoria do período crítico,  o caso de Victor serve pra sustentar a versão forte  enquanto o de Genie  fraca.

Outras experiências servem para sustentar a  hipótese do período crítico, como o caso da pesquisadora Elissa Newport  e seus colegas, que  têm estudado surdos usuários da Linguagem Americana de Sinais  (American Sign Language) (ASL) que adquirem essa linguagem em diferentes idades. Nos estudos foram vistos que há três tipos de usuários: Os Native signers  são expostos à linguagem desde o nascimento, os Early Learners são os que  a primeira exposição ao ASL começa aos  quatro a seis anos na escola, por último os Late Learners  são os que vêm a ter contato com o ASL depois dos vinte anos.
Os pesquisadores buscavam encontrar uma diferença  entre os três tipos de usuários do ASL. Os resultados da pesquisa mostraram certo padrão. Na ordem das palavras não havia diferenças entre os grupos, mas os testes gramaticais mostraram que os Native Signers superaram os Early Learners que acabaram por superar os Late Learners. Os Native Signers testavam altamente consistentes no uso gramatical das formas. Os pesquisadores concluíram que seus estudos deram apoio à hipótese do período crítico na aquisição  da primeira linguagem.

A terceira posição teórica abordada foca na função do ambiente lingüístico e sua relação com a capacidade inata da criança para o desenvolvimento da linguagem. Diferente da inatista, afirma que o fato de se modificar a  linguagem para se adequar à capacidade do aprendiz é um crucial elemento no processo de aquisição da língua.



Muitos pesquisadores da perspectiva interacionista têm estudado a fala dirigida às crianças. Essa fala distinta é conhecida  como Caretaker talk, que é a forma que os adultos usam ao abordar uma criança, modificando  o jeito de falar. Conversando de maneira mais pausada, entonação variada,  frases curtas, etc. É visto que os temas das conversas são limitados a um ambiente imediato da  criança, o aqui e agora.
È difícil julgar a importância  das modificações que os adultos fazem ao falar com as crianças. E para os interacionistas é importante essa troca de idéias nas qual o adulto responde intuitivamente respondendo no mesmo nível da linguagem em que a criança é capaz de processar.

Nesse capítulo foram vistas três diferentes teorias da aquisição da linguagem, cada uma pôde ser corroborada com uma evidência.
Um jeito de conciliar as explicações behaviorista, inatista e interacionista é ver que cada uma delas pode explicar um aspecto do desenvolvimento da linguagem das crianças.
No capítulo 2 começaremos a olhar a aquisição da segunda língua em crianças  e aprendizes mais velhos. Veremos que  muitas dúvidas levantadas nesse capítulo serão importantes para discutir como a aquisição da segunda língua acontece.

2 Theories of second language learning

Nesse capítulo será visto as teorias acerca da aquisição da segunda linguagem (second language aquisition)  (SLA) e a relação com as teorias propostas nos primeiro capítulo.
Algumas teorias darão destaque às características inatas na aquisição e outras ao fator ambiente, ainda outras que  integraram as características inatas e o ambiente para explicar como a segunda língua é adquirida tomam lugar.
È claro que um adulto ou criança adquirindo uma nova linguagem é diferente de uma criança aprendendo à primeira lingua. Também é visto que a aquisição de uma segunda linguagem pode ser diferente de outra. Os perfis dos aprendizes devem ser levados em conta na hora de aprender, como por exemplo, uma criança aprendendo um idioma com seus colegas bilíngües, um adolescente em uma classe de língua estrangeira e um adulto aprendendo em seu cotidiano.

Todo o aprendiz de um segundo idioma sabe pelo menos uma outra língua, consequentemente isso pode ajudá-lo na hora de aprender a nova linguagem, pois o mesmo já tem uma noção de como ela funciona. Porém  também pode levá-lo a ocasionar erros que não eram vistos na aquisição da outra, como por exemplo, a coerência de uma frase e suas estruturas lingüísticas, os aprendizes também cometem erros  devido à achismos que venham a ter devido ao conhecimento do outro idioma.
Os aprendizes mais novos têm o desafio de aprender sem as habilidades e sem os conhecimentos  que um aprendiz mais velho tem. Mas os pequenos  levam vantagem por aprenderem de forma mais natural, devido ao fato de serem geralmente expostas ao segundo idioma por um período maior de tempo, vindo a falar quando se sentirem a vontade. Já os aprendizes adolescentes e adultos são forçados a por em prática o uso da segunda língua, em entrevistas de emprego ou até em determinados testes para certos cursos.

De acordo com psicólogos cognitivistas a aquisição da segunda língua é vista como a construção de um sistema de conhecimento, do qual pode eventualmente ser chamado de fala e compreensão. Primeiro os aprendizes tem que prestar atenção no aspecto da língua do qual eles estão tentando entender ou produzir.  Gradualmente, através da experiência e prática é que vão estar capazes de utilizar algumass peças  de seu conhecimento  tão rápido e automaticamente que nem vão perceber que já estão falando. Recentemente os psicólogos também vêm estudando um fenômeno do qual eles chamam de reestruturação, que se refere à observação de que em alguns momentos  as coisas da qual nós sabemos e usamos automaticamente podem não ser em termos de acumulação gradual de prática.  Eles parecem mais se basear na interação do conhecimento que já conhecemos ou na aquisição de conhecimento novo, do qual sem extensa prática,   pode levar de fato a reestruturar o sistema. Isso pode levar a um aumento de progresso muito grande por parte do aluno, mas também pode levar a uma regressão por parte de ele incorporar muita informação ou muita informação errada e o que conhecemos pode ir desaparecendo aos poucos.

Chomsky não discutiu suas implicações da  teoria inatista no aprendizado da segunda lingua, mas  outros propõem uma visão baseada na de Chomsky para o aprendizado da primeira língua comparando com o aprendizado de um segundo idioma. A teoria às vezes chamada de hipótese da construção criativa (creative construction hypothesis) acredita que os aprendizes  são levados a  construir representações internas da língua a ser aprendida. Uns costumam pensar que essas representações internas são como imagens mentais do idioma alvo. Segundo essa visão os aprendizes cometem os maiores erros em relação a ordenar as frases e em suas estruturas. Essa hipótese também diz que a produção oral e escrita do aprendiz produz é essencial, mas só até certo ponto, para servir de treino  para o aluno, até que tenha que botar realmente em prática seu conhecimento.
A teoria da construção criativa, que é a mais importante sobre a prática do ensino na aquisição da segunda língua foi proposta por Stephen Krashen.

Segundo Krashen, existem 5 hipóteses centrais a consistem:

1 - Hipótese da aquisição da língua (The aquisition-learning hyphotesis): Diz que só existem duas formas de um adulto aprender uma segunda língua, ‘aprende - lá’ que seria em uma sala de aula, onde seriam lhe apresentadas suas regras e estrutura, ou ‘adquiri-la’ que seria através da prática, utilizando-a em seu meio com conversas fluentes.  

2 - Hipótese do monitoramento (the monitor hyphotesis): Nessa hipótese Krashen diz que o sistema adquirido é o que age no aprendiz durante a fala, servindo de forma intuitiva sobre o que está ocorrendo na língua, já o sistema de aprendizado servindo apenas como um monitor, ajustando o que o sistema de aquisição produziu. Krashen fala que três condições são necessárias, sendo elas o tempo suficiente, foco no formato ou forma e conhecer as regras da língua. Reforça que o principal fator a se dar atenção na hora de se ensinar uma língua é a comunicação.

3- Hipótese de ordem natural (The natural order hyphotesis): Nessa Krashen fala a respeito das regras serem parte da sequência natural do aprendizado, o que não quer dizer que elas vêm por primeiro, ao contrário da intuição,  as regras são parte da orem natural e a pessoas irá aprender ao decorrer do tempo independentemente da língua em questão.

4-Regra da absorção (the imput hyphotesis): Diz que o a aquisição da língua ocorre apenas de uma maneira: através de uma absorção da qual nós pegamos a mensagem que nos está sendo enviada e suas regras, ainda incompreensíveis, e adquirimos um novo conhecimento.

5-Hipótese do filtro afetivo ( the affective filter hyphotesis): O filtro afetivo é tratado como barreira na hora da aquisição, engloba os estados emocionais no ato de aprender a nova língua, pois se o aprendiz estiver tenso ou bravo, isso serve como um empecilho na aquisição. Já se o aprendiz estiver mais calmo e relaxado seu nível do filtro afetivo fica baixo e ele aprende com mais facilidade.  

Por último se tem a visão interacionista a respeito da aquisição do novo idioma. Os estudiosos interacionistas  como  Michael Long, concordam com Krashen na questão de que é necessária essa imposição compreensível da língua para seu aprendizado, entretanto focam mais em como essa imposição será colocada, dando mais importância  da interação falante nativo com o não nativo como principal mecanismo na aquisição da nova língua.

3- Factors affecting second language learning:
No capítulo 1 foi apontado que qualquer criança tem a capacidade de adquirir com sucesso sua primeira língua. Isso contrasta com nossa experiência dos aprendizes de segunda língua, que variam muito em suas habilidades de aquisição do novo idioma.
 Muitos linguistas acreditam que os aprendizes têm certas características que definem se terão ou não sucesso no aprendizado da nova língua. Como por exemplo, um estudante mais extrovertido que interage sem inibição na sua segunda língua encontrará mais oportunidades para praticar as habilidades aprendidas até então e será um mais bem sucedido aprendiz.
Há cinco fatores que influenciam no aprendizado da  nova língua, entre eles estão:
A inteligência que  é uma boa maneira de medir o sucesso do aprendizado da nova língua, além disso, certas pesquisas indicam que ela é até mais importante do que outros fatores relacionados à aquisição. Em alguns estudos ela é relacionada com o desempenho ligado a leitura e escrita, mas não a compreensão auditiva e fala.
A aptidão é o fator que indica se o estudante irá  ter um bom desenvolvimento na nova língua do que outros, mas é comprovado que todo ser humano tem essa habilidade, embora alguns em maior e outros em menor grau.
As atitudes e motivações positivas, segundo um grande número de estudos também tem relação com o aprendizado do novo idioma, porém essas pesquisas não conseguiram provar precisamente até onde vai essa relação.
Outro fator importante é se ter personalidade para se ter um melhor desenvolvimento na aquisição da nova língua, embora não seja fácil mostrar seus efeitos através dos estudos empíricos, características da personalidade como auto-estima, empatia e simpatia foram estudas, mas não mostraram sua real contribuição no aprendizado, embora eles existam.
O estilo de aprendizado é um dos fatores mais importantes devido ao fato de cada estudante ter seu tempo na hora de aprender alguma coisa além da e da variedade em como cada um assimila a informação. Então o meio em que o aluno está inserido pra aprender é o que dará suporte a maneira como vai desenvolver suas habilidades.  
Essas habilidades podem diferir de um aprendiz a outro, mas deve-se reforçar que todos podem aprender, sabendo adequar suas habilidades e aptidões, é o que de fato vai fazer com que a pessoa tenha sucesso ou não.

4-Learner Language

Nesse capítulo serão examinados os tipos de erros dos alunos e discutidas as semelhanças e diferenças, que podem  mostrar ao contrário do que muitos pensam que às vezes certos erros de pronúncia ou escrita podem até estar beneficiando no seu progresso. Esse conhecimento de como o aluno aprende a segunda língua pode ajudar o professor a melhorar seu desempenho em sala de aula.
Um erro que pode em determinado casos indicar progresso são na utilização dos verbos irregulares. Os aprendizes geralmente aprendem as formas irregulares do pretérito depois de aprenderem  o passado simples regular, marcado pelo prefixo -ed    no final da palavra. Alguns alunos podem dizer ‘I buyed a new game’ mas quem tem um conhecimento de inglês sabe que o certo seria ‘I bought a new game’, isso não significaria que esse erro torna a pessoa menos apta, mas mostra que ela tem conhecimentos sobre as regras da língua, pois se confundiu e usou o prefixo -e comumente usado no passado simples.
Um aspecto importante e semelhante  entre o aprender a primeira língua em comparação com o aprendizado da segunda, é que os pesquisadores observaram que se adquirem algumas regras internas, que podem interferir de forma positiva ou nem tanto nessa aquisição.
Como visto no capítulo 1, as crianças que estão em processo de aquisição da língua mãe não reproduzem obviamente de forma exata o que é falado pelos adultos, mas isso não significa que elas estejam erradas, pois sua forma de falar é definida pelos linguistas como o seu próprio sistema. Isso também pode ser levado em conta quando um aprendiz de língua estrangeira está em estado de aquisição, pois quando cometem erros também estão   reproduzindo o seu próprio sistema de língua.    
 Esses erros são muito comuns, pois resultam do convívio do estudante com sua primeira língua, mas não devem ser tratados de forma negativa pois fazem parte do autodescobrimento do aluno nesse novo idioma.  
   


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