sábado, 14 de março de 2015
RESENHA "HOW LANGUAGES ARE LEARNED" 


 Alfabeto, D, Caligrafia, Abc, TipoIEGO VINÍCIUS FARIA DO BOMFIM

INTRODUÇÃO

            Para a área de aprendizado de uma segunda língua, novas técnicas de ensino, livros e metodologias aparecem todos os anos, e consequentemente, estas técnicas e materiais vão tomando os lugares de antigos métodos e maneiras menos eficientes de se ensinar uma língua. Mas sem dúvida, a experiência própria do professor é um grande fator de ajuda para que ele decida qual o caminho tomar em relação à metodologia de ensino a ser aplicada.

CAPÍTULO 1 – APRENDENDO UMA PRIMEIRA LÍNGUA.

            O aprendizado de uma linguagem é uma das características mais fascinantes do ser-humano, e é um dos fatores que nos diferencia das outras espécies. Observar uma criança aprendendo uma primeira língua é algo extraordinário para o homem, pois várias dúvidas surgem a respeito de como essa língua é adquirida, e a mais frequente é “O que faz uma criança desenvolver uma linguagem gramatical complexa se até uma simples comunicação é o suficiente para a maior parte dos propósitos?”. Para essa pergunta, são três diferentes posições teóricas a serem estudadas: behaviorista, inatista e interacionista.
            Os behavioristas tradicionais acreditam que a linguagem é a ato de imitação e formação de hábito, pois uma criança cresce ouvindo e imitando diálogos de adultos ao seu redor, e de tanto repeti-los acaba transformando isso em um hábito; sendo assim, quanto maior a variedade e quantidade linguística que essa criança estiver em contato, maior será seu desempenho no aprendizado da linguagem.
            Diferente de um pássaro que aprende uma nova palavra ou frase e a repete continuamente, a criança parece ser seletiva ao escolher as palavras, e quando imita frases parece estar baseada em algo que já é de seu conhecimento, ou seja, ela não simplesmente escolhe uma frase ou palavra qualquer, escolhe o que lhe convém repetir no exato momento.
            Um dos fatores que faz com que as crianças aprendam a primeira língua de forma curiosa é a incrível capacidade de comparação que fazem ao formar frases com base em outras que já conhecem, como no exemplo dado no livro (pg. 6), no qual uma criança de três anos diz: “Why? So he can doc my little bump?”, onde obviamente criou o verbo “doc” a partir do pronome “doctor” por estar acostumado a ouvir pronomes como “swimmer”, “farmer”, e “actor” que se transformam, respectivamente, nos verbos “swim”, “farm” e “act”.
            Os inatistas, baseados em teorias de Noam Chomsky, acreditam que o ser-humano é biologicamente formado para a linguagem, assim como é biologicamente formado para andar, por exemplo. Para Chomsky, o ambiente pode contribuir de alguma maneira – nesse casso seriam os adultos com quem a criança se relaciona -, mas a criança, ou melhor, a formação biológica da criança faz a maior parte do trabalho.
            Seguindo o pensamento de Chomsky, a linguagem à qual a criança é exposta está cheia de informações confusas, como falsas introduções, sentenças incompletas ou frases mal formuladas, que não fornecem toda a informação de que a criança precisa. Além disso, as crianças nascem com uma habilidade especial de descobrirem elas mesmas algumas regras da linguagem, como se aprendessem certas características da língua apenas por estarem expostas a um limitado número de exemplos.
            A terceira corrente teórica é a interacionista, que acredita no ambiente linguístico que interage com as capacidades inatas da criança para assim determinar o desenvolvimento da linguagem.
Quando um adulto conversa com uma criança, ele tenta ao máximo fazer com que suas orações fiquem mais simples, por exemplo, falando mais devagar e em um tom mais alto, com poucas palavras desconhecidas; já as crianças que não recebem esse tratamento diferente dos pais aprenderão a língua da mesma maneira, mas provavelmente estarão em contato com outros adultos que modificarão o modo de fala ao conversar com elas.
Essas são três teorias diferentes sobre a aquisição da linguagem, reconciliando-as é possível perceber que cada uma tem sua explicação sobre um determinado aspecto da linguagem, ou seja, todas devem ser levadas em conta quando o assunto é a aquisição da primeira língua.

CAPÍTULO 2 – TEORIAS DO APRENDIZADO DE UMA SEGUNDA LÍNGUA.

            Neste capítulo o assunto em discussão é a aquisição de uma segunda língua e as três principais teorias que falam sobre o assunto.
            O aprendizado de uma segunda língua – seja por uma criança ou um adulto – é diferente do aprendizado da primeira língua feito pela criança, pois a preparação e o conhecimento serão diferentes em ambas as situações. Todos os estudantes de uma segunda língua – independente da idade – já possuem no mínimo uma língua, assim sendo, estes estudantes já têm uma ideia de como uma língua funciona.
            O conhecimento de outras línguas nem sempre ajuda na aquisição de uma nova, às vezes esse conhecimento faz com que os estudantes tenham ideias erradas sobre o funcionamento de determinada língua. Jovens aprendizes de uma segunda língua talvez não possuam alguns dos privilégios que os mais velhos possuam, assim como os mais velhos também não possuirão algumas características que os mais novos possuem.
            A pessoa que aprende uma primeira língua possui a maturidade cognitiva, a consciência metalinguística ou o conhecimento de mundo que a pessoa mais velha que aprende uma segunda língua possui.
            Nenhum adolescente ou adulto terá a mesma experiência que uma criança pequena terá ao aprender uma língua, pois geralmente os aprendizes mais velhos serão forçados a conversar em outra língua quando estiverem em um ambiente do gênero, enquanto os mais jovens poderão apenas observar enquanto não se sentem suficientemente seguros para praticar a nova língua.
            Em uma conversa, dificilmente uma pessoa mais fluente interromperá a outra para fazer correções ou observações em determinadas situações, e neste caso a escola é um local onde o professor se sente livre para tomar a palavra e fazer as correções necessárias – diferente de um ambiente externo e informal.
            Para os behavioristas, erros são vistos como hábitos da língua mãe influenciando a aprendizagem de uma nova língua. Onde há similaridade entre as duas línguas, o aprendiz terá facilidades na aquisição, enquanto onde houver diferenças entre as duas línguas o aprendizado será mais lento e com dificuldades. Certamente, algumas noções de língua estão presentes na maioria dos alunos, por exemplo, a maioria dos estudantes sabe intuitivamente que expressões metafóricas não podem ser apenas traduzidas palavra por palavra.
            Outro ponto de vista é o dos psicólogos cognitivos que veem a aquisição de uma segunda língua como uma construção de sistemas de conhecimento que podem ser eventualmente usados para conversação e entendimento.
            Mesmo com Noam Chomsky não discutindo sobre sua teoria inatista na aquisição de uma segunda língua, outros pesquisadores propuseram teorias que em alguns aspectos podem ser consideradas similares à de Chomsky, esta teoria é chamada de hipótese da construção criativa (creative construction hypothesis) – onde estudantes são hábeis de ‘construir’ representações internas da linguagem que está sendo aprendida.
            A teoria da construção criativa que teve maior influencia no ensino de uma segunda língua é a proposta por Stephen Krashen (1982). Em uma série de livros Krashen desenvolveu cinco hipóteses centrais que constituem seu modelo, elas são: (1) a hipótese aquisição-aprendizado; (2) a hipótese monitora; (3) a hipótese da ordem natural; (4) a hipótese do input e a (5) hipótese do filtro afetivo.
            O olhar interacionista sobre uma segunda língua afirma que um fator importante no processo de aquisição da linguagem é o produto modificado que os estudantes estão expostos e a maneira como falantes nativos se expressam em conversas entre eles. Assim como Krashen, Michael Long considera que um input compreensível é necessário para a aquisição de uma nova língua, mas também se preocupam em descobrir ‘como o input se torna compreensível?’. Para Long e alguns outros, uma interação modificada deve ser necessária para a aquisição de uma língua, assim como esta interação modificada torna o input compreensível.

CAPÍTULO 3 – FATORES QUE AFETAM O APRENDIZADO DE UMA SEGUNDA LÍNGUA.

            Como já visto anteriormente, qualquer criança normal é capaz de desenvolver sua primeira língua tranquilamente, enquanto estudantes de uma segunda língua nem sempre possuem a mesma capacidade e muitos deles não conseguem desenvolver a habilidade como outros. Existem cinco categorias que podem ser consideradas fatores influentes para o aprendizado de uma língua: a motivação, aptidão, personalidade, inteligência e o estilo de aprendizado desenvolvido por cada estudante.
            Várias pesquisas direcionadas à relação entre inteligência e o desenvolvimento de uma segunda língua são realizadas e o resultado é surpreendente: os níveis de inteligência são uma boa maneira de predizer o sucesso do aprendizado de uma segunda língua em determinado indivíduo. Além do mais, algumas pesquisas mostram que a inteligência pode ser um fator até mais relevante do que alguns outros relacionados à aquisição da segunda língua.
            A inteligência geralmente é mais relacionada à área formal do estudo de uma segunda língua, como a leitura, escrita e vocabulário. Já na comunicação oral, a inteligência parece ter menos influencia do que em outras áreas.
            Outro fator relevante é a aptidão, que faz com que alguns estudantes desenvolvam suas habilidades com mais facilidade do que outros, mas na maioria das vezes, o ser humano possui uma grande aptidão para o aprendizado de uma segunda língua.
            A personalidade também é um fator considerado relevante para alguns que estudam o desenvolvimento de uma nova língua, pesquisas mostram que uma pessoa extrovertida tem mais facilidade para lidar com uma segunda língua, consequentemente, a inibição é um fator negativo para o aprendizado.
            Várias outras características da personalidade como autoestima, empatia e simpatia foram estudadas, mas em geral as pesquisas não mostram uma clara relação entre personalidade e o aprendizado de uma segunda língua.
            Há um grande número de pesquisas que afirmam que positivas atitudes e motivações estão relacionadas ao estuda de uma nova língua, mas, as pesquisas não podem indicar precisamente como a motivação afeta o aprendizado.
Se uma pessoa procura estudar pelo próprio interesse e estiver bem determinada, com certeza será diferente de outra que estuda ‘por obrigação’ ou vontade de terceiros, é neste aspecto que entra a atitude e a motivação, que poderão ser negativas ou positivas.
O último fator – e um dos mais importantes – é o estilo de aprendizado ao qual o estudante é inserido, pois afinal cada pessoa tem sua própria maneira de assimilar determinada informação, e na aquisição de uma segunda língua o aluno deve estar em contato com a maneira que melhor o sustenta e desenvolve suas habilidades.
Mas nem sempre o que é válido para uma pessoa será para outra, alguns métodos de aprendizado serão mais efetivos para determinado tipo de estudante, enquanto para outros será simplesmente incompreensível; é aí que entra a importância do desenvolvimento de técnicas diversas para o aprendizado de uma língua estrangeira.
A idade de aquisição de uma língua também influencia em alguns fatores, pois como já dissemos: estudantes de determinada idade terão vantagens que outros não terão e vice-e-versa.
Assim como crianças, adolescentes e jovens, os adultos também possuem uma grande capacidade de aprendizagem de uma segunda língua, a diferença é que sempre haverá algumas diferenças como sotaque e escolha de palavras, mas nada que influencie ou torne a comunicação algo pior - ou melhor - do que a de um falante mais novo.
Outros estudos também mostram que aqueles que começam a aprender uma segunda língua na infância não a desenvolvem tão bem quanto os estudantes que tiveram um contato com uma língua estrangeira na adolescência.
A idade do indivíduo é um dos fatores que determina a maneira como o estudo será desenvolvido, mas as oportunidades de aprendizado, a motivação e a aptidão também são fatores determinantes para um eventual sucesso na aprendizagem.

CAPÍTULO 4 – A LÍNGUA DO ESTUDANTE

            Voltando os olhares agora para o aprendizado, as dificuldades e os fatos relacionados ao estudo de uma segunda língua, veremos que nem sempre um aumento no número de erros de pronúncia e escrita significa que o aluno está piorando, ao contrário, ele pode estar até progredindo.
            Uma pessoa que diz ‘I selled my car’ nem sempre é menos inteligente ou tem menos conhecimento do que uma que diria ‘I sold my car’, pois esta primeira pode ter um conhecimento maior da gramática e vocabulário inglês e simplesmente se confundiu ao formar a frase, ou estava acostumada com a forma simples usada no passado ‘ed’.
            Assim como na aquisição da primeira língua, na segunda língua o ser-humano também parece obter algumas ‘regras internas’ que interferem – positivamente e/ou negativamente – no aprendizado da nova língua. Algumas pesquisas afirmam que muitas sequências que se desenvolvem no aprendizado da primeira língua também são vistas quando um indivíduo procura aprender uma língua estrangeira.
            Outro aspecto importante é que a língua que uma criança desenvolve quando está aprendendo a falar não pode ser considerada errada por não ser inteiramente igual à de um adulto, esta linguagem apenas deve ser considerada como ‘seu próprio sistema’ de língua. Sendo assim, o estudante de uma segunda língua que não a domina totalmente estaria enquadrado nesta teoria? Pois afinal, este desenvolvimento promovido pelo estudante não pode ser visto como ‘uma forma errada’ de linguagem, e sim uma variação da língua presente, sendo seu ‘próprio sistema’ assim como o apresentado por uma criança que desenvolve sua língua-mãe.
            Muitos dos erros cometidos por estudantes de uma segunda língua podem ser vistos como uma forma de descoberta dessa própria língua, uma forma de conhecimento e não como uma interferência da língua-mãe no desenvolvimento da língua estrangeira. Outro fator que implica no desenvolvimento da SL (segunda língua) é a influencia de fatores externos e da sala de aula na linguagem do aluno, como vocabulários descobertos em músicas e filmes e também gírias usadas por falantes mais fluentes.
            Muitos erros são comuns em estudantes que procuram aprender uma segunda língua, muitos deles são resultados do convívio com a língua-mãe que faz com que algumas confusões acabem ocorrendo, como na hora de usar verbos irregulares no passado ou até o uso do possessivo ‘’s’’, que é algo bem diferente do que é de costume no Brasil, por exemplo.

CAPÍTULO 5 – O APRENDIZADO DE UMA SEGUNDA LÍNGUA NA SALA DE AULA

            A maioria das pessoas acredita que aprender uma segunda língua fora da escola, ou seja, ‘nas ruas’ pode ser mais eficiente do que dentro de uma sala de aula, esta conclusão talvez seja feita pelo fato de que os que estudam foram da escola tenham mais contato com este tipo de situação do que alunos que geralmente possuem uma pequena carga horária de língua estrangeira nas escolas.
            Na aquisição natural, o indivíduo estará exposto a uma grande variedade de vocabulário e estruturas que se diferenciam da metodologia escolar que apresenta ao aluno uma forma ‘passo-a-passo’ de conhecimento. Também na aquisição natural, os estudantes raramente serão corrigidos - se o ouvinte conseguir entender o que o falante está tentando dizer - e o contato com a língua estrangeira não será somente aluno/professor, e sim estudante/sociedade.
            Diferente da aquisição natural, na aquisição tradicional o aluno será frequentemente corrigido, terá um tempo limitado de contato com a língua e o estudante não terá a oportunidade de seguir seu próprio ‘ritmo’, ou seja, será influenciado pelo fator externo que seriam os alunos com mais facilidades ou dificuldades do que ele.
            Já em salas de aula onde a forma de ensino de uma segunda língua é mais comunicativa, teremos uma relação mais comunicativa entre professor e aluno, proporcionando um ambiente onde o aluno se sentirá seguro para perguntar e cometer erros, além disso, os alunos estarão em contato com um diálogo mais acessível e com um vocabulário que será mais utilizado em seu dia-a-dia.
            Neste capítulo são apresentadas cinco propostas feitas por teóricos que indicam formas de como uma segunda língua deve ser ensinada, elas são: ‘fazer certo do começo’, ‘SAY WHAT YOU MEAN AND MEAN WHAT YOU SAY’, ‘apenas ouvir’, ‘ensinar o que é ensinável’ e ‘fazer certo no final’.
            A proposta de ‘fazer certo do começo’ para o ensino de uma segunda língua é a que melhor descreve o método usado hoje em dia em escolas de todo o país. Implica no olhar behaviorista de que os alunos precisam construir o conhecimento através da prática – apenas pela forma correta – na qual os professores preferem não deixar os alunos conversar livremente para não permitir que cometam erros. Neste caso, os estudantes repetem várias vezes o que o professor pede e muitas vezes não fazem a mínima ideia do que estão fazendo, e simplesmente continuam repetindo enquanto seus pensamentos estão direcionados a outros assuntos, sem necessidade nenhuma de refletir e/ou assimilar sobre o que está sendo dito.
            Na proposta chamada de ‘SAY WHAT YOU MEAN AND MEAN WHAT YOU SAY, os alunos tem acesso a um compreensível input através de uma comunicação mais interativa com professores e outros alunos. As atividades orais nesta proposta são mais significativas e implicam em uma comunicação maior do que apenas perguntas e respostas soltas, diferente disso, os alunos terão uma conversa com mais sentido e um vocabulário amplo e útil.
            ‘Apenas ouvir’ é uma proposta na qual o aluno tem uma liberdade maior para expor sua habilidade oral, com atividades de leitura e fala que fazem com que o ensino seja mais dinâmico, neste caso o professor tem o papel de observar e apenas ouvir – como bem diz o título da proposta. Este é um dos métodos mais influentes e controversos usados no ensino de língua estrangeira.
            Como o próprio nome do método já diz: ‘ensinar o que é ensinável’ propõe que o professor tenha uma noção do que será útil e do que será possível ser trabalhado com seus alunos, pois em muitos casos em sala de aula o professor se depara com alunos que entendem o que está sendo discutido mas não possuem um controle na hora de colocar tudo isso em prática, além disso muitas vezes os próprios alunos entendem uns aos outros mas de uma forma conhecida como ‘errada’ para o método padrão de certa língua.
            ‘Fazer certo no final’, assim como ‘ensinar o que é ensinável’, reconhece que nem tudo pode ser ensinado e muito conhecimento será adquirido naturalmente, através do uso da linguagem para a comunicação entre os estudantes. Mas, diferente de ‘ensinar o que é ensinável’, ‘Fazer certo no final’ assume que nem sempre o aluno poderá agir por conta própria em seus estudos e em vários momentos o indivíduo precisará de orientação ao trabalhar com uma língua estrangeira. Seguidores dessa metodologia também afirmam que às vezes é necessário que o aluno tenha noção de seus erros através do professor para que haja assimilação do conhecimento.
            Cada uma destas cinco metodologias possui características que as tornam diferentes, mas também é importante observar alguns aspectos que são tratados em todas elas e a importância dada para o ensino, seja ele natural ou tradicional, cada um com suas vantagens e desvantagens no que diz respeito à aquisição de uma segunda língua.

CAPÍTULO 6 – IDEIAS POPULARES SOBRE O APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA: FATOS E OPINIÕES

            É comum ouvir algumas conclusões precipitadas sobre como uma língua é aprendida, uma das mais comuns é a de que ‘a língua é aprendida principalmente através de imitação’, mas como visto no capítulo 1, independente de imitação, as crianças parecem escolher pessoalmente o que será imitado, criando seus próprios sistemas de regras e suas próprias conclusões de como uma língua trabalha, mas isso não significa que a imitação não tenha importância no desenvolvimento de uma língua.
            Outro comum comentário a respeito do desenvolvimento de uma língua é o de que ‘pessoas com QI elevado aprendem uma língua com facilidade’, por um lado o comentário está certo, pois quando uma classe está estudando sobre uma língua (gramática, vocabulário...) é mais provável que alunos com inteligência superior desenvolvam-se melhores do que os outros, mas quando se trata de desenvolvimento de determinada língua, oralidade e comunicação uma grande variedade de alunos – não só os que possuem um QI elevado – podem ter grande chance de sucesso.
            Existem várias outras ideias comuns sobre a aquisição de uma língua, mas para concluir escolhemos a que afirma que ‘a maioria dos erros cometidos no desenvolvimento de uma segunda língua são consequências da interferência da língua-mãe’. Existem vários fatores que influenciam no desenvolvimento de uma segunda língua, a influência da primeira língua pode, certamente, ser um deles, mas o fator mais significante no desenvolvimento de erros é a generalização de determinadas regras de linguagem que fazem com que estudantes sintam-se confusos na hora de produzir frases e textos.

CONCLUSÃO

            Na obra toda são apresentadas metodologias e técnicas de ensino de uma língua em sala de aula, assim como diversas teorias a respeito da aquisição de uma primeira língua. O objetivo do livro não é transformar a atitude do professor em sala de aula, e sim proporcionar conhecimentos diversos a respeito do ensino tanto de uma primeira, como de uma segunda língua.

1 comentários:

Ana disse...

Perfeito este material, Diego! Parabéns!!! Vai me ajudar muitoooo

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